
Ainda de acordo com a corpora��o, o suspeito Nei de Oliveira Brum, de 35 anos, foi ouvido pela delegado de plant�o de Vespasiano, mas n�o confessou o crime. Ontem, as informa��es da Pol�cia Civil j� apontavam ind�cios suficientes de estupro antes da morte da garota, o que levou o delegado a ratificar a pris�o em flagrante pelos dois crimes: estupro de vulner�vel e homic�dio. Ele j� est� em um pres�dio do estado.
As apura��es apontam que Nei aproveitou-se de um momento em que Kailany seguia para casa para atender a um pedido da av� e interceptou a garotinha, praticando o abuso sexual e matando-a em seguida. O crime ocorreu em uma rua do Bairro Nova Pampulha. A barbaridade do assassinato da pequena Kailany Vit�ria Marques de Freitas motivou depreda��es na casa do homem preso em flagrante.
Na sexta-feira, a m�e da pequena Kailany, que segundo a Pol�cia Militar � garota de programa, deixou a filha com Ant�nia Ribeiro Silva, de 60, que cuidava da crian�a nos �ltimos dois meses. “A av� dela passou na minha casa e disse que levaria a Kailany com ela para um bar bem perto l� de casa”, diz Ant�nia, que prestou depoimento ontem. Momentos depois, a crian�a voltou e disse que ficaria mais tempo com a av�, aproveitando inclusive para trocar de roupa na casa da cuidadora. Depois desse momento, a av� teria ido at� a casa da cuidadora em busca da crian�a. “Ela perguntou se a menina estava comigo e eu disse que deveria estar com ela”, afirma Ant�nia, abalada.
Segundo a Pol�cia Militar (PM), a av� de Kailany alegou que pediu � neta que buscasse um isqueiro em casa. Testemunhas informaram que nesse momento viram a garota com um vizinho de Kailany. Ao chegarem � casa de Nei, os policiais ouviram da esposa dele que o homem tinha chegado em casa sujo de fezes e tomou banho antes de sair novamente. Roupas da menina foram encontradas na casa e o corpo dela estava nos fundos do lote.
O suposto autor dos crimes foi rastreado e preso. J� no fim da manh� de ontem, os pertences da casa onde Nei mora com a mulher foram colocados para fora e queimados. A resid�ncia foi depredada.
Entre as testemunhas ouvidas pela Pol�cia Civil est�o a cuidadora, a av� da garota e a mulher do suspeito. O teor dos depoimentos n�o foi revelado. Por volta das 14h, a m�e de Kailany chegou em casa, mas n�o quis falar com a reportagem. Ela foi amparada por amigos e parentes e questionava, da fachada da casa, o que faria para viver sem sua filha.
Na Rua 15, onde ocorreu o crime, vizinhos estavam perplexos, mas a maioria das pessoas n�o quis conversar sobre o assunto. Uma moradora da casa de frente � do suspeito disse que ele mora naquela resid�ncia h� pouco tempo e por isso seus h�bitos e sua rotina n�o s�o conhecidos.