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Estado de Minas

Dengue e consequ�ncias de rompimento de barragem colocam Minas em alerta

Sorotipo 2 do v�rus, que causa sintomas mais graves, j� se destaca no estado e impacto ambiental com rompimento da barragem da Vale em Brumadinho exige que moradores e prefeituras intensifiquem a��es de combate ao mosquito


postado em 27/02/2019 06:00 / atualizado em 27/02/2019 09:06

Aedes aegypti: Ministério da Saúde alerta para o risco de proliferação na área do desastre de Brumadinho(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 9/2/09)
Aedes aegypti: Minist�rio da Sa�de alerta para o risco de prolifera��o na �rea do desastre de Brumadinho (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 9/2/09)


O aumento dos casos de dengue coloca Minas Gerais em alerta, segundo o Minist�rio da Sa�de. O sorotipo 2, que voltou a predominar no Brasil ap�s 10 anos, j� se destaca no estado e as altera��es ambientais causadas pelo rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, na Grande BH, exigem que a popula��o das regi�es afetadas redobre a aten��o no combate aos criadouros do mosquito. At� o momento, 11 pessoas morreram com sintomas da infec��o causada pelo Aedes aegypti em Minas.


Em entrevista coletiva concedida ontem, o coordenador do Departamento de Dengue do Minist�rio da Sa�de, Rodrigo Said, lembrou que nos �ltimos dois anos o pa�s teve uma queda importante nos casos de dengue, mas que a circula��o do chamado Denv-2 muda esse cen�rio. “Ele n�o circulava predominantemente no pa�s desde 2008. S�o 10 anos sem a popula��o ter contato com esse v�rus. Quem nasceu nesse per�odo tem mais possibilidade de ser infectado.


Os sintomas desse tipo de dengue s�o os mesmos, conforme Said, mas o que chama aten��o � que v�rus do sorotipo 2 pode resultar em manifesta��es mais graves quando comparado com os tipos 1, 3 e 4. Entre 30 de dezembro e 2 de fevereiro, o estado notificou � Uni�o 12.388 casos prov�veis de dengue, n�mero que aponta crescimento de 445,2% em rela��o a igual per�odo do ano anterior (2.272 casos).


Balan�o mais recente divulgado na tarde de segunda-feira pela Secretaria de Estado de Sa�de (SES), aponta uma situa��o ainda mais preocupante. Somente nos primeiros 56 dias de 2019, o n�mero de casos prov�veis da doen�a j� era maior do que registrado nos 12 meses de 2018 e de 2017. At� 25 de fevereiro, foram feitas 30.352 notifica��es.

MONITORAMENTO Em 5 de fevereiro, a Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou um estudo alertando para a possibilidade de surto de doen�as infecciosas, como febre amarela, esquistossomose e dengue em fun��o do rompimento da barragem em Brumadinho e �s altera��es ambientais causadas pelos rejeitos. Em sua edi��o de ontem, o Estado de Minas mostrou que 16 cidades cortadas pelo curso d’�gua est�o com uso da �gua restrito.


Rodrigo Said informou que o Minist�rio da Sa�de criou uma equipe t�cnica que est� em contato com as salas de situa��o do governo de Minas e de Brumadinho. “Realmente existe um alerta. � poss�vel que haja um aumento da produ��o de doen�as transmitidas pelos vetores pela mudan�a ambiental e, principalmente, devido � oferta de �gua”.


O chamado Centro de Opera��es de Emerg�ncia em Sa�de (Coes) Brumadinho vem monitorando dados relacionadas �s doen�as transmitidas por vetores na regi�o. “Alertamos para o risco, aumentado pelo armazenamento de �gua em casa, que exige uma vigil�ncia para que isso seja feito de forma segura”, diz o coordenador. Ele destaca que os recipientes devem ser bem tampados.

PREFEITURAS Por meio de nota enviada na manh� desta quarta-feira, a prefeitura de Brumadinho informou que o Setor de Vigil�ncia em Sa�de do Munic�pio determinou algumas medidas preventivas para evitar surtos, como vacina��o de toda a popula��o da �rea afetada pelos rejeitos da barragem e outras regi�es, especialmente contra febre amarela, visitas de agentes de combate a endemias em Parque da Cachoeira e C�rrego do Feij�o, na sede do munic�pio e outros pontos, e orienta��o da popula��o para evitar armazenar �gua em recipientes de risco.

 

Ainda segundo a prefeitura, foi distribu�do hipoclorito para tratamento caseiro de �gua para consumo humano e tamb�m a��es voltadas para elimina��o de focos de larvas em piscinas e caixas d'�gua descobertas. 

 

“Foi estabelecida parceria com a Funed/BH a fim de ser realizado um levantamento entomol�gico em todo o munic�pio, com objetivo de se analisar os tipos de vetores (mosquitos) que est�o circulando pelo territ�rio, com isso � poss�vel identificar os tipos de v�rus circulantes”, diz a prefeitura. Ainda segundo o Executivo municipal, “n�o h� um desabastecimento de �gua no munic�pio a ponto de ser necess�rio armazenamento de �gua, mas no entanto temos que redobrar a vigil�ncia e para maior implementa��o das atividades a Secretaria Municipal de Sa�de contratou mais oito agentes de endemias”. 

A reportagem tamb�m entrou em contato com a prefeitura de Par� de Minas, uma das cidades na rota do Paraopeba. O secret�rio Municipal de Sa�de, Paulo Duarte, explicou que ap�s alguns anos de crise h�drica, os moradores da cidade adquiriram o h�bito de fazer reservas de �gua em casa e o �rg�o respons�vel pelo fornecimento em Par� de Minas j� notou um aumento do consumo. “A nossa preocupa��o � grande no sentido da dengue mesmo, de que esse ac�mulo de �gua n�o seja controlado pela popula��o porque ainda n�o estamos sofrendo restri��o de �gua. Ent�o, essa �gua n�o est� sendo usada. Temos dito � popula��o que � importante ter consci�ncia do consumo e se necess�rio fazer a reserva, mas com cuidado”, informou o secret�rio. 

 

Ainda segundo ele, a prefeitura continua investindo em campanhas de preven��o e combate ao Aedes aegypti ao longo do ano e conta com uma equipe com 80 profissionais para atuar nas resid�ncias e na limpeza de c�rregos. Os mutir�es vem sendo intensificados. 

 

“Nos acordos que est�o sendo firmados com a Vale, dentro do documento que est� sendo constru�do no qual ser� solucionada a quest�o do abastecimento da �gua da cidade, tamb�m existe um programa emergencial de controle e combate a dengue”, disse Duarte. Segundo ele, o programa contempla a a��o de profissionais na zona rural da cidade e campanhas publicit�rias sobre como armazenar �gua de foram segura em caso de racionamento. “H� toda uma orienta��o em m�dia e campanha se realmente entrarmos em racionamento. Isso est� previsto no TAC (Termo de Ajustamento de Conduta)”, pontuou. (Colaborou Larissa Ricci)


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