Pol�cia Federal instaura inqu�rito para investigar rompimento de barragem em Brumadinho

A Pol�cia Federal (PF) vai investigar o que provocou o rompimento da barragem de C�rrego do Feij�o em Brumadinho, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. At� o in�cio da tarde deste s�bado, o Corpo de Bombeiros contabilizam 10 mortos e centenas de feridos. 

“A Pol�cia Federal informa que, neste s�bado, 26/1, foi instaurado inqu�rito policial para apurar as causas e consequ�ncias do rompimento da barragem em Brumadinho/MG”, informou, por meio de nota, a assessoria de imprensa da institui��o em Minas.
 

A mina em Brumadinho pertenceu � antiga Ferteco Minera��o, que foi incorporada pela Vale no fim de 2010. A negocia��o � �poca envolveu as reservas de C�rrego do Feij�o e F�brica, esta �ltima localizada em Congonhas. Segundo a Vale, a �rea administrativa, onde estavam funcion�rios, foi atingida, assim como a comunidade da Vila Ferteco. 



A lama agora come�a a chegar ao centro do munic�pio pelo leito do Rio Paraopebas, afluente do Rio S�o Francisco e um dos respons�veis pelo abastecimento de �gua da Grande BH. Barragem que se rompeu em Brumadinho tinha volume de 12,7 milh�es de metros c�bicos de rejeitos de min�rio. Ao contr�rio do que ocorreu em Mariana, em 2015, os rejeitos em Brumadinhos eram mais secos, o que minimizou o potencial de alcance dos rejeitos. A companhia opera 22 minas de min�rio de ferro no Brasil, das quais 19 est�o localizadas em Minas.



A barragem que se rompeu n�o recebia rejeitos desde 2014, segundo informa��es da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel (Semad). No fim do ano passado, a Vale recebeu licen�a para o reaproveitamento dos rejeitos no local. “O empreendimento, e tamb�m a barragem, est�o devidamente licenciados, sendo que, em dezembro de 2018, obteve licen�a para o reaproveitamento dos rejeitos dispostos na barragem e para seu descomissionamento (encerramento de atividades)”, informou a pasta. O Brasil tem cerca de 840 barragens de rejeitos minerais, sendo que quase a metade est� em Minas.



O temor das autoridades � que o total de �bitos aumente. Isso porque a tsunami de lama com rejeitos atingiu o refeit�rio da �rea administrativa da companhia pr�ximo ao hor�rio do almo�o, o que elevou o temor de um n�mero grande de v�timas. Segundo a Vale, 427 trabalhavam na mina no momento do rompimento da barragem.  O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, classificou o desastre como “uma trag�dia humana terr�vel”.