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Estado de Minas CORONAV�RUS

Risco de epidemia cruzada de coronav�rus e dengue imp�e press�o extra � sa�de p�blica

Chegada da nova virose ao Brasil no per�odo de maior cont�gio da doen�a transmitida pelo Aedes aegypti aponta para perigo de sobrecarga no sistema, alertam epidemiologistas


postado em 02/03/2020 06:00 / atualizado em 11/03/2020 10:51

Passageiros usam máscaras ao desembarcar em São Paulo para se proteger do novo coronavírus, ainda em estudo pela comunidade científica(foto: Nelson Almeira/AFP)
Passageiros usam m�scaras ao desembarcar em S�o Paulo para se proteger do novo coronav�rus, ainda em estudo pela comunidade cient�fica (foto: Nelson Almeira/AFP)

Se os efeitos do novo coronav�rus (COVID-19) ainda s�o um mist�rio no pa�s, a dengue, velha conhecida dos brasileiros, mostra sua for�a. H� mais notifica��es da doen�a transmitida pelo mosquito Aedes aegypti no Brasil do que confirma��es de casos do coronav�rus no mundo. Para complicar, o microorganismo de DNA chin�s, que desembarcou oficialmente em territ�rio nacional, chega exatamente no per�odo reconhecido como o de maior cont�gio da dengue. Frente � amea�a das duas epidemias, infectologistas alertam sobre poss�vel sobrecarga no sistema de sa�de.

J� s�o 94.149 os casos prov�veis de dengue no Brasil, conforme boletim do Minist�rio da Sa�de de 29 de dezembro a 1º de fevereiro, ou seja, ainda sem incluir o �ltimo m�s. O n�mero � 7,5%  maior em rela��o ao cont�gio pelo novo coronav�rus, que se alastrou na China justamente no fim de dezembro. Desde ent�o, o COVID-19 fez 87.135 v�timas em 58 pa�ses, de acordo com levantamento de ontem Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS). A organiza��o elevou o risco de dissemina��o da doen�a de alto para muito alto. A maior parte dos casos, 79.968, concentra-se na China.


O sinal de alerta em rela��o ao coronav�rus se acendeu no Brasil na quarta-feira, com a confirma��o do primeiro caso da doen�a na Am�rica Latina: um homem, de 61 anos, que mora em S�o Paulo e viajou para a It�lia. A partir da�, houve uma explos�o nos casos notificados pelo Minist�rio da Sa�de, que passaram de 132 para 252. No s�bado, mais um caso foi confirmado em S�o Paulo, enquanto os Estados Unidos registravam a primeira morte pela virose nas Am�ricas. Em Minas, s�o 17 os pacientes com a suspeita de contamina��o pelo novo coronav�rus. Outras tr�s suspeitas foram descartadas.

O embaixador internacional da Sociedade Brasileira de Infectologia, o m�dico Carlos Starling, afirma que a tend�ncia � a escalada dos casos. “O coronav�rus est� chegando agora e cada pessoa pode transmitir para outras duas ou tr�s, num crescimento geom�trico”, ressalta.

E, de acordo com o infectologista, isso vai ocorrer no per�odo de maior incid�ncia da dengue, entre mar�o e maio, quando h� mais infesta��o do mosquito Aedes aegypti, transmissor da enfermidade. “Todo ano temos um aumento da dengue a partir de mar�o. Vamos ter um problema agravando o outro, congestionando o sistema de sa�de”, afirma Starling.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)


Para se ter uma ideia, no ano passado, somente em Minas Gerais, houve 480 mil casos suspeitos de dengue, sendo que mais de 70% se concentraram nos meses de mar�o, abril e maio, segundo dados da Secretaria de Estado de Sa�de (SES). A expectativa dos infectologistas � que a transmiss�o da dengue seja menor em rela��o ao ano passado, j� que a popula��o est� mais imunizada, mas o quadro exige cuidado redobrado, com a companhia desagrad�vel do novo coronav�rus. At� 17 de fevereiro, o estado registrava 13.178 casos prov�veis da doen�a e 10 mortes eram investigadas, segundo a SES.

“Al�m das doen�as cr�nicas, vem a dengue e, se n�o tiver um sistema muito fortalecido, vamos ter uma dificuldade enorme para conter essa epidemia nova”, refor�a o professor de infectologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Una� Tupinamb�s. “N�o sabemos qual ser� o impacto do coronav�rus na nossa realidade, por isso temos que ficar atentos. � um v�rus novo para o ser humano, com o qual ainda n�o se havia tido contato”, completa.

Ele aponta que o combate ao coronav�rus, junto com a dengue, demandar� um Sistema �nico de Sa�de (SUS) forte. “O enfrentamento dessa epidemia passa pelo SUS, amea�ado pela redu��o de investimentos e do programa de sa�de da fam�lia. Essas quest�es todas se somam � Emenda Constitucional 95, que estabeleceu o teto de gastos p�blicos”, critica.

Gravidade

Larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue: velha conhecida dos brasileiros, a doença entra agora no período do ano de maior contágio(foto: Paulo filgueiras/em/d.a press - 23/5/17)
Larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue: velha conhecida dos brasileiros, a doen�a entra agora no per�odo do ano de maior cont�gio (foto: Paulo filgueiras/em/d.a press - 23/5/17)
Ambas as doen�as podem apresentar quadros bem graves, mas o coronav�rus oferece maior risco � vida. Sem tratamento nem vacina, o COVID-19 matou, at� o momento, 2.977 pessoas, apresentando uma letalidade de 3,4%, considerando casos em todo o mundo. H�, no Brasil, 14 mortes confirmadas pela dengue, e outras 62 em investiga��o, uma letalidade que nem chega a 0,1%. Idosos acima de 60 anos concentram metade dos �bitos.

Apesar de acometerem a popula��o no mesmo per�odo, a dengue e o coronav�rus t�m mecanismos completamente diferentes de cont�gio. A transmiss�o da dengue est� relacionada � picada do mosquito Aedes aepypti, tamb�m respons�vel pela dissemina��o da chikungunya e do zika v�rus, o coronav�rus.

“� necess�rio eliminar os focos do mosquito e � importante o uso de repelentes”, destaca Starling. “A dengue hemorr�gica � extremamente grave e muito debilitante. Pessoas de 9 a 45 anos que j� tiveram dengue uma vez podem tomar a vacina para se proteger dessa forma mais grave da doen�a”, refor�a.

J� o cont�gio pelo novo coronav�rus ocorre pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, al�m do contato com objetos ou superf�cies contaminadas. “A preven��o ocorre ao lavar as m�os, evitar grandes aglomera��es, ter etiqueta ao tossir e manter uma vida saud�vel”, ressalta.

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Sa�de, informa, em nota, que mant�m a��es de combate ao Aedes aegypti e Vigil�ncia Epidemiol�gica de doen�as contagiosas, ao longo de todo ano. “Tamb�m conta com planos de conting�ncia para ambas as doen�as, que preveem a implanta��o de forma progressiva servi�os complementares conforme demanda”, diz.


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