Morre sobrevivente do Holocausto que morava em Belo Horizonte
Chana Flam era polonesa e foi capturada pelos nazistas quando tinha apenas 14 anos. Capital mineira ainda abriga um sobrevivente dos campos de concentra��o
postado em 20/03/2019 19:42 / atualizado em 20/03/2019 22:04
Auschwitz foi o maior campo de concentra��o nazista durante a Segunda Guerra Mundial (foto: Reprodu��o/ Pixaby)
Morreu na noite dessa ter�a-feira uma das �nicas sobreviventes do Holocausto que encontraram, em Belo Horizonte, uma maneira de continuar a vida ap�s as atrocidades do Nazismo. Chana Flam era polonesa, tinha 93 anos, e enfrentou sozinha, durante cinco anos, o maior campo de concentra��o da Segunda Guerra Mundial, Auschwitz. Tamb�m para l� a adolescente judaica Anne Frank foi levada durante a guerra.
O enterro de Chana foi realizado na tarde desta quarta-feira no Cemit�rio Israelita de Belo Horizonte. Ela deixa um filho, Samuel Flam, al�m de dois netos e uma bisneta. A capital mineira ainda abriga ainda um judeu sobrevivente da Segunda Guerra, Henry Katina, de origem h�ngara. Ele tamb�m foi levado para Auschwitz.
“O relato do que Chana viveu era uma forma de n�o esquecer as atrocidades do Nazismo. Daqui alguns anos n�o vamos ter mais sobreviventes. Em geral, as pessoas gostam de sentir de ver os fatos hist�ricos e ela era uma sobrevivente que conseguiu ter uma vida mesmo com as perdas da guerra”, disse Jacques Levy, integrante da Comunidade Judaica de Belo Horizonte.
Vida
Chana foi capturada pelos nazistas quando tinha apenas 14 anos. Levada para o maior campo de concentra��o da guerra, ela foi v�tima das atrocidades do regime de Adolf Hitler durante cinco anos. Durante a guerra, ela perdeu toda a fam�lia depois que seu pai teve um acidente vascular e dois de seus irm�os terem sido assassinados com tiros na cabe�a. Al�m disso, sua m�e teria morrido na c�mara de g�s, abra�ada com um dos filhos.
De seis irm�os, Chana foi a �nica sobrevivente. Ap�s a guerra, ela e seu marido - tamb�m sobrevivente - optaram por seguir os passos de um cunhado e vieram para Belo Horizonte em 1955. Na capital mineira, conseguiram buscar al�vio, tendo dois filhos e difundindo relatos de como era a vida nos campos de concentra��o. Chana Flam perdeu um de seus filhos em um acidente de carro.