
Ontem come�ou a programa��o para lan�amento no lago das quatro balsas que carregam duas toneladas de fogos. Tr�s das embarca��es ficar�o posicionadas entre o vertedouro da represa e o Iate T�nis Clube, enquanto a outra ficar� ancorada pr�ximo � igrejinha de S�o Francisco de Assis. A festa est� programada para come�ar a receber os visitantes por volta das 20h, com esquemas pr�prios de tr�nsito, bloqueios estrat�gicos e �reas de estacionamento para garantir a fluidez do tr�fego e a comodidade dos pedestres.
O show receber� todos os tipos de fogos para balsas, com brilhos e cores variadas. Ser�o estourados cakes, candeias e morteiros de at� oito polegadas. Os efeitos foram escolhidos especialmente para o evento, somando 20 toneladas de equipamentos e artefatos, tudo preparado por profissionais com experi�ncia no setor e dentro de rigorosos padr�es de seguran�a.
Segundo o respons�vel pelo espet�culo de fogos dos �ltimos tr�s anos, Wellinton Oliveira, os espectadores desfrutar�o de mais de 300 efeitos durante os 12 minutos de queima. “Programamos efeitos sincronizados por computador, que trar�o uma experi�ncia muito intensa e surpreendente para quem estiver na regi�o, sobretudo quem vier � orla”, disse. O vendedor de bebidas Aroldo Muniz, de 57 anos, disse que espera bom movimento, com base no sucesso que conseguiu nos �ltimos eventos. “As pessoas v�m muito animadas e querem brindar o tempo inteiro. O clima � especial tamb�m para n�s, que vamos trabalhar. A gente come�a o ano satisfeito por trazer o sustento mais uma vez para casa”, disse.
ALIMENTA��O Belo-horizontinos e turistas que participarem do evento tamb�m ter�o � disposi��o diversos pontos para lanche, podendo escolher entre variadas op��es de card�pio. Cerca de 100 fornecedores foram cadastrados para o dia do evento e tiveram treinamento com representantes de �rg�os de seguran�a, al�m passar por fiscaliza��o da Vigil�ncia Sanit�ria. A festa tamb�m contar� com apoio da Pol�cia Militar, do Corpo de Bombeiros e da Guarda Municipal.
A TV Alterosa providenciou o isolamento dos im�veis e estruturas integrantes do patrim�nio hist�rico da Pampulha, como o Museu de Artes, a Casa do Baile e a igrejinha. Todos os anos � feito um invent�rio fotogr�fico das condi��es desses pontos antes do evento, para que possa ser providenciado o reparo de tudo o que eventualmente for danificado. Uma equipe da Superintend�ncia de Limpeza Urbana (SLU) far� a limpeza do local antes e depois da festa.
SUPORTE
Ser�o 300 banheiros qu�micos espalhados entre os pontos de visualiza��o do espet�culo pirot�cnico na Pampulha. Visitantes ter�o ainda � disposi��o dois postos m�dicos e seis UTIs m�veis para atendimento, localizados no vertedouro, na Pra�a de Iemanj� e na pra�a da Igreja S�o Francisco de Assis. A seguran�a � promovida por opera��o conjunta envolvendo as pol�cias Militar e Civil, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros, Regional Pampulha, Superintend�ncia de Limpeza Urbana e BHTrans.

Obedi�ncia �s regras e muito cuidado para que a festa n�o vire preocupa��o. Esses s�o os princ�pios b�sicos para que os tradicionais fogos de artif�cio tragam apenas divers�o para as fam�lias na virada do ano. Em tempos em que muitas pessoas sem experi�ncia manuseiam foguetes, o Corpo de Bombeiros acende o sinal de alerta para evitar acidentes. “O foguete em si n�o � um problema e n�o oferece qualquer risco ou grande perigo. O risco � a inobserv�ncia das regras”, afirma o tenente Pedro Aihara, chefe da Sala de Imprensa da corpora��o.
Segundo ele, seguindo as orienta��es do manual do fabricante, dificilmente h� possibilidade de problemas. A primeira provid�ncia � comprar o artefato explosivo em local autorizado, que garanta a proced�ncia do material. “Acidentes muitas vezes s�o provocados por artefatos produzidos em casa ou de maneira clandestina”, avisa. Outra recomenda��o b�sica � ler as instru��es que est�o na caixa de cada produto. O tenente afirma que essa regra � de ouro: “A pessoa pode estar acostumada com algo parecido, mas pode haver uma particularidade em determinado produto”.
Outra provid�ncia indispens�vel � verificar as condi��es do lugar onde se vai disparar o artefato. Nas proximidades de locais como escolas ou hospitais a pr�tica � proibida. “Isso deve ser feito em lugar aberto, onde n�o haja pessoas, crian�as idosos e animais por perto”, diz. Observar a trajet�ria que ser� percorrida pelo foguete � tamb�m fundamental, para verificar se ele n�o seguir� em dire��o � fia��o el�trica, �rvore ou estrutura de edifica��es.
Mais uma dica preciosa � sempre soltar foguete com a base no ch�o. “Depois de cal�ar a base com tijolos, assim que o pavio come�ar a ser consumido a pessoa deve se afastar para uma dist�ncia de ao menos cinco metros”, ensina o bombeiro. Caso o artefato n�o exploda, jamais se deve tentar reacend�-lo, para evitar uma explos�o inesperada durante a segunda tentativa. A indica��o � aguardar 30 minutos e s� depois disso, guard�-lo na caixa para levar � loja onde foi comprado.
�LCOOL E RISCO Muitos acidentes que envolvem fogos de artif�cio, explica o tenente Aihara, est�o relacionados � combina��o desses artefatos com bebidas alco�licas. As les�es mais recorrentes s�o queimaduras ou amputa��o de membros. O militar informa que a preven��o vale tamb�m para bombas, que devem ser sempre lan�adas a uma dist�ncia e em local seguro – jamais na m�o. Mas, se algum artefato tiver de ser segurado, o correto � faz�-lo pela base e longe do corpo, caso de fuma�a colorida.
Para evitar problemas, em lojas como a Casa do Fogueteiro, na Avenida Bias Fortes, Centro de Belo Horizonte, orienta��o � palavra de ordem, especialmente em �pocas como dezembro, quando o movimento cresce, com �pice na semana entre o Natal e o r�veillon.
De acordo com a s�cia-propriet�ria do estabelecimento, V�nia Soares, este ano muitos clientes t�m optado pelos kits montados. Basta p�r no ch�o, cercar a base e acender o pavio para que os foguetes sejam disparados em sequ�ncia. S�o cinco minutos de dura��o do foguet�rio. “Todo produto tem orienta��o na caixa e, por mais que a pessoa esteja com pressa, tamb�m damos informa��es. A prioridade � a seguran�a”, diz V�nia.
Os vendedores s�o orientados tamb�m a questionar em que tipo de ambiente o artefato ser� usado. “N�o adianta a pessoa querer algo se n�o tem lugar adequado. A gente n�o vende. Para locais fechados, por exemplo, temos os produtos pr�prios, os chamados indoor. A pessoa que compra tem de ter consci�ncia de que esse produto requer cuidados e eles devem ser seguidos.”
Nesta semana, o empres�rio Amaro Camilo, de 44 anos, saiu da loja com v�rias caixas de foguetes e um kit para a festa que a fam�lia far� em um s�tio. “N�o se pode brincar sem cuidado. � preciso saber com o que se mexe”, diz. A tamb�m empres�ria V�nia Cedro, de 54, comprou v�rios itens para revenda e para consumo pr�prio. “No meu com�rcio, as bombas s�o restritas de acordo com a idade. Em casa, s� adulto manipula os fogos e, mesmo assim, tendo aten��o”, diz.