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Estado de Minas

Corte de �gua em cidades atingidas por enchentes traz amea�a da sede

Moradores de cidades castigadas pela cheia do Rio Casca se esfor�am para se livrar da lama e recuperar pertences, mas corte no abastecimento prejudica higiene


postado em 06/12/2017 06:00 / atualizado em 06/12/2017 07:36

Sobrevoo dos Bombeiros pela cidade de Rio Casca mostrou danos e alagamentos que continuaram mesmo depois que a chuva deu trégua (foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Sobrevoo dos Bombeiros pela cidade de Rio Casca mostrou danos e alagamentos que continuaram mesmo depois que a chuva deu tr�gua (foto: Corpo de Bombeiros/Divulga��o)
Rio Casca – Sem abastecimento de �gua depois da enchente, moradores de Rio Casca, uma das cidades mais afetadas pela cheia do rio que deu nome ao munic�pio, precisam de solidariedade para limpar suas casas. Pessoas que t�m po�os artesianos est�o liberando o recurso como forma de ajudar os vizinhos. Pontos de com�rcio foram invadidos pela �gua, assim com casas, e todo o tipo de materiais e mercadorias ficaram perdidos. Casas desabaram em algumas regi�es do munic�pio.

J� eram 17h30 de ontem e o balconista Airton Saraiva Silva J�nior, de 26 anos, ainda limpava sua casa com amigos e parentes. Na segunda-feira, ele se preparava para levar o filho de 6 anos � escola, por volta das 6h30, quando foi surpreendido pela enxurrada. “Foi muito r�pido. Em 10 minutos a �gua subiu at� a altura da minha cintura. Deu tempo s� de sair de casa. Perdi praticamente tudo. Deu para salvar apenas um computador, uma televis�o e documentos”, lamentou.



Na Pra�a Aeyer Nogueira, no Bairro das Gra�as, dezenas de casas foram atingidas. A �gua subiu mais de um metro, danificando pertences de moradores. Entre eles Regina Willa Borges, de 60. “Terr�vel o que est� acontecendo. Perdi documentos, escrituras. Meu arm�rio est� todo destru�do”, contou. Dentro da casa, os danos est�o por todo lado. A lama atingiu todos os c�modos e at� mantimentos foram destru�dos. “Olha as roupas no varal, cheias de lama. N�o temos mais nenhuma”, disse, entre l�grimas.

Em sobrevoo � cidade, militares do Corpo de Bombeiros registraram ruas cobertas por �gua e lama. Apesar da situa��o, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil informou que n�o h� desabrigados ou desalojados na �rea urbana do munic�pio e que 90% do fornecimento de energia el�trica foi restabelecido. O problema � que o abastecimento de �gua pot�vel continuava interrompido at� o fechamento desta edi��o e os bombeiros precisaram de um barco para chegar at� o distrito de Vista Alegre levando �gua e materiais de ajuda humanit�ria.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)
URUC�NIA Na vizinha cidade de Uruc�nia, onde cinco pessoas chegaram a ser dadas como desaparecidas, duas foram encontradas, sendo uma adolescente morta, Maria Fernanda Juventina Iris Rosemo, 13 anos, e sua m�e, que foi achada viva. As tr�s pessoas que seguem sendo procuradas s�o uma crian�a de 7 anos, irm� da que foi encontrada morta, a av� das duas e um homem ainda n�o identificado. De acordo com a Defesa Civil , as irm�s e a av� que foram levadas pela enchente estavam em uma localidade rural conhecida como S�tio Parada Paulista. J� o homem que � procurado estava nas proximidades da Usina Jatiboca, empreendimento de produ��o de a��car, �lcool e mela�o que acumula preju�zos devido � destrui��o.

BELO HORIZONTE Na capital, balan�o da Defesa Civil municipal indica que os atendimentos relacionados �s chuvas de dezembro chegaram a 422 em cinco dias, dos quais 41 por alagamentos e 38 por risco de deslizamento e escorregamento de encostas. A Regi�o Oeste concentra a maior parte das ocorr�ncias, com 69 atendimentos. No Bairro Santa Terezinha, na Regi�o da Pampulha, moradores continuavam ontem contabilizando os preju�zos causados pela forte chuva registrada no fim de semana. Pagando aluguel em uma casa da Rua Jo�o Evangelista h� apenas 20 dias, o motorista Israel Alves, de 28, perdeu eletrodom�sticos e at� documentos quando o C�rrego Sarandi, que passa pela Avenida Cl�vis Salgado, transbordou.

Segundo ele, a enxurrada que invadiu a casa atingiu cerca de um metro de altura. Sem dinheiro para se mudar da casa com a mulher, o motorista espera a estiagem para que consiga recuperar bens perdidos. “Foi a primeira vez que aconteceu comigo. A sensa��o � triste demais, de ver muitos anos de batalha sendo jogados fora. N�o tenho nem palavras para expressar a tristeza que estou sentindo. Eu n�o tenho como me mudar daqui, n�o tenho dinheiro. S� me resta limpar, trabalhar e pedir a Deus para n�o dar uma ‘chuvona’ dessas de novo,” disse.


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