
Um movimento em que o corpo gordo � celebrado. E um projeto que produz aceita��o dos corpos sem distin��es. Esse � o 'Rol� de Peso', coletivo criado pelo publicit�rio Marcelo Gomes, de 29 anos, com a miss�o de divulgar o corpo gordo de forma pol�tica e libertadora. ''A gente acredita que todo corpo � incr�vel, ent�o, todo mundo � bem-vindo. A �nica coisa que a gente n�o aceita � preconceito'', diz Marcelo. Por enquanto, o rol� funciona como festa, que acontece em espa�os alternativos de Belo Horizonte, mas a ideia � que o proposta evolua com o objetivo de fazer ainda mais diferen�a na vida das pessoas.
A milit�ncia � o ponto forte. Embalados pelo movimento social 'body positive' (corpo positivo, em tradu��o livre), defendem que todo corpo tem que ter uma imagem positiva. ''� o famoso meu corpo, minhas regras. E fala do direito de cada um ter uma rela��o com seu corpo sem interfer�ncias'', explica o publicit�rio. Com a inclus�o e a milit�ncia como pautas das festas, o resultado �: ningu�m paga nada por estar nesses espa�os, como s�mbolo de um rol� democr�tico. Al�m do ativismo, o intuito do grupo � reunir os maiores corpos rebolativos de BH. ''Participar de um coletivo em que o corpo gordo � celebrado mudou ainda mais minha percep��o sobre o meu corpo. Voltei a sair, me divertir...'', conta Ant�nio Roque, designer gr�fico, de 34 anos.
Dia do Gordo
Nesta ter�a-feira, dia 10, � comemorado o Dia do Gordo, data nacional para conscientizar a popula��o sobre o respeito a diversidade dos corpos, com um destaque para a gordofobia - um estigma social sobre corpos que est�o fora dos padr�es. � o dia de discutir sobre os v�rios tipos de belezas e tamb�m sobre sa�de.
Como � sabido, a obesidade pode ser prejudicial. Por�m, n�o significa que uma pessoa que apresenta um porte f�sico 'maior' tenha necessariamente alguma doen�a. Afinal, existem pessoas magras que convivem com diversos problemas de sa�de e nem por isso s�o vistas com desprezo. Fernanda Ferreira, de 27 anos, � exemplo. Ela conta que sempre foi gorda e que passou a vida inteira ouvindo da sociedade que tinha um corpo era feio, malquisto e indesejado. E acreditou que todas as inseguran�as sumiriam se emagrecesse. N�o foi o que aconteceu. ''Cheguei a emagrecer bastante, mas meus problemas continuaram l�. Com ajuda de terapia, enxerguei que eu preciso viver minha vida com o corpo que tenho hoje. Um corpo saud�vel e cheio de qualidades'', relata ela.
11 pessoas gordas de BH para se inspirar e seguir
Sim, precisamos refor�ar a beleza de corpos 'fora dos padr�es'. E aqui est�o 11 oportunidades para desconstruir preconceitos. Vamos reavaliar nossa postura frente ao problema da gordofobia?