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Estado de Minas

Desafio de tecnologia da Nasa movimenta universidade de BH

Hackathon Nasa Space Apps Challenge ocorre h� quase 48 horas. Maratona de tecnologia prop�e criar solu��es para desafios reais da atualidade e do futuro


postado em 20/10/2019 12:32

Desafio da Nasa reúne 300 competidores em BH(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Desafio da Nasa re�ne 300 competidores em BH (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Nas salas lotadas, nenhum burburinho. Jovens concentrados com seus fones de ouvidos, vidrados nos computadores. Em contraste com o aparato tecnol�gico, colchonetes, malas e len��is espalhados pelo ch�o s�o a prova de que ningu�m arredou p�. Os semblantes de esgotamento e de sono contrap�em a garra de quem passa por uma experi�ncia �nica. H� quase 48 horas, 300 jovens participam na PUC Minas, no Bairro Cora��o Eucar�stico, Regi�o Noroeste de Belo Horizonte, do Hackathon Nasa Space Apps Challenge, o maior desafio de tecnologia do planeta.

O evento ocorre simultaneamente em mais de 200 cidades ao redor do mundo e a universidade foi escolhida como sede da competi��o na capital mineira. Foram mais de 1 mil inscritos, entre os quais selecionados 300. O Hackathon � uma maratona de programa��o em que os competidores ter�o 48 horas para criar solu��es para 25 desafios reais propostos pela Nasa, relacionados a problemas que ainda est�o distantes da nossa realidade, mas que nos afetar�o no futuro.

Ou nem t�o longe assim. Entre os desafios, est� a busca de solu��es para quest�es bem atuais, como o aquecimento global, o qu� fazer para despoluir os oceanos ou evitar inc�ndios. A competi��o prop�e ainda criar aplicativos e jogos para ensinar as pessoas sobre o espa�o e os planetas, trabalhando a tecnologia para permitir � sociedade em geral acessar dados importantes da Terra. “A desinforma��o faz hoje as pessoas acreditarem em coisas que chegam a ser absurdas”, afirma o professor de ci�ncia da computa��o da PUC Minas, Felipe Domingos da Cunha.

Quatro equipes entre todos as competidoras do mundo ser�o premiadas com uma viagem � Nasa Kennedy Space Center, na Fl�rida, Estados Unidos. Mas, nessa disputa, n�o h� perdedores, como ressalta Felipe Domingos. “N�o � s� a sala de aula. O Hackathon agrega muito mais na forma��o. O aluno que passa por essa competi��o mostra que est� preparado para o mercado de trabalho”, afirma.

Para a maratona, foram criadas equipes compostas por cinco pessoas, a maioria da gradua��o e da p�s. E n�o somente da �rea de tecnologia. “Tudo hoje envolve a tenologia e todos podem dar sua contribui��o, por isso, � importante a participa��o de pessoas de outras �reas tamb�m. Temos gente da biologia, da medicina, da comunica��o, jogos, engenharia e letras. � bem diverso”, diz.

Os universit�rios chegaram na sexta-feira �s 19h e ficam no complexo esportivo do c�mpus at� as 19h deste domingo. Uma tenda de caf� ajuda a manter a galera acordada. Alongamentos e gin�sticas for�am pequenos intervalos para dar suporte ao corpo. Profissionais da matem�tica, f�sica, fisioterapia, educa��o f�sica e comunica��o d�o apoio e mostram como a universidade abra�ou o hackathon. O gin�sio poliesportivo foi escolhido por causa da estrutura, que permite dormir e tomar banho. Por causa do calor, os estudantes sa�ram do gin�sio e foram para as salas do complexo.

No in�cio da tarde deste domingo, � a hora de defender ideias e estrat�gias. Os grupos come�am a passar pelo crivo das bancas, compostas por professores da universidade e convidados. Dez times v�o para a final e quatro passar�o por uma banca ainda mais restrita, composta pela c�nsul dos Estados Unidos e importantes pesquisadores. Todas os trabalhos ser�o submetidos a uma plataforma espec�fica da Nasa.

As duas equipes vencedoras de cada cidade ser�o avaliadas para concorrer como uma das quatro equipes de todo o mundo que visitar�o o Nasa Kennedy Space Center. Uma equipe brasileira foi selecionada em 2017. “A proposta � mostrar ao aluno que quiser acelerar a ideia nos nossos programas de acelera��o de neg�cios que ele tem capacidade, habilidade e criatividade para desenvolver isso, seja para ganhar dinheiro, seja para uma ONG”, ressalta Felipe Domingos, respons�vel pelo evento na universidade.

Formada em ci�ncias atuariais, Amanda Lara, de 29 anos, quer mudar de �rea e viu na maratona oportunidade para se integrar � ci�ncia de dados. O desafio escolhido pelo grupo dela, composto por estudantes de design, tecnologia da informa��o e sistema de informa��o, foi criar uma narrativa com o objetivo de motivar as pessoas a continuar as expedi��es para a Lua. “Tentamos puxar o emotivo, usando grava��es da Apollo 11. A partir desse momento, usamos licen�a po�tica para ir a um cen�rio futuro”, conta.

Estudante do 4º per�odo de ci�ncia da computa��o, Matheus Luiz Oliveira, de 21, participa pela segunda vez. De olho no mercado educacional, ele e os amigos dormiram, em m�dia quatro horas desde sexta-feira para criar um jogo que permite �s crian�as criarem seu pr�prio planeta, observando o que � preciso ter para sobreviver, a vida terrestre, entre outros elementos. “Criamos possibilidades de as pessoas mexerem com elementos qu�micos e aprenderem sobre diversos aspectos, como os outros planetas do sistema solar”, diz.


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