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Estado de Minas

Viajantes redescobrem distrito tur�stico em Minas 9 meses ap�s temor com barragem

Depois de per�odo de apreens�o quanto a represa de minera��o, visitantes voltam a lotar pousadas de Macacos, em Nova Lima


postado em 14/11/2019 06:00 / atualizado em 14/11/2019 07:51

Cachoeira Marumbé, em Macacos(foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
Cachoeira Marumb�, em Macacos (foto: Ed�sio Ferreira/EM/DA Press)


Depois de nove meses de pousadas sem h�spedes, cachoeiras vazias e restaurantes com cadeiras sobre as mesas, o tur�stico distrito de S�o Sebasti�o das �guas Claras, em Nova Lima, mais conhecido como Macacos, come�a a se recuperar ap�s as remo��es de moradores e comerciantes de seus im�veis, instala��o de sirenes de alerta e de estruturas para lidar com a apreens�o quanto ao rompimento de barragens de minera��o. Fins de semana e feriados prolongados, como o da Proclama��o da Rep�blica, amanh�, j� recebem grande p�blico, principalmente pela dissemina��o de informa��es sobre os locais onde realmente h� risco e tamb�m das medidas para alerta em caso de acidentes e para a necessidade de fuga. No recesso que come�a amanh�, por exemplo, bares e restaurantes j� se preparam para receber um p�blico substancial. V�rias pousadas trabalham com lota��o m�xima, sendo que algumas j� est�o sem vagas para reservas nos fins de semana deste ano.

Por�m, se em Macacos a preocupa��o diminuiu, a apreens�o de viajantes com barragens ainda � uma sombra no caminho de destinos como Ouro Preto, Lavras Novas, Itabirito, Bar�o de Cocais e Itabira, cidades em cuja �rea de influ�ncia h� 30 barragens em complexos miner�rios, segundo o Plano Nacional de Seguran�a de Barragens. De acordo com as empresas respons�veis por essas estruturas, todas as medidas de monitoramento e emerg�ncia est�o sendo tomadas, inclusive para evitar que sejam afetadas as BRs 040, 356, 381 e a MG-030 em caso de eventual acidente.

O fato � que o turismo que come�a a redescobrir Macacos sofreu pesado golpe em diversas cidades depois do rompimento da Barragem B1 da Mina C�rrego do Feij�o, da mineradora Vale, em Brumadinho, em 25 de janeiro, e a subsequente evacua��o de �reas pr�ximas a outras represas de minera��o pelo estado. No caso de Macacos, em 16 de fevereiro a sirene de alerta soou e deu in�cio � fuga de visitantes de Macacos, na zona de influ�ncia da Barragem B3/B4 da mina de Mar Azul, tamb�m da Vale. Ainda hoje, muitos habitantes n�o retornaram a suas casas. Segundo a mineradora, 125 fam�lias deixaram suas moradias, sendo que 108 est�o hospedadas e outras 17 moram em casas alugadas.

A estrada de oito quil�metros do trecho coincidente das rodovias BRs 040 e 356 at� o centro de Macacos ainda tem resqu�cios dos pontos de bloqueio que foram erguidos emergencialmente na �poca da evacua��o da comunidade. V�rias placas indicam rotas de sa�da e h� inclusive sinaliza��o com mensagens eletr�nicas que pode ser programada dependendo da necessidade. Ao longo da via foram montados quatro pontos de observa��o, todos com pessoas prontas a intervir, bloqueando ou restringindo o tr�fego em caso de emerg�ncias.

Recuperação de patrimônio do distrito é uma das apostas para retomar a vocação e atrair mais pessoas(foto: Mateus Parreiras/EM/D.A Press)
Recupera��o de patrim�nio do distrito � uma das apostas para retomar a voca��o e atrair mais pessoas (foto: Mateus Parreiras/EM/D.A Press)


J� no vilarejo, as �reas que podem ser afetadas caso uma onda de rejeitos se desprenda da Barragem B3/B4 est�o demarcadas por placas, algumas indicando rotas de fuga e pontos de encontro. Por todo local, em meio � popula��o local e visitantes circulam equipes de seguran�a contratadas pela Vale, grupos de a��o social e guardas municipais, o que amplia a sensa��o de seguran�a.

Essas medidas parecem contribuir para que, aos poucos, a confian�a do turista volte. Na Pousada do Seu Jo�o, por exemplo, todos os 25 chal�s est�o ocupados para os fins de semana at� o fim do ano, s� restando reservas para 2020. “Assustou mesmo no dia em que a sirene tocou e apareceu aquele tanto de gente mandando as pessoas sa�rem de casa. Mas aos pouquinhos as coisas foram voltando. Vem gente comentando, perguntando e a gente ent�o explica que n�o tem perigo, que a empresa avisa antes de acontecer qualquer coisa”, disse um dos respons�veis pela hospedagem, Jo�o Gabriel Rodrigues, de 78 anos. Na pousada Canto da Lua, todos os 11 quartos est�o ocupados para o feriado. A Pousada Vilarejo tamb�m estava com mais da metade de seus quartos ocupados, ontem, e a previs�o era de que todos estivessem ocupados durante o recesso.

‘O principal � a informa��o’


Um dos bares mais conhecidos de Macacos, o Bar do Marcinho, chegou a penar nos tempos magros p�s-acionamento de sirenes. O estabelecimento que cresceu ao longo de 30 anos e experimentava lota��o praticamente m�xima todos os fins de semana e feriados viu os clientes rarearem. “Caiu muito, mas j� est� melhorando. S�bado, o movimento de clientes ainda est� um pouco fraco, mas nos domingos e feriados conseguimos lotar. Nesta sexta-feira, a expectativa � de casa cheia”, afirma o propriet�rio, M�rcio Rodrigues.

Ele afirma que todos os comerciantes enfrentaram dificuldades, mas considera que o segredo � n�o desistir. “Muita gente fechou. Minha ideia foi trabalhar mais. Foi trabalhando que superamos o que veio e agora estamos voltando a ser o que era. Acho que o principal � a informa��o. Todo mundo que vier a Macacos saber� onde h� perigo e onde pode ficar tranquilo”, disse.

H� ainda quem fique com receio, sobretudo de frequentar as conhecidas cachoeiras do distrito. “N�o nado mais n�o, porque � justamente pela �gua dos rios que descem os rejeitos das barragens”, disse o pedreiro Neviton Aquino, de 35, morador do lugar. “Gosto e acho que se tiver qualquer problema, vamos saber a tempo. Mais gente tem voltado a frequentar as cachoeiras, que s�o muito boas”, disse o carpinteiro Ant�nio Magalh�es de Matos, de 56, tamb�m de Macacos.

Programa busca estimular setor

Córregos, cachoeiras e estabelecimentos da comunidade voltam a receber turistas depois que o medo generalizado deu lugar a mais informações e estrutura de segurança(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
C�rregos, cachoeiras e estabelecimentos da comunidade voltam a receber turistas depois que o medo generalizado deu lugar a mais informa��es e estrutura de seguran�a (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press)

De acordo com a Prefeitura de Nova Lima, est�o sendo estudadas alternativas para a retomada econ�mica da regi�o. H� projetos de fomento ao turismo, com um novo Centro de Atendimento ao Turista (CAT) e a Escola de Turismo e Gastronomia. Um city tour para a regi�o est� sendo planejado para o pr�ximo ano, al�m de campanhas de publicidade. “A revitaliza��o de pontos tur�sticos do arraial de Macacos, como a Igrejinha de S�o Sebasti�o j� est� sendo feita pela Vale, assim como melhorias na infraestrutura vi�ria”, informou a administra��o municipal.

A empresa Vale espera concluir um barramento entre a represa de rejeitos e Macacos at� dezembro. “A conten��o de pedras j� atingiu 15 metros de um total de 30 metros de altura por 190 metros de extens�o, localizada oito quil�metros da barragem. Depois de conclu�da, a barreira ter� a capacidade de reter todo o rejeito da barragem em caso de rompimento”, informou a empresa. Ainda de acordo com a mineradora, a comunidade recebe assist�ncia humanit�ria com apoio psicossocial e atendimento m�dico emergencial, alojamento em hot�is, pousadas e moradias provis�rias e o fornecimento de alimenta��o, itens de higiene pessoal e primeira necessidade, medicamentos, vestu�rio e transporte.

“As fam�lias receberam os im�veis reformados, limpos, mobiliados e abastecidos com alimentos e materiais de higiene pessoal. Como complementa��o, tamb�m receberam repasses de aux�lio-vestu�rio de R$ 2 mil por adulto e R$ 1 mil por crian�a e adolescente, al�m de R$ 300, por pessoa, para adquirir itens de higiene, fora aux�lio para transporte e custo com �gua e g�s”, informou. Segundo a empresa, moradores da zona mais pr�xima � barragem ou que t�m im�veis nas �reas que foram evacuadas receberam doa��es financeiras no valor de R$ 5 mil para despesas emergenciais.


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