Galp�o incendiado em Betim pode estar irregular junto aos bombeiros

 

O galp�o que armazenava produtos da Graal Tintas Industriais, em Betim, na Grande BH, pode estar irregular perante o Corpo de Bombeiros. As informa��es foram repassadas pelo coronel Anderson Almeida � imprensa na noite desta ter�a-feira (3). 

Segundo o coronel, o im�vel apresentou um projeto � corpora��o em 2013, mas havia falhas nele. Naquela �poca, contudo, o Corpo de Bombeiros n�o digitalizava suas documenta��es, ou seja, tudo era feito no papel. Por isso, o �rg�o precisa consultar seus arquivos para concluir se as limita��es foram ou n�o solucionadas.

“A informa��o que tenho, neste momento, � que eles foram notificados em 2013. Foi solucionado? Eu vou precisar ir no papel, no projeto f�sico, para apontar o resultado final”, explicou o coronel.

Ainda de acordo com o coronel Almeida, cinco pessoas foram retiradas das redondezas por conta da fuma�a dispersada pela queima do combust�vel t�xico. S�o eles: tr�s moradores e dois vigias de ind�strias pr�ximas. 

Essas pessoas, no entanto, n�o sofreram ferimentos nem precisaram ser encaminhadas ao hospital. 

Quanto � fuma�a, o militar informou que as defesas civis de Contagem e Betim foram acionadas para verificar a situa��o nesta quarta-feira. Isso porque os bombeiros n�o sabem definir qual o tamanho da propaga��o dos gases nesta ter�a, justamente pela escurid�o.

 

 

As chamas atingiram o galp�o localizado na Rua Gracyra Resse de Gouveia, no Bairro Dom I. Jardim Piemonte/Sul, em Betim. Segundo o coronel Anderson Almeida, a situa��o est� controlada, mas a ocorr�ncia pode seguir pelas pr�ximas 48 horas, justamente por conta da intensidade das chamas. 

De acordo com coronel Almeida, tanques de outros combust�veis est�o a 500 metros da ocorr�ncia, mas h� barreiras naturais (paredes de outros galp�es) no caminho. Portanto, h� pouca chance da situa��o fugir do controle da corpora��o. 

Novamente conforme os bombeiros, um combust�vel em g�s, que se transforma em l�quido quando liberado em alta press�o, causou o inc�ndio. Esse l�quido vazou e derramou na rua de tr�s (Rua Fiat). 

O que ainda � um mist�rio � a maneira como ocorreu tal vazamento. Isso s� a per�cia da Pol�cia Civil poder� definir. A possibilidade de inc�ndio criminoso, inclusive, n�o pode ser descartada no momento. 

 

 

Cerca de 70 militares atuam no local. As chamas tiveram in�cio por volta das 17h40, pr�ximo a tanques de solventes. “Tem tr�s tanques cheios de um componente qu�mico para fazer a tinta”, disse um dos funcion�rios, que preferiu manter o anonimato. Segundo ele, n�o havia ningu�m na empresa no momento em que o fogo come�ou.

A informa��o dele � acompanhada pelos bombeiros. Segundo a corpora��o, ningu�m ficou ferido na ocorr�ncia. Um vigia estava na f�brica no momento do in�cio do fato, mas ele saiu rapidamente do local. 

Al�m da PM e dos bombeiros, viaturas da companhia de tr�nsito de Betim, da Guarda Municipal da mesma cidade e equipes da Cemig estiveram no local.

J�nio Ant�nio, de 53 anos, morador da Rua Fiat, paralela � f�brica de tintas em chamas, reclamou que sua m�e, Alzira Maria Maciano, de 87, acamada, enfrentou dificuldades devido a limita��es respirat�rias. Ele tentou ajuda com as autoridades, mas ainda n�o havia obtido socorro. 

“Eles me disseram para chamar o Samu, mas o Samu nunca vem aqui quando precisamos. Eu nem tento mais. Preciso de algum lugar para acomodar minha m�e”, reclamou. 

Ainda de acordo com J�nio, os moradores pr�ximo � ind�stria ouviram explos�es por mais de uma hora. Ele nunca entrou na f�brica, mas mora no local desde que nasceu.

O local fica pr�ximo � BR-381. A Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF) informou que a rodovia n�o precisou ser interditada por causa do inc�ndio. 

Mesmo assim, um longo congestionamento se formou na rodovia, desde o Bairro Riacho das Pedras, em Contagem, no sentido S�o Paulo.