
A previs�o de novos temporais em Minas Gerais n�o d� tr�gua e pode potencializar o encharcamento do solo, provocando quedas de muro, deslizamentos e desabamentos. Em Belo Horizonte, a Defesa Civil municipal prorrogou o alerta de risco geol�gico para at� quinta-feira. Em todo o territ�rio mineiro, o n�mero de atendimentos do Corpo de Bombeiros Militar a ocorr�ncias desse tipo somente em janeiro foi 16 vezes maior na compara��o com igual m�s do ano passado. As solicita��es de vistoria tamb�m registraram salto.
Em janeiro de 2019, os bombeiros registraram 18 atendimentos em desabamento, desmoronamento e colapso de estrutura. J� este ano, foram 292 ocorr�ncias atendidas at� o dia 31. Os militares tamb�m fazem vistorias em locais com risco geol�gico iminente. No ano passado, foram 155. Este ano, os n�meros chegam a 2.232. Estas vistorias podem gerar interven��o do local, acionamento da Defesa Civil ou recomenda��es de medidas preventivas.
A Defesa Civil pede que a popula��o fique atenta a alguns ind�cios de que deslizamentos podem ocorrer, como trinca nas paredes, �gua empo�ando no quintal, portas e janelas emperrando, rachaduras no solo, �gua minando da base do barranco e inclina��o de poste ou �rvores, por exemplo. Caso o morador perceba esses sinais, � preciso ligar para o �rg�o pelo telefone 199.
Previs�o
Depois dos estragos provocados em janeiro, as chuvas continuam. E, por isso, os riscos permanecem. O primeiro final de semana do per�odo oficial de carnaval em Belo Horizonte teve c�u nublado com pancadas de chuva. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), hoje o tempo deve permanecer assim, sem previs�o para tr�gua. A partir da amanh� deve se aproximar uma frente fria que est� atuando no Sul do pa�s e pode provocar mais precipita��es fortes. “A volta de chuva pode ser significativa”, disse o meteorologista Cl�ber Souza.
As precipita��es prevalecem em todo o estado, principalmente no Tri�ngulo e Noroeste. Nas outras regi�es, podem ocorrer pancadas de chuva associadas ao calor. A temperatura m�xima � prevista para Itaobim, no Vale do Jequitinhonha, 36°C. Em Monte Verde, no Sul de Minas, foi registrada a m�nima no estado, 14°C.
O n�mero de mortes em decorr�ncia dos temporais em Minas continua aumentando. De 24 de janeiro at� s�bado, 59 mortes foram confirmadas pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec). Belo Horizonte � a cidade com maior n�mero de mortes, 13.
Remanejamento em escolas
No rastro dos estragos provocados pelas chuvas Secretaria Municipal de Educa��o (Smed) vai realocar os estudantes de seis escolas de Belo Horizonte e adiar o in�cio das aulas em outras quatro, por determina��o da Defesa Civil. As escolas foram interditadas por apresentarem alto risco de deslizamento de taludes, alagamentos e outras ocorr�ncias consideradas graves. A medida foi tomada ap�s uma reuni�o entre equipes dos dois �rg�os e visa � seguran�a dos alunos e servidores.
“Estamos falando de vidas e n�o podemos correr riscos, por isso estamos fazendo todo o esfor�o poss�vel para que o ano letivo n�o seja protelado ainda mais por causa das chuvas, mas com responsabilidade e cuidado. Estamos trabalhando de acordo com as orienta��es da Defesa Civil Municipal e j� providenciamos o remanejamento dos estudantes e profissionais para unidades pr�ximas das escolas interditadas ou dentro do mesmo territ�rio”, explicou a secret�ria �ngela Dalben.
De acordo com a subsecret�ria de Planejamento, Gest�o e Finan�as da Smed, Nat�lia Ara�jo, a medida atinge aproximadamente 2,9 mil estudantes de seis escolas de ensino fundamental e quatro da educa��o infantil. Os alunos realocados para unidades mais distantes da unidade onde foram matriculados ter�o o transporte escolar garantido pela Prefeitura. S�o elas: Escola Municipal S�o Rafael; Escola Municipal Carlos G�is; Escola Municipal El�i Heraldo Lima; Escola Municipal In�cio Andrade de Melo; Escola Municipal Eleonora Piero Setti; e Escola Municipal Tenente Manoel Magalh�es Penido
Algumas unidades, segundo a Ger�ncia de Manuten��o da Rede F�sica da Smed, ter�o o in�cio das aulas atrasado por tr�s dias para a realiza��o das obras, e os alunos das escolas com interven��es mais complexas, ou que dependem da estiagem para o in�cio da obra, ser�o realocados para garantir o in�cio das aulas na pr�xima semana, entre os dias 10 e 13.
