M�sico leva esperan�a aos vizinhos no Luxemburgo, em BH

O fechamento de bares e restaurantes por causa da pandemia de coronav�rus n�o fez com que a m�sica ao vivo fosse suspensa. Desde que o isolamento social foi posto em pr�tica, v�rios m�sicos ao redor do Brasil v�m se apresentando em suas varandas, fazendo a alegria dos vizinhos. Em Belo Horizonte, v�rias j� foram as iniciativas e h�, inclusive, aqueles que escolhem ir para a rua e tocar para o p�blico confinado.

Morador do Bairro Luxemburgo, na Regi�o Centro-Sul de BH, o m�sico Jo�o Vianna, de 50 anos, vem tocando os cora��es de seus vizinhos com o som de seu trompete. Tocando repert�rio variado, ele tenta levar a seus vinhos um sinal de esperan�a em meio �s incertezas da pandemia. 

"J� faz uns 10 dias que comecei a tocar. Inicialmente, eu ia at� a minha janela e come�ava ali. Depois passei para a rampa da minha garagem. Hoje, j� estou tocando nas ruas pr�ximas da minha, para que mais pessoas consigam ouvir", conta.

Em uma das apresenta��es, o m�sico foi acompanhado pelo filho Pedro Bichuete, de 19 anos, ao viol�o, enquanto ele, no trompete, tocava a cl�ssica Wish You Were Here, da banda Pink Floyd. Agora, Vianna j� pretende deixar os limites do bairro e tocar para pessoas, em outras regi�es de BH. "Amanh�, estou querendo tocar no Sion", diz.

A m�sica soa t�o bem aos ouvidos dos vizinhos que h�, inclusive, pessoas o contratando para tocar nas �reas de lazer de seus pr�dios. "Tive um convite, de um condom�nio de 82 apartamentos, para fazer uma apresenta��o na �rea de lazer deles. Como o esp�rito da coisa � muito mais o lado humanit�rio, de fazer uma coisa pelo outro, n�o tem cobran�a de cach�."

Por outro lado, Vianna conta que, com essas apresenta��es, ele est� vendendo muitos CDs. "Deixo um lote de CDs nos pr�dios e eles depositam na minha conta banc�ria. Mas h� tamb�m outras formas de gratid�o muito legais: v�rias vezes j� aconteceu de porteiro me enviar um pacote de biscoito ou cupcakes que os vizinhos fazem", conta.

De uma fam�lia de m�sicos, Vianna conta que come�ou a estudar o instrumento ainda nos anos de 1980. "Na �poca, era comum sofrer preconceito. O pessoa queria fazer era medicina, direito e engenharia", relembra. No entanto, se, na �poca ,ele recebia olhares estranhos, hoje ele � visto como uma esp�cie de tr�gua em meio ao medo gerado pela pandemia.

"Acho que qualquer vertente da arte, inclusive ver um filme, cinema, s�rie, ler um livro, faz com as pessoas tenham um equil�brio maior, se n�o a vida vai ficando muito massante."

Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o coronav�rus � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.

Coronav�rus: qual � a diferen�a entre isolamento e quarentena?