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Estado de Minas

Saiba quem foi Edi, a mulher que morreu ap�s passar mal durante protestos em BH

"Criou oito filhos em condi��es bem prec�rias e nos serviu de exemplo", conta filho sobre a faxineira, que estava em �nibus quando manifestantes fecharam a via ateando fogo aos pneus. �bito n�o foi provocado por inala��o de fuma�a, diz hospital


postado em 19/06/2019 06:00 / atualizado em 19/06/2019 07:42

A faxineira Edi Guimarães, em momento gravado no celular de parentes(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press )
A faxineira Edi Guimar�es, em momento gravado no celular de parentes (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press )

Na sexta-feira, a faxineira Edi Alves Guimar�es, de 53 anos, fez como de costume. Levantou pouco depois das 5h, deixou tudo encaminhado em casa, no Bairro Palmital, em Santa Luzia, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, e saiu para o trabalho, uma empresa no Bairro S�o Luiz, na Pampulha, na capital. Estava quase chegando ao ponto de descida, quando o ve�culo no qual estava ficou bloqueado, por volta das 6h30, numa barricada de pneus feita por pessoas que se manifestavam contra o governo na greve geral. Uma hora e meia depois, a fam�lia, que acabava de acordar, era surpreendida pela presen�a de colegas de trabalho de Edi avisando que ela passara mal e havia sido internada. Foi tudo muito r�pido. Ontem, quatro dias depois, filhos, netos, parentes e amigos enterravam a m�e de oito filhos, tida como discreta e determinada. A fam�lia quer apura��o dos fatos.
 
A Pol�cia Civil abriu inqu�rito para investigar as circunst�ncias da morte. Inicialmente, acreditava-se que a causa do �bito tivesse sido a inala��o de fuma�a proveniente da queima de pneus, mas o Hospital Risoleta Neves, onde ela ficou at� anteontem, emitiu laudo ontem contestando as informa��es preliminares. O bloqueio ocorreu na Avenida Ant�nio Carlos, antes do viaduto de acesso � Avenida Abr�o Caram. Ela teve uma parada cardiorrespirat�ria, foi reanimada pelos m�dicos e passou por procedimentos de emerg�ncia. Em seguida, foi levada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde permaneceu at� morrer.
 
“Ela passou mal e ainda conseguiu falar com os policiais. Mostrou o n�mero de telefone do trabalho e pediu para que ligassem avisando”, conta o filho Evandro Santos Guimar�es, de 27 anos. Por meio de nota, o Risoleta informou que exames n�o evidenciaram intoxica��o por mon�xido de carbono, mas �bito associado a doen�a card�aca e neurol�gica.
 
Na sexta-feira, o gerente da empresa buscou o marido de Edi, Adeilton Guimar�es, de 58, e o levou ao hospital. Evandro desconhece que a m�e tivesse problemas de sa�de, salvo hipertens�o. A fam�lia quer apura��o dos fatos e avalia se h� um culpado na hist�ria. Do legado da m�e, Evandro diz que levar� para sempre sua determina��o. “Criou oito filhos em condi��es bem prec�rias e nos serviu de exemplo. Sempre fez tudo o que p�de para melhorar e, por insist�ncia dela mesma, conseguiu a casa pr�pria”, relata. Av� de seis netos, um dos momentos mais emocionantes do vel�rio foi a rea��o das crian�as – inconsol�veis. “Ela morreu como sempre quis. Dormindo. Falava que n�o queria dar trabalho para ningu�m, ficar aleijada numa cama. Ela partiu com a miss�o cumprida”, destacou o filho.


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