
Uma opera��o que investiga um esquema de sonega��o fiscal e lavagem de dinheiro envolvendo o grupo Souza Paiol, atuante no mercado de fabrica��o de cigarros de palha e cacha�aria, foi deflagrada na manh� desta quinta-feira. Estima-se que a pr�tica da sonega��o tenha ocasionado preju�zos de cerca de R$ 20 milh�es aos cofres p�blicos.
Batizada de “Opera��o Paieiro”, a for�a-tarefa foi constitu�da pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais, por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justi�a de Defesa da Ordem Econ�mica e Tribut�ria (Caoet) e da 1ª Promotoria de Justi�a da comarca de Pitangui, Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) e Pol�cia Civil.
Foram cumpridos sete mandados de busca e apreens�o em endere�os comerciais e residenciais, expedidos pelo ju�z da 1ª Vara da Comarca de Pitangui. Foram apreendidos documentos, cigarro e cerca de R$ 1 milh�o em esp�cie.
Esquema de sonega��o
As investiga��es tiveram in�cio a partir de irregularidades constatadas pela fiscaliza��o em trabalhos de auditoria, especificamente ap�s an�lise do quantitativo de notas fiscais recebidas e emitidas pelas empresas contribuintes. A confronta��o de valores revelou ind�cios da venda de cigarros de palha e cacha�a, em grande quantidade, desprovidos de documento fiscal.

“Eles vendiam sem recolhimento dos impostos devidos, e isso causou um grave preju�zo ao estado de Minas Gerais. Todo esse dinheiro sonegado foi movimentado de forma esp�ria pelos respons�veis, que tentaram lavar esse dinheiro usando conta banc�ria de terceiro, a m�e de um dos investigados”, explica o promotor de Justi�a do Caoet Hugo Barros.
Segundo ele, apenas no m�s de agosto de 2018, essa conta movimentou cerca de R$ 6 milh�es. “Nos demais meses, tamb�m movimentaram grandes quantias de dinheiro e depois compraram bens e colocaram em nome de empresas de participa��o como forma de blindar esse patrim�nio”, complementa.
Segundo o promotor, al�m dos pedidos de busca, houve o pedido de bloqueio de contas banc�rias, especialmente daquelas utilizadas para poss�vel lavagem de dinheiro.
Segundo as investiga��es, o grande volume de produ��o e venda n�o declarados gerou um lucro que pode ter sido usado para a aquisi��o de mais de uma dezena de im�veis, alguns de alto valor, em bairros nobres de Belo Horizonte e Nova Lima.
