
O balan�o da atua��o da Pol�cia Militar durante o carnaval de Belo Horizonte dividiu opini�es. Enquanto 70 blocos divulgaram manifesto denunciando viol�ncia e abuso de poder por parte de PMs durante a festa de rua, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, divulgou n�meros da seguran�a e comemorou o sucesso do evento, com redu��o de ocorr�ncias. PM informa n�o ter recebido oficialmente o documento que questiona atua��o da corpora��o.
“Os n�meros s�o muito positivos e tivemos um carnaval muito seguro. As for�as de seguran�a trabalharam de maneira muito coordenada e proporcionaram um carnaval que se destacou no Brasil inteiro por esse clima de tranquilidade, em BH e no interior”, disse Pimentel, que estava em viagem aos Estados Unidos durante o recesso carnavalesco.
Em rela��o � acusa��o de trucul�ncia por parte dos militares, manifesto de blocos de rua denuncia viol�ncia e a��o “com fei��es de terror” da corpora��o em alguns eventos. Na segunda-feira, segundo os carnavalescos, houve repress�o no Bloco Filhos de Tcha Tcha, um dos precursores da retomada da festa de rua na capital e que, este ano, desfilou na Ocupa��o Paulo Freire, no Barreiro. “Sem nenhuma justificativa ou tentativa pr�via de di�logo, (a PM) atacou as pessoas que ali festejavam, incluindo crian�as, com tiros de borracha, cassetetes, spray de pimenta e bombas de efeito moral. Muitas pessoas ficaram feridas e duas foram detidas, uma delas na UPA enquanto era atendida”, sustenta o documento.
O chefe de Comunica��o da PM, major Fl�vio Santiago, afirmou que a corpora��o n�o tem conhecimento do manifesto e informou que o caso est� sendo acompanhado pela Corregedoria da PM. Ele citou, entretanto, problemas no desfile do Filhos de Tcha Tcha. “Primeiro problema: n�o houve obedi�ncia ao itiner�rio. Segundo: eles pararam em local n�o combinado. O terceiro problema: avan�aram o hor�rio em uma hora e meia e a PM tentou negociar por todo esse per�odo”, afirmou.
Santiago afirma que o desacato a um militar foi o estopim para a interven��o policial. “Uma pessoa, que estava com um martelo, tentou derrubar o policial. Ela foi presa e outras pessoas arremessaram pedras. Dois policiais foram feridos e viaturas ficaram danificadas. Conseguimos restaurar a ordem p�blica com uso de instrumentos de menor potencial ofensivo”, sustentou.
