
O assassinato ocorreu em 23 de agosto do ano passado. De acordo com a Pol�cia Civil, L�lian estava saindo de casa para o trabalho quando dois homens se aproximaram em uma moto no cruzamento da Avenida General David Sarnoff e Rua Joaquim Laranjo, em Contagem, na Grande BH, e dispararam contra ela. Eles ainda levaram a bolsa da v�tima para simular um assalto. A mulher morreu no local. Artur foi preso suspeito de ser mandante do crime, mas acabou solto.
“Foi flagrado pelo delegado da �poca e policiais militares, como autor intelectual e n�o executor. E naquele momento, o juiz que recebeu o flagrante entendeu que n�o haveria prova dessa conex�o e que o flagrante n�o caberia, por isso foi liberado. Desde esse per�odo, desde agosto do ano passado, ent�o est�vamos prestes a completar um ano, trabalhamos arduamente para fazer a conex�o e provar que seria o autor intelectual e que outros executores estariam conectados com os fatos e com ele”, explicou o delegado Anderson Kopke.
Com os levantamentos, a pol�cia conseguiu identificar os executores do crime. Os dois homens, que n�o tiveram os nomes divulgados, j� seriam velhos conhecidos da pol�cia. “Conseguimos provar que ele contratou os dois executores. Tivemos elementos que comprovavam a rela��o de Artur com eles. Por isso, os tr�s foram denunciados. Ambos j� t�m passagens, inclusive por homic�dio. Um dos investigados j� tem um mandado de pris�o em aberto por outros crimes praticados. Ent�o, ambos j� tinham experi�ncia criminal”, comentou o delegado.
Um mandado de pris�o preventiva foi expedido pela Justi�a e cumprido pela equipe da Delegacia de Homic�dios de Contagem. O advogado foi preso em casa e n�o reagiu � pris�o. Segundo Kopke, o assassinato teria sido motivado pelo sentimento de posse de Artur em rela��o � ex-companheira e interesse econ�mico. “Tinha a quest�o da posse, que hoje est� muito em voga, que � o feminic�dio. Cometeu o crime, pois tinha um comportamento possessivo com a mulher, inclusive, ela j� tinha conseguido uma medida protetiva contra ele. L�lian tinha optado por sair de casa, por j� estar sendo v�tima de agress�es psicol�gicas e f�sicas, que j� estavam relatadas. Ele, desesperado por perder patrim�nio e renda, porque estava com renda diminuta, ficou desesperado de perder tanto a posse da mulher quanto a renda, o que acabou levando a esta situa��o”, afirma o delegado.
A pol�cia indiciou o advogado e os outros dois homens, apontados como executores, por homic�do, roubo e fraude processual. Esse �ltimo crime, por Artur ter criado uma situa��o de latroc�nio – roubo seguido de morte – no in�cio das investiga��es, para afastar a conex�o dele com o homic�dio. As investiga��es continuam para tentar encontrar os dois foragidos.

Advogado nega crime
Os detalhes sobre a pris�o de Artur por causa da morte da ex-comapanheira foram apresentados em entrevista coletiva nesta quarta-feira. O advogado que o defende, Renato Machado, afirmou que ainda esperar tomar conhecimento das investiga��es para depois adotar medidas contra a pris�o. “Precisamos tomar conhecimento dos motivos que ensejaram a pris�o dele, para a partir da� fazer os pedidos. Lembrando a todos que essa pris�o � processual, est� preso preventivamente. A acusa��o formal j� existe, mas ele n�o foi formalmente condenado a absolutamente nada”, comentou.
Segundo ele, Artur contribuiu com as investiga��es desde o in�cio, por isso n�o teria motivo para a pol�cia prend�-lo. Al�m disso, Machado afirmou que o cliente nega o crime e questionou as den�ncias de agress�es contra L�llian. “H� apenas um boletim de ocorr�ncia feito pela Lillian o acusando de agress�es f�sicas. Mas um procedimento que tramitou em paralelo �s investiga��es da delegacia que apura a viol�ncia dom�stica, duas empregadas, que s�o fora do conv�vio familiar de ambos, negaram qualquer tipo de viol�ncia de Artur no dia a dia da fam�lia. Essas empregadas foram as �nicas, at� ent�o, ouvidas e que est�o fora do n�cleo familiar”, disse.