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Estado de Minas

Quadrilha que falsificava cigarros paraguaios tinha f�brica no Norte de Minas

Organiza��o criminosa seria respons�vel pela sonega��o de R$ 90 milh�es em tributos. Esquema industrial funcionava em Minas e cantor sertanejo no Paran� lavava o dinheiro


postado em 20/09/2017 20:14 / atualizado em 20/09/2017 22:36

Com maquinários modernos, produto falsificado era fabricado em Claro dos Poções(foto: Polícia Civil/Divulgação)
Com maquin�rios modernos, produto falsificado era fabricado em Claro dos Po��es (foto: Pol�cia Civil/Divulga��o)
 

Uma sofisticada quadrilha especializada na falsifica��o de cigarros, com atua��o em todo pa�s, foi desbaratada nesta quarta-feira, em opera��o conjunta de policiais civis de Minas Gerais e do Paran� e agentes da Receita Federal. A organiza��o criminosa, que teria sonegado quase R$ 100 milh�es, tinha como um dos seus tent�culos o Norte do estado, onde instalou duas f�bricas clandestinas de cigarros. Em uma delas, na zona rural de Claro dos Po��es (munic�pio de 7,7 mil habitantes) foram flagrados 11 paraguaios recrutados pelos criminosos. Dois brasileiros foram presos em Montes Claros.

As investiga��es apontam tamb�m que a lavagem do dinheiro faturado com a falsifica��o de cigarro era feita por interm�dio de uma empresa de produ��es art�sticas, respons�vel pela carreira do cantor Rafael Francisco Frare de Siqueira, da dupla sertaneja F�bio Rafael, que faz shows nacionalmente. Rafael foi preso na manh� desta quarta-feira em um condom�nio de luxo em Londrina, Norte do Paran�, junto com seu pai, Clodoaldo Jos� Siqueira, apontado como o l�der da organiza��o criminosa. Foram apreendidos bens da dupla sertaneja, incluindo um �nibus.

Segundo os respons�veis pela Opera��o sem Filtro, os preju�zos causados pelo grupo com a sonega��o de impostos supera R$ 90 milh�es. Al�m do Paran� e Minas Gerais, foram cumpridos mandados judiciais em S�o Paulo e na Bahia. Os mandados foram expedidos pela Justi�a paranaense.

De acordo com a apura��o dos policiais do Paran�, a quadrilha montou gr�ficas em S�o Paulo, onde eram confeccionados pap�is e pl�stico usados nas embalagens dos cigarros falsos. No Norte de Minas, al�m da f�brica clandestina de Claro dos Po��es, a organiza��o criminosa montou ind�stria irregular em Gr�o Mogol, que tamb�m foi alvo da opera��o policial. Por�m, n�o houve pris�es naquele munic�pio, j� que, na chegada dos agentes � f�brica clandestina, quem estava no local fugiu pelos fundos.

Um dos respons�veis pela opera��o, o delegado Renato Henriques, chefe do 11º do Departamento de Pol�cia Civil de Montes Claros, disse que a quadrilha montou as f�bricas clandestinas e o centro de distribui��o no Norte de Minas pelo fato de a regi�o ser “a porta de entrada” para o Nordeste, um dos principais mercados dos produtos falsificados. Somado a isso, ele aponta que o “empreendimento” levou em conta a “baixa umidade do ar que favorece o acondicionamento do fumo, que n�o mofa”.

Cigarros produzidos no norte mineiro abastecia mercado ilegal do Nordeste do Brasil(foto: Polícia Civil/Divulgação)
Cigarros produzidos no norte mineiro abastecia mercado ilegal do Nordeste do Brasil (foto: Pol�cia Civil/Divulga��o)

Na f�brica clandestina em Claro dos Po��es, al�m de fumo (ainda n�o embalado), caixas de papel especial e de cigarros, foram apreendidos equipamentos avaliados em cerca de R$ 1,2 milh�o. Uma das m�quinas foi importada dos Estados Unidos. Somente um gerador apreendido no local custaria cerca de R$ 250 mil. Ainda n�o se sabe quando a ind�stria foi instalada, mas os equipamentos s�o novos.

Tamb�m foi cumprido mandado de busca e apreens�o em um galp�o em Montes Claros. Na cidade, os policiais fizeram buscas em uma casa alugada no Bairro Ibituruna (�rea de classe m�dia alta), onde foram presos Waldemir Walk, de 41 anos, apontado como “preposto” do comando da organiza��o criminosa na regi�o, e Daniel Alves de Oliveira, de 42. Eles n�o quiseram falar sobre as acusa��es.

Suspeitas de trabalho escravo

Os 11 paraguaios detidos na f�brica clandestina de cigarros falsificados em Claro dos Po��es disseram, segundo a pol�cia, que chegaram h� poucos dias � cidade. A pol�cia analisa a situa��o deles, j� que h� ind�cios de que foram trazidos do pa�s vizinho, com promessa de trabalho, para serem submetidos � situa��o an�loga de trabalho de escravo.

A f�brica clandestina foi montada em um galp�o de 600 metros quadrados, � beira de uma estrada, na zona rural de Claro dos Po��es. Os paraguaios disseram aos policiais que ficavam confinados no local e que recebiam como alimenta��o apenas feij�o, arroz e ovo. Tamb�m informaram que recebiam R$ 1,00 por caixa de cigarro produzida.


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