(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Ainda de 'ressaca' do carnaval, BH come�a voltar � rotina

Ainda com alegorias e banheiros qu�micos espalhados por suas principais vias, capital tenta retomar o cotidiano lidando com reflexos da folia. Crimes recuaram, em meio a cr�ticas � PM


postado em 16/02/2018 06:00 / atualizado em 16/02/2018 08:40

Em plena Avenida Afonso Pena, no Centro, pedestres dividiam ontem espaço com caveira e crocodilos (abaixo) que testemunhavam o desfile de carnava. No balanço da segurança, denúncias e comemoração (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Em plena Avenida Afonso Pena, no Centro, pedestres dividiam ontem espa�o com caveira e crocodilos (abaixo) que testemunhavam o desfile de carnava. No balan�o da seguran�a, den�ncias e comemora��o (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Depois de festejar o maior carnaval de sua hist�ria, Belo Horizonte acordou na quinta-feira como uma cidade tentando retomar sua rotina, mas ainda lidando com marcas e n�meros da folia. No principal corredor de tr�nsito do Hipercentro, a avenida Afonso Pena, pedestres caminhavam apressados, desviando-se de enormes crocodilos, uma caveira monumental e banheiros qu�micos que testemunhavam a ressaca da festa, enquanto carnavalescos e autoridades faziam o balan�o dos eventos. Para a Pol�cia Militar, a seguran�a foi um dos pontos de destaque durante as comemora��es, embora dezenas de blocos tenham classificado como truculenta a interven��o dos militares em parte dos cortejos. Na contabilidade do agito, celulares foram o principal alvo dos ladr�es, e mais de 50 deles foram apreendidos em um shopping popular da capital, ap�s rastreamento feito pela PM. Nas estradas, os n�meros continuam assustadores: 35 mortes durante o recesso, ainda que a quantidade de acidentes tenha ca�do em rela��o ao ano passado e o feriado tenha sido menos violento nas rodovias federais.

 

O balan�o da atua��o da Pol�cia Militar durante o carnaval de Belo Horizonte dividiu opini�es. Enquanto 70 blocos divulgaram manifesto denunciando viol�ncia e abuso de poder por parte de PMs durante a festa de rua, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, divulgou n�meros da seguran�a e comemorou o sucesso do evento, com redu��o de ocorr�ncias. PM informa n�o ter recebido oficialmente o documento que questiona atua��o da corpora��o.

“Os n�meros s�o muito positivos e tivemos um carnaval muito seguro. As for�as de seguran�a trabalharam de maneira muito coordenada e proporcionaram um carnaval que se destacou no Brasil inteiro por esse clima de tranquilidade, em BH e no interior”, disse Pimentel, que estava em viagem aos Estados Unidos durante o recesso carnavalesco.

Segundo a PM, houve redu��o de 30% nos furtos no per�odo em BH, passando de 1.470, em 2017, para 1.030, este ano. Crimes violentos como homic�dios, estupros e sequestros ca�ram de 715 para 493. A apreens�o de armas, em contrapartida, cresceu 34%, saltando de 23 para 31. Segundo o balan�o, 646 pessoas foram detidas durante o recesso e policiais registraram 96 ocorr�ncias por tr�fico de drogas.

Em rela��o � acusa��o de trucul�ncia por parte dos militares, manifesto de blocos de rua denuncia viol�ncia e a��o “com fei��es de terror” da corpora��o em alguns eventos. Na segunda-feira, segundo os carnavalescos, houve repress�o no Bloco Filhos de Tcha Tcha, um dos precursores da retomada da festa de rua na capital e que, este ano, desfilou na Ocupa��o Paulo Freire, no Barreiro. “Sem nenhuma justificativa ou tentativa pr�via de di�logo, (a PM) atacou as pessoas que ali festejavam, incluindo crian�as, com tiros de borracha, cassetetes, spray de pimenta e bombas de efeito moral. Muitas pessoas ficaram feridas e duas foram detidas, uma delas na UPA enquanto era atendida”, sustenta o documento.

O chefe de Comunica��o da PM, major Fl�vio Santiago, afirmou que a corpora��o n�o tem conhecimento do manifesto e informou que o caso est� sendo acompanhado pela Corregedoria da PM. Ele citou, entretanto, problemas no desfile do Filhos de Tcha Tcha. “Primeiro problema: n�o houve obedi�ncia ao itiner�rio. Segundo: eles pararam em local n�o combinado. O terceiro problema: avan�aram o hor�rio em uma hora e meia e a PM tentou negociar por todo esse per�odo”, afirmou.

Santiago afirma que o desacato a um militar foi o estopim para a interven��o policial. “Uma pessoa, que estava com um martelo, tentou derrubar o policial. Ela foi presa e outras pessoas arremessaram pedras. Dois policiais foram feridos e viaturas ficaram danificadas. Conseguimos restaurar a ordem p�blica com uso de instrumentos de menor potencial ofensivo”, sustentou.

(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O manifesto dos blocos critica ainda uma s�rie de a��es da PM, citando a pris�o de uma jovem por usar um bon� com s�mbolo da maconha no Centro de BH, dispers�o violenta no Pisa na Ful�, no Bairro Carlos Prates (Regi�o Noroeste), no Bloco Unidos do Barro Preto, na Pra�a Raul Soares (Centro-Sul), no Bairro Santa Tereza (Regi�o Leste) e na Pra�a da Liberdade (Centro-Sul), entre outros epis�dios. O documento tamb�m denuncia bombas atiradas no Kandandu – Encontro de Blocos Afro, e a interrup��o de show de Marcelo Veronez na Rua dos Guaicurus, onde a Fam�lia de Rua foi impedida de se apresentar. Em rela��o ao show na Guaicurus, a PM justificou que o evento estava fora das condi��es acordadas.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)