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Estado de Minas

Devasta��o causada por inc�ndios florestais em Minas � a maior desde 2011

Diversas regi�es do estado sofrem os efeitos da estiagem. Ritmo de queimadas di�rias neste ano supera em 44% a quantidade de 2016. Parque do Rola-Mo�a j� registrou 65 focos de inc�ndio


postado em 18/09/2017 06:00 / atualizado em 18/09/2017 07:45

Na sexta-feira, as labaredas próximo ao condomínio Retiro das Pedras assustaram os moradores. Estiagem prolongada e ação do homem ajudam a propagar as chamas (foto: Marcos Viveira/EM/DA Press)
Na sexta-feira, as labaredas pr�ximo ao condom�nio Retiro das Pedras assustaram os moradores. Estiagem prolongada e a��o do homem ajudam a propagar as chamas (foto: Marcos Viveira/EM/DA Press)
N�o � apenas nas �reas de prote��o ambientais que o estado de Minas Gerais tem ardido nesta �poca de estiagem, mas em diversos pontos do territ�rio. E de forma t�o intensa que o n�mero de focos ativos de inc�ndio detectados pelos sat�lites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) deste ano (6.714), j� supera em 0,5% todos os focos registrados no ano passado inteiro (6.682). Para se ter ideia, o ritmo de queimadas di�rias neste ano chegou a uma raz�o de 26 por dia, superando em 44% a quantidade de 2016, que fechou em 18 a cada 24 horas. S� no auge da temporada de inc�ndios, que � justamente entre agosto e setembro, a devasta��o � a maior desde 2011, mais evidente nas �reas protegidas, como o Parque Estadual da Serra do Rola-Mo�a, que neste ano registrou 65 focos de inc�ndio.

Ontem, tr�s focos de inc�ndio obrigaram os bombeiros e brigadistas que atuam na regi�o de Brumadinho a se desdobrar para impedir que as chamas consumissem os parques estaduais do Rola-Mo�a e da Serra da Cal�ada, chegando tamb�m a se aproximar perigosamente de resid�ncias nessa regi�o, como ocorreu no s�bado. As linhas de fogo cortaram partes habitadas dessa regi�o da Grande BH e obrigaram o empenho de um contingente de 106 combatentes, dois avi�es e um helic�ptero, desde as 5h.

De acordo com o major Anderson Passos, do Corpo de Bombeiros, os focos se distribu�ram na �rea pr�xima � Cachoeira da Ostra, no distrito de Casa Branca, outro nas imedia��es de condom�nios nesse distrito e pr�ximo ao mirante da rodovia que faz a liga��o com o Parque do Rola-Mo�a. Jipeiros auxiliaram na log�stica, ajudando com alimentos, �gua, insumos e equipes a chegar at� os pontos de dif�cil acesso. “A prioridade no combate em terra � para as proximidades com resid�ncias. Ainda que n�o tenham chamas, a fuma�a pode trazer risco � sa�de das pessoas”, afirma o oficial dos bombeiros. At� a estrada de terra que faz acesso a Ibirit� chegou a ficar completamente encoberta pela fuma�a do inc�ndio, trazendo risco aos ve�culos que circulavam por l�.

Devido ao perigo que os ventos traziam, tornando imprevis�vel a dire��o das chamas, a recomenda��o dos bombeiros era para que as pessoas que precisavam ir ao parque n�o deixassem as estradas. “As pessoas que precisem acessar o parque � desaconselh�vel que o frequentem fora das estradas, pois a dire��o dos ventos pode mudar e tornar a situa��o perigosa”, diz o major Passos.

S� na Grande BH, neste ano j� queimaram o Parque Estadual Serra Verde, o segundo maior de Belo Horizonte – atr�s apenas do Mangabeiras – e que perdeu sete hectares (ha) para as chamas. Em Pedro Leopoldo, o fogo arrasou a Reserva de Vida Silvestre Serra das Aroeiras. Na Regi�o Leste de BH, um inc�ndio ocorrido no dia 10, na Mata do Taquaril, parte da Mata da Baleia, levou perigo a linhas de transmiss�o de energia e aos pacientes do Hospital da Baleia.

Inc�ndios se alastram tamb�m no interior


O interior do estado tamb�m tem sofrido com os inc�ndios florestais que ardem como h� seis anos n�o se v� no estado. No �ltimo dia 21, as chamas atingiram um extenso canavial �s margens da MG-427, entre Uberaba e �gua Cumprida, no Tri�ngulo Mineiro, e foi considerado o maior na regi�o deste ano. A estimativa realizada pelo Corpo de Bombeiros foi de que ao menos 3 mil hectares de vegeta��o foram consumidos. Uma grande opera��o de combate precisou ser armada, contando com helic�ptero e 16 caminh�es-pipa. Motoristas de carros e caminh�es precisaram de aux�lio para escapar do fogo.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)
Em Ouro Preto, o Pico do Itacolomi, um dos marcos da regi�o, teve 10 hectares de sua �rea mais pr�xima � rodovia que leva de Ouro Preto a Mariana reduzida a cinzas por um inc�ndio que durou de 28 a 30 de agosto. Trabalharam no combate 40 bombeiros e 20 brigadistas, com ajuda de dois helic�pteros e dois avi�es. Na Regi�o Central de Minas Gerais, outros dois grandes inc�ndios mobilizaram bombeiros e brigadistas. No Parque Estadual do Rio Doce, duas linhas de fogo se alastraram em 29 de agosto. Na por��o do parque pr�ximo a cidade de Dion�sio, 40 brigadistas atuaram no combate. O outro foco foi em Bom Jesus do Galho, combatido por 20 homens. No mesmo dia ardeu o Parque Estadual Serra do Cabral, em Joaquim Fel�cio. As chamas foram extintas depois de trabalho intenso dos bombeiros e brigadistas.

COPASA Uma das grandes preocupa��es com as chamas que consumiram mais de 600 hectares do Parque Estadual da Serra do Rola-Mo�a foram a grande quantidade de nascentes atingidas e que podem perder parte de seu fluxo de �gua e at� ser entupidas pelas cinzas ou ter problemas futuros de recargas devido � remo��o da cobertura vegetal. Boa parte desses cursos d’�gua abastecem o Manancial Catarina, uma barragem situada em Nova Lima, dentro do parque, e que fornece �gua para 25 mil pessoas de parte do Bairro Mineir�o, na Regi�o do Barreiro, Condom�nio Retiro das Pedras (Brumadinho) e Bairro Jardim Canad� (Nova Lima). Contudo, a Copasa tranquiliza os consumidores, informando n�o haver perspectiva de falta de �gua, uma vez que o reservat�rio est� com 95% de sua capacidade, acima dos 90% que apresentava na mesma �poca do ano passado.

“Sobre os inc�ndios na regi�o, a Copasa participa das a��es com as brigadas de inc�ndio do Corpo de Bombeiros e �rg�os ambientais de forma corretiva, com a constru��o de aceiros e monitoramento com a manuten��o de vigil�ncia da empresa durante 24 horas por dia em todas as �reas preservadas”, informa a empresa por meio de nota.

Efeitos devastadores


Veja os principais impactos que as queimadas trazem para �reas naturais

  • Fogo reduz a vaz�o e chega a secar nascentes
  • A remo��o da cobertura vegetal exp�e o solo a eros�es
  • Solos sem matas n�o absorvem a chuva que recarrega nascentes para as �pocas de seca
  • Microfauna � dizimada numa camada de seis a 15 cent�metros do solo
  • Nitrog�nio e outros nutrientes acabam vaporizados
  • Morte de insetos, r�pteis e anf�bios
  • Empecilho � poliniza��o das plantas
  • Animais que conseguem fugir entram em competi��o por espa�o para ca�ar, procriar e se abrigar


Fonte: IEF-MG


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