
O longo per�odo de estiagem deixa a Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte em uma situa��o cr�tica. Segundo a Copasa, essa � a pior crise dos �ltimos 100 anos. O diretor de Opera��o da Copasa, R�mulo Perilli disse que o n�vel atual do Sistema Paraopeba, que abastece a Grande BH, est� garantido por pelo menos 10 meses. Por�m, acredita na recupera��o dos mananciais no per�odo chuvoso.
Mesmo assim, a capta��o no Rio Paraopeba foi suspensa por causa do baixo volume do manancial. Uma das a��es da companhia ser� contra as liga��es clandestinas, que representam 40% dos recursos perdidos. Uma campanha de conscientiza��o da popula��o para o consumo consciente da �gua tamb�m ser� realizada.
O n�vel dos reservat�rios que comp�em o Sistema Paraopeba v�m caindo drasticamente desde o in�cio do ano. Mas foi nos �ltimos meses que a situa��o piorou. Dados da Copasa mostram que h� 30 dias o conjunto de represas estava com 54,9% de sua capacidade. Nesta sexta-feira j� caiu para 49,5%. A situa��o mais cr�tica, e que vem desde o ano passado, � a do Serra Azul. O reservat�rio estava com 27,3% h� um m�s, mas caiu para 22,8%.
Belo Horizonte est� em um per�odo de 101 dias de estiagem. E desde o in�cio do ano as precipita��es est�o abaixo do esperado. “Os dados mostram que a precipita��o nos primeiros nove meses do ano de 2017 � a metade da m�dia hist�rica dos �ltimos 65 anos para o mesmo per�odo”, explicou Perilli.
Mesmo com a baixa no n�vel dos reservat�rios, a Copasa garante que o abastecimento n�o ser� comprometido. “Em 2015, a Copasa e o governo adotaram uma medida para fazer a capta��o a fio d'�gua no Paraopeba. Isso economizou do Sistema Paraopeba, nas nossas represas, 135 milh�es de metros c�bicos. O Rio Paraopeba, no momento, est� com uma vaz�o muito baixa. Por isso, suspendemos a capta��o no manancial e entramos trabalhando com nossas represas, que t�m capacidade de abastecer a regi�o metropolitana por 10 meses”, concluiu o diretor. Segundo ele, neste prazo ter� o per�odo chuvoso, que poder� recuperar os rios.
Outro manancial que est� com n�vel baixo � o Rio das Velhas. A capta��o nele tamb�m � feita a fio d'�gua. A Copasa diminuiu a quantidade de �gua retirada no manancial. “As empresas que trabalham na bacia � montante da nossa capta��o t�m um acordo para a retirada de �gua. Estamos conseguindo manter a vaz�o de 9 mil litros e tirando menos que normalmente, atualmente � aproximadamente 5,5 mil litros, permitindo que rio continue a jusante”, completou Perilli.
Segundo o diretor, a popula��o tamb�m tem que participar da a��o para a recupera��o dos rios. “O que pedimos � popula��o � que use a �gua com parcim�nia. O consumo da �gua de forma consciente vai trazer beneficio � vida da popula��o, sem no futuro trazer problemas graves. A �gua n�o � infinita e n�o pode ser usada de maneira predat�ria”, disse.
Cerco aos clandestinos
O aumento das liga��es clandestinas preocupa a Copasa. Segundo a Companhia, 40% das perdas de �gua na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte s�o provocadas por essas irregularidades. Por isso, uma a��o de repress�o e orienta��o � popula��o ser� realizada. “Com a crise social, pol�tica e econ�mica, tivemos o aumento das liga��es fact�veis. As pessoas t�m a rede de �gua passando em sua porta e n�o est�o ligadas � rede da Copasa. Se estiveram, foram cortadas e n�o voltaram ao sistema. Isso significa que essas pessoas est�o sendo abastecidas com �gua que n�o est� sendo contabilizada nem paga”, comenta o diretor. “O que queremos alertar � que a Copasa far� uma a��o dura para coibir a liga��o clandestina. Tamb�m queremos que a popula��o veja isso com o devido cuidado, pois quem n�o paga consome mais �gua e prejudica o vizinho e o irm�o. Ser� uma repress�o para cortar esse gato e, ao mesmo tempo, de convencimento da popula��o que � para pagar a �gua, que n�o custa muito caro”, completou.
Outro fator que elevava a perda de �gua e que j� est� sendo combatida s�o os vazamentos. Segundo Perillo, a geografia, principalmente de Belo Horizonte, eleva as ocorr�ncias dessa natureza. Por causa disso, a Companhia tem priorizado e agilizado o atendimento neste tipo de ocorr�ncia.