
Virar o ano no maior museu a c�u aberto do mundo, ao som de artistas como Marina Lima e Marcos Valle, com direito a open food com o melhor da gastronomia mineira e drinks � vontade. A proposta � da festa de Ano Novo MECANewYear, promovida no Instituto Inhotim, em Brumadinho, de 28 de dezembro �s 6h de 1° de janeiro. O pre�o da experi�ncia n�o � exatamente o que se pode chamar de popular. O segundo lote de ingressos - que dava acesso apenas � noite de R�veillon - foi vendido a R$ 1600. Outras modalidades de passaportes puderam ser adquiridos por valores que variaram entre R$ 96 e 800 reais.
Pouco mais de 24 horas ap�s o evento, parte do p�blico n�o parece satisfeita com o investimento - ao menos � o que sugerem desabafos postados nas redes sociais. O alvo das reclama��es �, sobretudo, a comida servida na celebra��o, que teria sido insuficiente e aqu�m da qualidade prometida.
Publicado no Facebook, um dos relatos mais populares afirma que o menu da noite da virada ofereceu “p�es de queijo velhos”, coxinhas servidas em prato de pl�stico e macarr�o que decepcionou pela simplicidade. “Detalhe: sem queijo. Imaginem um bandej�o. O evento come�ou �s 20h e chegamos 21h, tinha uma fila de quase 100 pessoas. Quero esclarecer que paguei R$ 800 reais com a taxa para tr�s dias. O pior foi quem pagou R$ 800 no �ltimo lote s� para a noite do R�veillon”, diz a publica��o.

O engenheiro Daniel Alvim, de 33 anos, desembolsou R$ 1500 por dois passaportes - um para ele e outro para a namorada, com transporte incluso. Indignado, ele classificou a festa como “um compilado de trapalhadas”. “� engra�ado que, pouco antes do evento, quando as pessoas come�aram a perguntar pelo card�pio nas redes sociais, eles chegaram a nos dizer que n�o divulgariam, mas que, quem fosse, n�o iria se arrepender. Sei que voltei decepcionado com o menu e tamb�m com as bebidas. �s 23:30, j� n�o havia mais drinks dispon�veis. Cerveja, at� tinha, mas estava quente, pois o gelo acabou r�pido. Tinha tudo para ser uma festa espetacular, mas a organiza��o, infelizmente, deixou a desejar”, avaliou o jovem em entrevista ao Estado de Minas.
O analista de com�rcio exterior, V�tor Souza, de 27 anos, diz que estuda acionar o Juizado Especial para reaver o valor que pagou pelas entradas - R$ 750 pelo passaporte de tr�s dias. “Sa� da festa �s 2 da manh� com fome, embora eles tivessem anunciado open food de 22h �s 5 da manh�. Eu e meus amigos - alguns deles vieram do Rio de Janeiro para celebrar o R�veillon comigo - sa�mos de l� com fome. Minha irm�, que � advogada, est� me orientando sobre como proceder nesse caso. A organiza��o n�o entregou o que prometeu”, afirma.
Meca admite falha
Procurada pela reportagem, a Meca, respons�vel pela festa de R�veillon realizada no Instituto Inhotim, pediu desculpas pelas intermit�ncias de opera��o de bar e ceia ocorridas no evento. “Estamos mapeando todas as falhas e aprendizados na opera��o do evento para que seja sempre garantido um servi�o de qualidade para o nosso p�blico, para o qual realizamos festivais com muito carinho h� 10 anos”, disse a empresa por meio de nota.O comunicado ressaltou ainda que os organizadores contrataram fornecedores com grande experi�ncia no mercado, a fim de garantir o sucesso da festa, mas eles teriam sido “surpreendidos pelas proje��es e se esfor�aram para corrigir todos os problemas”. “Certamente, todos tamb�m levar�o para o futuro esses aprendizados”, diz o texto.