(none) || (none)
UAI

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas

Roubo de celular: saiba como n�o colaborar com o crime e como agir se for v�tima

Ofensiva apreende em shopping popular de BH mais de 500 aparelhos de origem duvidosa. PM alerta que consumidor pode acabar enquadrado como receptador


postado em 10/12/2019 06:00 / atualizado em 10/12/2019 07:45

Operação em centro de comércio popular envolveu Polícia Militar, Receita Federal e Ministério Público, com ações em boxes e patrulhamento no entorno(foto: polícia militar de minas gerais/divulgação)
Opera��o em centro de com�rcio popular envolveu Pol�cia Militar, Receita Federal e Minist�rio P�blico, com a��es em boxes e patrulhamento no entorno (foto: pol�cia militar de minas gerais/divulga��o)
 
O combate � recepta��o que sustenta o mercado de furto e roubo de celulares – este �ltimo um crime que experimenta uma escalada em Belo Horizonte – motivou ontem uma grande opera��o em um dos shoppings populares da capital. Como resultado da ofensiva, nove pessoas foram presas e foram apreendidos 20 telefones com queixas de seus propriet�rios, assim como outros 494 aparelhos de proced�ncia duvidosa, al�m de 22 tablets e sete computadores. O comandante do batalh�o respons�vel pela regi�o destacou que o comportamento de parte da popula��o acaba alimentando um c�rculo vicioso que impede o fim desse tipo de crime.

Em Belo Horizonte, os registros de roubos de smartphones (retirada do bem com emprego de viol�ncia) v�m subindo desde 2017, quando houve 15.271 ocorr�ncias. No ano seguinte, esse total teve alta de 19,7%, batendo em 18.282 aparelhos levados por ladr�es. Se considerado o per�odo de janeiro a outubro, a alta se sustenta em 2019, com 16.576 casos, contra 15.491 nos 10 meses de 2018 e 12.557 em igual per�odo de 2017. Os n�meros de furtos (sem uso de viol�ncia), no entanto, v�m recuando: foram 19.589 entre o in�cio do ano e outubro de 2017 (23.263 durante todo o ano); 13.272 em 10 meses de 2018 (total de 15.327); e 8.972 no mesmo intervalo do 2019 na capital.

A a��o conjunta de ontem, deflagrada na tentativa de reprimir o mercado sustentando por esses crimes, envolveu 286 policiais militares do 1º Batalh�o da PM, que atende a �rea central, do Batalh�o de Choque, do Batalh�o de Rondas T�ticas Metropolitanas (Rotam), do Regimento de Cavalaria, das Rondas Ostensivas com C�es (Rocca) e do Batalh�o de Opera��es Especiais (Bope), al�m de 25 agentes da Receita Federal e outra equipe com 10 integrantes do Minist�rio P�blico de Minas Gerais. Enquanto parte dos policiais cumpria 20 mandados de busca e apreens�o em lojas do Shopping Xavantes, na Rua Curitiba, equipes especializadas acompanhavam a situa��o no entorno, para evitar tumultos.
 
(foto: Arte/Paulinho Miranda)
(foto: Arte/Paulinho Miranda)

 
A procuradora C�ssia Gontijo explicou que o MP acompanha as a��es por meio do Grupo de Atua��o Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). “S�o feitos levantamentos para verificar ind�cios de onde esses produtos de crime est�o sendo comercializados ou o destino desses produtos. O que n�s constatamos � que grande parte acaba sendo encaminhada a shoppings populares da capital. Prova disso � que, infelizmente, nesta opera��o se constata mais de 400 celulares com origem duvidosa, parte deles com a constata��o de ser produto de furto ou de roubo”, informou.

Leonardo Martins, chefe da Divis�o de Repress�o aos Crimes de Contrabando e Descaminho da Receita, diz que a estimativa de tributos que o estado deixa de arrecadar com produtos de origem il�cita chega a 50% do valor do bem. “Todos os estabelecimentos que comercializavam produtos de origem estrangeira foram fiscalizados e aqueles que n�o tinham a documenta��o que constatasse a regularidade da mercadoria tiveram produtos apreendidos e encaminhados ao dep�sito da Receita Federal. A penalidade prevista, al�m da perda da mercadoria, � o encaminhamento de den�ncia criminal ao Minist�rio P�blico, para apura��o penal”, detalhou. “Aquele material que pode ser doado, destinado a alguma entidade beneficente, principalmente institui��es parceiras, a gente doa. O restante � destru�do ou leiloado”, pontuou Martins.

A assessoria de imprensa do Shopping Xavantes divulgou nota sobre a a��o. “Os produtos que estavam sem nota fiscal foram apreendidos. A administra��o do centro de compras afirma que n�o permite a comercializa��o de produtos irregulares e colaborou com a opera��o, estando sempre dispon�vel quando necess�rio”, informou o texto.

Alerta


O tenente-coronel Micael Henrique Silva, comandante do 1º Batalh�o da Pol�cia Militar, explica que esse tipo de com�rcio pode levar pessoas sem envolvimento com a criminalidade a colaborar com um c�rculo vicioso que alimenta esse tipo de delito. “Quando se compra um celular de origem il�cita, a pessoa pode eventualmente ser presa por receptar um produto de crime”, alerta. Segundo o policial, o consumidor por se enquadrado em crime de recepta��o ao comprar um produto de valor muito baixo, de origem duvidosa, o qual n�o se consegue demonstrar de onde veio, como foi adquirido e de quem era.

O militar aconselha os consumidores a sempre adquirir aparelhos em lojas id�neas ou de comerciantes de confian�a, cuja proced�ncia seja conhecida e que ofere�am a nota fiscal. “N�o comprar aleatoriamente de pessoas que estejam fazendo ofertas, absolutamente desconhecidas e que n�o raras vezes oferecem o celular em local suspeito, no meio da rua. Devem ser evitadas tamb�m lojas que na informalidade vendem e n�o t�m qualquer demonstra��o de origem do celular. N�o significa que n�o se possa comprar um celular usado, o que � plenamente poss�vel, desde que o produto seja l�cito”, destaca.

“Nenhum dos crimes de furto ou roubo deixa de existir se as pessoas n�o tiverem uma participa��o clara em rela��o a isso. O benefici�rio � o pr�prio cidad�o, afinal, pode amanh� ser ele a v�tima de novo furto ou novo roubo, se as pessoas continuam alimentando esse ciclo vicioso”, pontuou o tenente-coronel.

Proteja-se


Da parte das v�timas em potencial, � preciso que cada um conhe�a e mantenha anotado o chamado Imei (sigla para International Mobile Equipment Identity), n�mero de identifica��o �nico e global de cada aparelho, uma esp�cie de chassi ou CPF do celular. Esse identificador aparece na caixa em que o produto � vendido e em um adesivo afixado atr�s da bateria. Pode tamb�m ser visualizado ao digitar *#06# no telefone e apertar a tecla para ligar.  Segundo a Ag�ncia Nacional de Telecomunica��es (Anatel) � importante que, antes de comprar um aparelho, o consumidor verifique se o n�mero da caixa, o do adesivo e o que aparece ao discar *#06# s�o os mesmos. “Caso sejam diferentes, h� uma grande chance de o aparelho ser irregular”, informa.

Ao ter um celular extraviado ou levado por ladr�es, � preciso que a v�tima informe o Imei no boletim de ocorr�ncia, o que ajuda a pol�cia a identificar a origem e o propriet�rio do aparelho, caso seja apreendido. Desde julho de 2018, o estado tamb�m mant�m em opera��o a Central de Bloqueio de Celulares (Cbloc) de Minas Gerais, plataforma on-line que permite �s v�timas impossibilitar, com apenas alguns cliques, o acesso dos criminosos a informa��es pessoais, como mensagens de texto, caminhos salvos em aplicativos de GPS e contas em redes sociais.

Para fazer o bloqueio, a v�tima precisa registrar o boletim de ocorr�ncia, documento que ser� anexado ao pedido na plataforma do Cbloc (https://cbloc.seguranca.mg.gov.br/). Depois de formalizar o boletim, o pr�ximo passo ocorre na pr�pria p�gina da plataforma da Secretaria de Estado de Justi�a e Seguran�a P�blica. Al�m de bloquear o aparelho, a a��o contribui para aumentar as chances de o celular ser recuperado. Ter sido identificado e bloqueado facilita no caso de o aparelho ser encontrado pelas autoridades.

“Com aparelhos inutilizados e sem possibilidade de ativa��o em nenhuma operadora, o dispositivo perde valor de mercado no mundo no crime. A Cbloc tamb�m busca inibir o roubo de celulares que ainda n�o foram vendidos para os consumidores, � medida que lojistas e transportadores poder�o bloquear aparelhos que foram subtra�dos em crimes de roubo de carga, por exemplo”, informa a p�gina oficial. A central destaca tamb�m que apenas o celular ser� bloqueado. Para bloqueio da linha, o usu�rio precisa fazer contato com sua operadora.

(foto: Arte/Paulinho Miranda)
(foto: Arte/Paulinho Miranda)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)