
A prefeitura de Sabin�polis, no Vale do Rio Doce, e a Pol�cia Civil aguardam os resultados dos exames que podem mostrar as causas da intoxica��o alimentar que levou mais de 100 pessoas aos hospitais do munic�pio e de Guanh�es no �ltimo fim de semana. Pacientes com os mesmos sintomas lotaram a institui��o entre a noite de s�bado e a madrugada de domingo ap�s comerem em uma festa que ocorria na zona rural da cidade. Foram tantos atendimentos que faltaram rem�dios e outros materiais, que o hospital est� repondo com ajuda de doa��es.
No in�cio da tarde de segunda-feira, a auxiliar-administrativo do Hospital S�o Sebasti�o, Tanila de Pinho Andrade ainda fazia o levantamento de pacientes atendidos desde que o surto come�ou. “Ainda estou fazendo a contagem porque n�o tinha como fazer a ficha de ningu�m. Fui colhendo os documentos, mas n�o era todo mundo que tinha”, explicou a funcion�ria ao Estado de Minas. Ela foi uma das pessoas que participou dos atendimentos no domingo. Nesta ter�a-feira, ainda n�o h� conta exata, mas funcion�rios estimam que foram aproximadamente 120 atendimentos, e hoje algumas pessoas ainda procuraram a unidade.
Segundo Tanila, os primeiros pacientes come�aram a chegar no fim da noite. “Pessoas com v�mito e muito desesperadas, querendo atendimento na hora, mas o hospital � pequeno”. Ela explicou que a equipe noturna � menor e o n�mero de pacientes surpreendeu. Algumas pessoas que chegaram � unidade preferiram ir para Guanh�es, a 20 quil�metros da cidade.
Foi preciso convocar enfermeiros que n�o estavam de servi�o, profissionais de outras unidades de sa�de e faxineiras para ajudar as dezenas de pacientes. Todo os leitos ficaram lotados e ainda havia muita gente para ser atendida, al�m da movimenta��o dos acompanhantes.
Segundo Tanila, as pessoas contaram que participavam de uma festa de anivers�rio da comunidade de C�rrego do Correntinha. “As pessoas falam que foi uma farofa. Tanto que ontem eu vim � tarde e ainda estava chegando gente falando que comeu duas colheres e passou mal”, disse. As pessoas apresentavam v�mito, n�useas, dor de cabe�a e mal-estar generalizado. No domingo, a Secretaria Municipal de Transportes da cidade enviou uma van ao povoado para buscar pacientes que n�o tivessem conseguido ir ao hospital de carro.
Hospital pede doa��es
O soro e outros medicamentos que deveriam manter o hospital por um m�s acabaram. Diante da situa��o, foi lan�ada uma campanha para arrecadar os medicamentos e demais produtos. A semana come�ou com o atendimento normalizado e o hospital j� recebeu diversas doa��es, mas ainda est� aceitando insumos. Algumas pessoas atendidas no fim de semana voltaram hoje ainda passando mal. “Vai fazer 10 anos que trabalho aqui. Nunca teve um surto assim”, comentou a funcion�ria do hospital.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Sa�de de Sabin�polis informou que apesar de inesperada, a situa��o foi contornada e todos os pacientes foram atendidos em tempo h�bil, evitando uma situa��o mais grave. “Foram realizadas pela Vigil�ncia Sanit�ria e Epidemiol�gica coletas de alimentos que foram servidos al�m de outros materiais para an�lise laboratorial. Esse material foi enviado � FUNED (Funda��o Ezequiel Dias) para an�lise e somente mediante resultado a Secretaria de Sa�de poder� se manifestar a respeito das poss�veis causas”, diz a nota.
Pol�cia Civil acompanha o caso
A intoxica��o dos participantes da festa gerou um boletim de ocorr�ncia. De acordo com a Pol�cia Civil, entre as v�timas est�o crian�as, adolescentes e idosos. O propriet�rio do im�vel onde a festa ocorria tamb�m teria passado mal e levado a um hospital em Guanh�es.
“A Pol�cia Civil de Minas Gerais (PCMG), por n�o ter sido acionada, inicialmente, aguarda o recebimento de parte da amostra colhida pela Vigil�ncia Sanit�ria, para provid�ncias legais cab�veis. Caso, depois de realizada per�cia, for constatado se tratar de poss�vel envenenamento, ser� instaurado inqu�rito policial para apura��o dos fatos, bem como investiga��es sobre os poss�veis autores e consequente conclus�o sobre a exist�ncia de crime”, informou a institui��o, por meio de nota. “A PCMG, atrav�s da 2ª Delegacia Regional de Guanh�es, segue em contato com os �rg�os envolvidos neste caso, para dar seguimento aos tr�mites legais”, finaliza da Pol�cia Civil.