
Armazenamento de pornografia infantil espalhado por oito das 12 regi�es de Minas Gerais, 68 endere�os mapeados desse tipo de crime no estado e o alvo n�mero 1 entre 579 de todo o Brasil localizado e preso em territ�rio mineiro. Esse � o retrato revelado pela Opera��o Luz na Inf�ncia II, que ganhou o t�tulo de maior opera��o da hist�ria do pa�s contra a pedofilia, foi desencadeada ontem em 24 estados do pa�s e que prendeu em Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro, um advogado de 26 anos.

Em um dos casos, a Senasp identificou download de 750 mil arquivos em uma �nica conex�o, de responsabilidade de um advogado de 26 anos em Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro. Filho de advogados e oriundo de uma fam�lia com poder aquisitivo consider�vel, ele foi preso em flagrante quando os investigadores flagraram exemplos de pornografia infantil no endere�o em que foi cumprido o mandado de busca e opera��o. Como a pena m�xima para esse crime � de 4 anos, a conduta cabe fian�a e por isso o investigado pode responder ao inqu�rito em liberdade. Mas o pr�ximo passo da investiga��o � tipificar as condutas de acordo com os materiais apreendidos, o que pode levar os agentes a tirarem outra conclus�o. “Se ficar constatado que houve outros crimes, como produzir as imagens, os investigados tamb�m passam a responder por essa quest�o”, diz o delegado. Nesse caso, a pena m�xima chega a oito anos e pode ocorrer um flagrante inafian��vel.

Essa situa��o � plenamente poss�vel, segundo o delegado, principalmente nos casos em que foram identificadas pessoas com filhos pequenos no momento do cumprimento do mandado de busca. “Isso nos preocupa demais”, diz o delegado. Entre os presos est�o servidores p�blicos, pessoas com curso superior e tamb�m pessoas que admitiram facilmente a posse de material pornogr�fico, inclusive levando os investigadores rapidamente at� os arquivos. Por�m, houve casos tamb�m em que os investigados tentaram dificultar o acesso. Um preso em Ipatinga, no Vale do Rio Doce, usava um software que apagava os arquivos, mas os investigadores conseguiram recuperar o material. Em outro caso, o investigado tentou apagar os dados no momento em que a Pol�cia Civil bateu em sua porta. Mais de 200 dispositivos eletr�nicos foram arrecadados, contendo material que chocou at� mesmo quem est� acostumado �s situa��es mais adversas. “Eu recebi liga��es de policiais emocionados, chorando, porque n�o acreditavam naquilo que estavam vendo”, acrescenta Matheus Cobucci.
Entre os presos tamb�m h� um caso de reincid�ncia, j� que um homem de 33 anos, morador do Bairro Boa Vista, Leste de Belo Horizonte, foi um dos alvos e j� tinha sido condenado por armazenar pornografia infantil. Ele foi levado para a Delegacia de Prote��o � Crian�a e ao Adolescente, no Bairro Carlos Prates, Noroeste de BH, mas n�o quis dar entrevista. Fontes da Pol�cia Civil tamb�m informaram o cumprimento de mandados nos bairros Sion (Centro-Sul) e Let�cia (venda Nova), em BH, e no Bairro Nacional, em Contagem.

