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Estado de Minas DESASTRE DE BRUMADINHO

�gua ainda � desafio em Brumadinho, que ter� parque em �rea devastada

Quase 11 meses ap�s desastre, chegada de lama ao Rio Paraopeba foi interrompida, mas seguran�a do abastecimento demanda estudos. Vale anuncia parque em �rea devastada


postado em 19/12/2019 06:00 / atualizado em 19/12/2019 07:30

Máquinas trabalham no local atingido: área verde com infraestrutura urbanística deve ser entregue em um ano(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
M�quinas trabalham no local atingido: �rea verde com infraestrutura urban�stica deve ser entregue em um ano (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)


�s v�speras de o rompimento da barragem da Mina C�rrego do Feij�o, em Brumadinho, completar 11 meses, as obras para evitar que o rejeito de minera��o continue atingindo o Rio Paraopeba foram conclu�das pela Vale, respons�vel pelo complexo, mas ainda n�o h� um estudo conclusivo sobre a qualidade da �gua para consumo humano. Para tentar garantir o direito b�sico ao abastecimento das popula��es afetadas, um acordo entre a empresa, a Secretaria de Estado de Sa�de, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e o Minist�rio P�blico deve proporcionar um estudo definitivo para a quest�o. O levantamento foi uma das provid�ncias divulgadas ontem pela mineradora, que anunciou tamb�m a cria��o, em um ano, de um parque na �rea de Brumadinho mais atingida pelo desastre.

Moradores de C�rrego do Feij�o e vizinhan�a relatam que uma �gua barrenta continua saindo das torneiras. “A �gua � turva e n�o tem nenhum laudo sobre isso”, afirma o presidente da Associa��o de Moradores de C�rrego do Feij�o, Jeferson Cust�dio. A mineradora segue abastecendo essa popula��o com caminh�es-pipa. Desde a trag�dia, foram distribu�dos mais de 500 milh�es de litros de �gua pot�vel.

O receio em rela��o � qualidade dos recursos h�dricos � proporcional � quantidade de rejeitos liberados pelo desastre. Cerca de 10,9 milh�es de metros c�bicos de lama escoaram com o rompimento da barragem, que acumulava 12 milh�es de metros c�bicos. Pouco mais de 10% desse montante (1,2 milh�o de m3) foi removido. Entre a base da barragem e o Rio Paraopeba, h� de 6 milh�es a 7 milh�es de metros c�bicos de lama, de acordo com o diretor especial de Repara��o e Desenvolvimento da Vale, Marcelo Klein. A remo��o total s� deve terminar em 2022.

Segundo Klein, conclu�das as obras emergenciais para a conten��o dos rejeitos, um estudo vai determinar se a �gua est� segura para consumo e pesca. Os par�metros do estudo ainda est�o sendo definidos. “S�o seis meses para termos esse resultado”, afirmou. Termo assinado pela mineradora transfere as a��es de monitoramento de recursos h�dricos e sedimentos ao longo da Bacia do Rio Paraopeba e do Rio S�o Francisco para o Instituto Mineiro de Gest�o das �guas (Igam).

Parque


O diretor informa que o ritmo da remo��o de rejeitos ser� acelerado com a constru��o de um parque na �rea da trag�dia que matou 257 pessoas e ainda deixa 13 desaparecidos. Apresentado ontem, o “territ�rio-parque”, como foi batizado o projeto de requalifica��o da �rea do desastre, vai conciliar lazer, turismo e tamb�m gera��o de renda, pois abranger� uma agrofloresta voltada para moradores.

A previs�o � de que a �rea verde esteja conclu�da em dezembro do ano que vem. Segundo a Vale, o parque foi idealizado a partir de reivindica��es dos atingidos, e contar� com mirante, pra�as, fontes de �gua constru�das, centro de cultura e artesanato, jardins, campo de futebol, piscinas naturais, anfiteatro, viveiros, entre outras atra��es. Uma �rea simb�lica ser� constru�da em homenagem �s v�timas, com capela, cemit�rio e espelho d'�gua para contempla��o dos visitantes.

A Vale informou ter conclu�do neste m�s as obras emergenciais, que seguem por uma extens�o de 9,6 quil�metros, desde a �rea do rompimento at� a conflu�ncia com o C�rrego Ferro-Carv�o, um dos afluentes do Rio Paraopeba. Elas contemplam a constru��o de duas barreiras hidr�ulicas e um dique, que ret�m o excesso dos rejeitos. No curso do c�rrego, ainda h� 25 pequenas barreiras que colaboram nessa conten��o. Tamb�m foi implantada uma esta��o de tratamento de �gua fluvial.

TRANSTORNOS Apesar das obras entregues, a popula��o aponta que ainda h� muito a ser feito. “A maioria das pessoas de C�rrego do Feij�o que perderam parentes n�o foram indenizadas. Est�o tentando acordos. A Vale n�o indenizou comerciantes e agricultores”, ressalta Jeferson Cust�dio, da associa��o de moradores. Klein reconhece que h� ainda casos em andamento. De acordo com a Vale, foram celebrados 4 mil acordos, e em 80% o pagamento foi feito. Sobre a �gua barrenta nas casas, a empresa afirma que est� construindo uma adutora de �gua para solucionar o problema. O sistema de capta��o de �gua no Rio Paraopeba para abastecimento da Grande BH deve ser conclu�do at� setembro de 2020. J� a nova adutora do Rio Par� tem previs�o de conclus�o em julho de 2020.


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