Um acidente a�reo em circunst�ncias ainda n�o esclarecidas levou � morte de duas pessoas na tarde de s�bado em Bom Despacho, na Regi�o Centro-Oeste de Minas Gerais. Testemunhas contaram que a aeronave fazia manobras pr�ximo ao aeroporto da cidade, quando perdeu for�a e caiu. Um evento de acrobacias a�reas estava programado para o dia, mas foi suspenso pelo Corpo de Bombeiros por falta de seguran�a. Segundo o sargento Camilo, do Posto Avan�ado do Corpo de Bombeiros de Nova Serrana, apenas a exposi��o de aeronaves seria permitida. Entretanto, h� ind�cios de que a proibi��o tenha sido descumprida. Per�cia dar� in�cio � investiga��o das causas da queda.
O acidente ocorreu por volta das 16h40. Testemunhas que estavam no local informaram que o avi�o fazia acrobacias, como um looping, uma esp�cie de giro, quando perdeu pot�ncia e caiu. “Houve uma movimenta��o de aeronaves acima do normal no aeroporto de Bom Despacho, e tinha um avi�o, segundo as pessoas, que estava no local, realizando manobras. Apenas um. E esse seria o avi�o que caiu”, explicou o tenente Thales Gustavo de Oliveira Costa, comandante do Posto Avan�ado do Corpo de Bombeiros de Bom Despacho.
A aeronave caiu em uma mata nas proximidades do aeroporto. O local � de dif�cil acesso. “Estamos com equipes de bombeiros empenhadas. Ap�s o acidente, fizemos o isolamento e combate ao inc�ndio”, disse o comandante. No avi�o estavam duas pessoas, que morreram na hora e cujos corpos ficaram carbonizados. Devido a essa circunst�ncia, n�o foi poss�vel identificar oficialmente as v�timas, embora tenham sido recolhidos no local documentos de dois um homens: Leonardo Traugott e Eryan Rathel.
O pai de Leonardo Traugott, supostamente piloto da aeronave acidentada, segundo informa��es do sargento Camilo, confirmou que o filho embarcara no avi�o por volta das 15h, no aeroporto de Par� de Minas, com destino a Bom Despacho. A confirma��o da identidade das v�timas, entretanto, depender� de exames periciais.
Ontem estava previsto o evento Aerofest, em que ocorreria show de acrobacias de avi�es e apresenta��o de saltos de paraquedistas. Por�m, ele acabou suspenso por falta de seguran�a. “O evento n�o foi aprovado pelo Corpo de Bombeiros, devido � falta de documenta��o, e outras quest�es de seguran�a, necess�rias para a aprova��o. Ontem (sexta-feira), os organizadores apresentaram um documento informando que o evento n�o aconteceria mais. Hoje (ontem), n�o posso dizer que o evento tenha ocorrido, mas testemunhas contam que uma aeronave fazia manobras”, afirmou o comandante.
O Estado de Minas entrou em contato com representantes da Associa��o de Pilotos e Propriet�rios de Aeronaves de Bom Despacho (Appabd), respons�vel pelo Aerofest, mas as liga��es n�o foram atendidas at� a publica��o desta reportagem. Ao portal G1, a entidade afirmou que o avi�o que caiu n�o participava de sua programa��o.
A AERONAVE O modelo envolvido no acidente � um Eagle II, fabricado pela empresa americana Christen. A aeronave, preparada para fazer acrobacias, tem capacidade para apenas duas pessoas, sendo o piloto e o passageiro. O avi�o envolvido na queda ostentava o prefixo PR-ZTE. Foi produzido em 1982 e adquirido pelo �ltimo propriet�rio no in�cio de fevereiro de 2014. Sua situa��o na Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac) era regular, com o certificado de autoriza��o de voo experimental expedido pelo �rg�o.
OUTRA QUEDA Em 2013, a cidade viveu outro acidente a�reo que terminou em morte. Um monomotor caiu em Bom Despacho em 17 de novembro. Morreu o empres�rio e piloto �lvaro Celso Nogueira D’Almeida, de 61 anos. O acidente ocorreu ainda nos procedimentos de decolagem. Depois de atingir uma altura de 30 metros, a aeronave perdeu sustenta��o e caiu de bico. O monomotor modelo RV-6A (Acrobat), prefixo PU-MED, era pilotado por �lvaro, que viajava sozinho em dire��o a Divin�polis, tamb�m na Regi�o Centro-Oeste.
E MAIS...
‘Corredor polon�s’
O presidente da Comiss�o de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MG), Willian dos Santos, denunciou �s autoridades que servidores das unidades prisionais estariam fazendo “corredor polon�s” durante a noite com os detentos – forma de castigo f�sico em que um indiv�duo deve passar correndo entre duas fileiras de pessoas, nesse caso mascaradas, que o agridem – nas unidades prisionais de Bicas 1 e de Bicas 2, na cidade de S�o Joaquim de Bicas, na Regi�o Metropolitana de BH. A comiss�o requer a abertura de investiga��es e recomenda uma campanha de conscientiza��o dos que operam o sistema prisional. A Secretaria de Estado de Administra��o Prisional (Seap) informou, por meio de nota, que os fatos far� “apura��o pormenorizada” dos fatos.
�nibus incendiado
Um �nibus foi incendiado na madrugada de ontem em Vespasiano, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a Pol�cia Militar, o crime ocorreu pouco depois da 0h de ontem e um coletivo da linha 5805, que faz o percurso entre o Bairro Caieiras e a Esta��o Morro Alto, do Move Metropolitano, foi destru�do. O motorista do ve�culo de passageiros relatou que seguia pela MG-010, na altura do Km 17, Bairro Morro Alto, quando um homem deu sinal para entrar no coletivo. Ele teria exigido a sa�da dos passageiros e, quando a porta traseira se abriu, outros dois criminosos entraram com l�quido inflam�vel e atearam fogo. Policiais militares que atenderam a ocorr�ncia encontraram ainda um bilhete que trazia reclama��es sobre maus-tratos durante visitas � Penitenci�ria Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH. Ningu�m foi preso
Acidente na BR-365
Um �nibus tombou deixando mais de 30 pessoas feridas na madrugada de ontem na BR-365. O acidente ocorreu bem pr�ximo a Celso Bueno, distrito de Monte Carmelo, no Alto Parana�ba. Segundo o Corpo de Bombeiros, o ve�culo, com 40 pessoas, virou por volta das 4h da madrugada e mobilizou atendimento tanto dos militares quanto de ambul�ncias do Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu). Entre os atendimentos feitos pelos bombeiros e pelo Samu, foram dois feridos graves e mais de 30 com ferimentos leves.