
De acordo com o delegado Wesley Geraldo Campos, por quest�es legais, n�o foi poss�vel manter Audney atr�s das grades depois ele que se apresentou e admitiu seu envolvimento no sequestro de Adriana, morta enforcada com cadar�os de t�nis, no s�bado. “Diria que, at� com uma certa m�goa, fizemos todo procedimento para mant�-lo preso naquele dia, mas por quest�es legais n�o foi poss�vel autu�-lo em flagrante”, explicou Campos.
O policial contou que na segunda-feira foi feito o pedido de pris�o de Audney Ferreira � Justi�a e equipes passaram a monitor�-lo. Por�m, conforme admite o delegado, nesta ter�a-feira, depois de concedida a ordem judicial de pris�o, o jovem n�o foi encontrado em sua casa. Os agentes da Pol�cia Civil ent�o negociaram com o pai dele a reapresenta��o numa delegacia.
O delegado acredita que Audney tenha se apresentado por considerar que a acusa��o de latroc�nio (matar para roubar) n�o pesar� sobre ele, uma vez que afirma n�o ter participado diretamente do assassinato da v�tima. Por�m, Wesley Campos adiantou que o jovem ser� igualmente indiciado pelo crime hediondo, pois diante da situa��o n�o tentou evitar que Adriana fosse morta.
Durante a apresenta��o, Audney ficou de cabe�a baixa e respondeu poucas perguntas feitas pela impressa. O suspeito aponta Rafael, "Fael", como o autor do estrangulamento. "Eu falei pra ele n�o matar ela", disse. O delegado destaca que Rafael estava com uma arma falsa e, por isso, Audney e os comparsas poderiam ter reagido facilmente. O suspeito se diz arrependido do crime.
Os outros suspeitos de participa��o no crime foram detidos no s�bado e identificados como Daniel Felipe Correa Santos, de 18; Rafael da Silva Ara�jo, de 25, apontado como o assassino de Adriana; e o menor Y.P.A, de 15. Rafael da Silva optou por se manifestar apenas em ju�zo. O delegado aponta que a motiva��o do assassinato n�o � clara, mas a principal linha de investiga��o � de que o crime tenha ocorrido por medo de a v�tima identificar o autor. Os outros tr�s teriam relatado que n�o concordavam com a execu��o. Adriana teria sido escolhida pelos acusados de forma aleat�ria.
Manifesta��o
A fam�lia compareceu � porta da delegacia para apresenta��o do quarto suspeito de participar do assassinato. O marido, Marcelo Lacerda, disse estar aliviado com a pris�o: "Estou aliviado, n�o estou feliz. O que eu queria era a Adriana. O pr�ximo passo � ter for�a para se reerguer e processar a pessoa f�sica respons�vel. Vamos entrar como uma a��o contra o estacionamento. � um dos shoppings mais movimentados da Grande BH e n�o tem nenhuma seguran�a. Tanto que aconteceu isso com a Adriana", comentou.
Ele disse ainda que vai lutar para que outras "Adrianas" n�o sejam v�timas dessa barbaridade. "A mulher � muito vulner�vel. Temos que cuidar delas. Se n�o, a pr�xima v�tima pode ser voc�, uma filha, uma esposa, uma m�e", disse. Com camisas brancas e fotos de Adriana, amigos e parentes marcaram uma pr�xima manifesta��o para quinta-feira, �s 17h, no Bairro Riacho, em Contagem.