
Na avalia��o do delegado Bernardo Machado, da Delegacia Especializada em Acidentes de Ve�culos, a imprud�ncia � a maior causadora das trag�dias e mortes. “A moto j� � um ve�culo fr�gil, que exp�e o condutor a altos �ndices de ferimentos e mortalidade. Al�m disso, muitos se acidentam ap�s ingest�o de bebida alco�lica ou conduzindo sem habilita��o e desrespeitando as regras de tr�nsito. Em praticamente todas as hip�teses, tanto por parte do motociclista quanto por motoristas de outros ve�culos, os acidentes ocorrem por descumprimento das leis de tr�nsito”, afirma. Ele comenta a explos�o na frota de motocicletas e explica que o avan�o est� muito relacionado ao v�nculo com atividades de trabalho. “Em uma cidade com cada vez mais engarrafamentos, o motociclista consegue se deslocar com rapidez no tr�nsito, usando um ve�culo mais barato que os autom�veis e tamb�m mais economicamente vi�vel”, diz. O policial, no entanto, chama a aten��o para a necessidade de mais cautela e observ�ncia �s leis de tr�nsito para mudar essa realidade que coloca pilotos de moto em um grupo de risco entre os demais agentes do tr�nsito.

Em rela��o a essa conduta de cautela, o tenente recomenda que o motociclista se programe, tanto para atividades de trabalho quanto em outros momentos em que estiver de moto. “� importante que saia mais cedo, n�o fa�a ultrapassagens perigosas, n�o use o corredor entre os carros nem conduza em alta velocidade. As pessoas devem se lembrar sempre de que em busca do ganho de tempo elas podem perder a vida”, afirma. O militar alerta ainda para que os demais motoristas mantenham uma postura de aten��o e respeito ao motociclista, indicando corretamente mudan�as de faixa de tr�nsito e usando a seta nessas manobras, por exemplo.
O m�dico R�mulo Souki, cirurgi�o-geral do HPS, ressalta que falta preven��o. “O n�mero de motos cresce a cada dia, j� que � um meio de transporte que pode ser adquirido por um baixo valor. Por�m, o que mais causa acidentes � a falta de preven��o, tanto do setor p�blico, com leis espec�ficas, como por imprud�ncias dos motociclistas. Grande parte dos acidentes est� ligada ao segundo item”, alerta. O especialista acredita que o uso acess�rios de prote��o pode prevenir algumas les�es provocadas por quedas, mas sozinho n�o resolve. “O problema � que o motociclista n�o � atingido apenas em um lugar: sofre traumas multissist�micos. E a gravidade da queda est� relacionada � velocidade que o condutor estava quando sofreu a batida”, pontua. (Com Larissa Ricci)
Dicas de preven��o
Motociclistas que trafegam pelo Anel Rodovi�rio de BH (foto), por onde circulam diariamente 160 mil ve�culos, foram abordados ontem pela Pol�cia Militar Rodovi�ria (PMRv) para receber orienta��es e dicas de seguran�a no tr�nsito. A a��o fez parte do Dia do Motociclista e orientou 79 desses condutores, que, al�m de receber kits com dicas e brindes, tiveram a oportunidade de submeter seus ve�culos a uma checagem r�pida para itens como transmiss�o e rodas. Segundo o tenente Pedro Barreiros, que comanda o policiamento no Anel, o principal objetivo do trabalho foi alertar pilotos para os perigos de condutas imprudentes. “Muitos andam nos corredores estreitos e n�o respeitam o limite de velocidade. Quando passam por ve�culos pesados, acabam perdendo o equil�brio pelo deslocamento do ar e caem.”
