(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Prefeitura aciona MPMG para o fim da greve dos professores municipais

Ontem, a PBH fez uma proposta. Mas, os professores recuraram e mantiveram a greve


postado em 10/03/2020 17:00 / atualizado em 10/03/2020 18:46

Coletiva na PBH sobre a greve dos professores. Na foto, Angela Dalben, Secretaria de Educação, e Andre Reis, Secretario de Planejamento(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Coletiva na PBH sobre a greve dos professores. Na foto, Angela Dalben, Secretaria de Educa��o, e Andre Reis, Secretario de Planejamento (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) vai entrar, nesta ter�a-feira, com uma a��o no Minist�rio Publico de Minas Gerais (MPMG) com uma a��o de n�o cumprimento de medida judicial contra a grave dos professores. A informa��o foi repassada em coletiva de imprensa na tarde desta ter�a-feira. Ontem, o Sindicato dos Trabalhadores em Educa��o da Rede P�blica Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH) informou que a prefeitura apresentou uma proposta, mas a categoria n�o acatou os termos oferecidos pelo Executivo municipal.

 

"Vamos garantir judicialmente que o encerramento da greve seja garantido. A Justi�a j� concedeu a liminar e vamos entrar com uma a��o no Minist�rio P�blico hoje para o cumprimento", disse o secret�rio municipal de planejamento, or�amento e gest�o, Andr� Reis.

Ainda de acordo com o secret�rio, "o sindicato vem alegando que n�o tem di�logo. Mas, na sexta-feira, recebemos o sindicato. Recebemos uma nova proposta no formato que atendesse categoria. Na segunda, mandamos a emenda pra C�mara, aprovamos. Mas, assembleia n�o aceitou a proposta e continuou em greve."

A pasta afirma que a greve pode ter intuito eleitoral. "Estamos em ano eleitoral e dentro dos sindicatos t�m v�rios candidatos. Ent�o acho que uma certa confus�o em ano eleitoral interessa a bastante gente. Por isso, quando negociamos o pleito e ele n�o foi aceito, isso (o fato de ter candidatos dentro dos sindicatos) aumenta nossa suspeita de que n�o tem a ver com a pauta que est� sendo tratada", concluiu ele.

Segundo a prefeitura, a cidade conta com 323 escolas e 16 mil funcion�rios. 13 escolas est�o paradas e cerca de 40 mil alunos sem aula.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educa��o da Rede P�blica Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH) informou por meio de nota que, ao contr�rio do que afirmou o secret�rio, o Comando vem tentando uma negocia��o com a prefeitura a fim de tentar compor uma proposta para apresentar para a categoria.


“A PBH desrespeita os trabalhadores em educa��o quando insinua que essa greve � eleitoral. A categoria de professores � uma categoria de lutas hist�ricas, aut�noma, independente e ciente de suas decis�es. Os trabalhadores em educa��o n�o s�o massa de manobra de qualquer pol�tico ou entidade sindical e entraram em greve, neste ano, porque neste ano o sal�rio est� abaixo do Piso Salarial Nacional, mesmo considerando a proporcionalidade do piso para a jornada de 22:30h (formula��o com a qual n�o temos acordo) e a carreira encontra-se amea�ada”, informou.

Uma assembleia est� marcada para amanh�.



As propostas da PBH

A greve persiste desde o fim de fevereiro. Segundo o sindicato, a proposta da prefeitura excluiria os n�veis 1 e 2 da carreira e adicionaria dois novos par�metros (25 e 26) ao fim da hierarquia salarial dos professores. Com isso, os trabalhadores que est�o nesses dois primeiros graus seriam, automaticamente, elevados at� o terceiro.

O terceiro n�vel paga, segundo escala apresentada pelo Sind-Rede/BH, R$ 1.701,63 para o profissional da educa��o infantil e do ensino fundamental. Caso a proposta fosse aceita, os n�veis 25 e 26 renderiam R$ 4,9 mil e R$ 5,2 mil, respectivamente.

A prefeitura tamb�m prop�s a retirada do artigo 41 do Projeto de Lei 906/2019, apresentado pelo pr�prio Executivo � C�mara de BH e ainda em tramita��o. Esse artigo � visto pelo sindicato como nocivo ao plano de carreira dos professores.

Ainda assim, em assembleia realizada na Pra�a da Esta��o, no Centro de BH, a categoria rejeitou a proposta e manteve a paralisa��o.

Uma das cr�ticas gira em torno da exig�ncia do Executivo municipal dos professores se comprometerem a n�o realizar novas paralisa��es em 2020, o que o sindicato chamou de imposi��o “escandalosa”.

De acordo com o Sind-Rede/BH, o fato de as Comiss�es de Or�amento e de Administra��o P�blica da C�mara de BH j� terem aprovado a proposta da prefeitura, sem di�logo com os servidores, tamb�m foi avaliada de maneira negativa.

Uma nova assembleia est� marcada para quarta-feira (11), quando a categoria vai, novamente, avaliar os rumos da greve. O encontro vai acontecer, de novo, na Pra�a da Esta��o.

Hist�rico


Na capital mineira, o impasse da categoria com a prefeitura gira em torno do pagamento do piso salarial nacional e da manuten��o da carreira dos professores, que, segundo o Sind-Rede/BH, pode ser precarizada por causa de PL 906/2019.

A prefeitura sustenta que paga al�m do piso salarial e que houve quebra de acordo do Sind-Rede/BH. Conforme documentos do ano passado apresentados pelo Executivo municipal, o sindicato se comprometeu a n�o realizar greves neste ano, quando a PBH concedeu reajuste de aproximadamente 7% � categoria, escalonado em duas vezes.

Para os professores, no entanto, n�o houve quebra de acordo, j� que os projetos de lei criticados pela categoria n�o tramitavam no ano passado.

Certo � que a prefeitura julga a greve como “ilegal” e levou a quest�o para a Justi�a, que acatou a liminar e suspendeu a paralisa��o na quarta-feira.

O sindicato, no entanto, recomendou que os professores n�o voltassem para sala de aula e est� sujeito ao pagamento de multa de R$ 1 mil por dia devido � desobedi�ncia da decis�o judicial. (Com informa��es de Gabriel Ronan)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)