
O Igam dividiu o Rio Paraopeba em 10 trechos de monitoramento com coleta de amostras, desde a primeira parte atingida pelo rompimento da Barragem B1, da Mina C�rrego do Feij�o, operada pela Vale em Brumadinho, a Pomp�u, na Barragem de Retiro Baixo. Na �poca do rompimento e nos 60 dias ap�s a trag�dia que matou 270 pessoas e devastou o Rio Paraopeba, foram encontradas concentra��es muito elevadas de metais pesados nocivos � vida biol�gica, como chumbo, merc�rio, cobre, ars�nio, cromo, c�dmio e n�quel. Bem como ferro, alum�nio, mangan�s e alta turbidez.
Com a chegada da estiagem e o resultado dos trabalhos de recupera��o do manancial, as medi��es de maio do Igam apontaram taxas elevadas apenas de mangan�s, ferro e alum�nio. De acordo com o Igam, "esses resultados j� eram esperados em fun��o do per�odo de estiagem e, consequentemente, interrup��o das chuvas intensas do per�odo chuvoso; e diminui��o das vaz�es".
O gerente de meio f�sico da Vale, V�tor Pimenta, v� na melhora um sinal positivo. "Esses limites est�o progressivamente se reduzindo com o per�odo de estiagem. Isso � um indicador de que o rio pode ser recuperado e vamos continuar trabalhando para isso", disse.
Os �ndices de alum�nio dissolvido m�ximo tolerado pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) � de 0,1 miligrama por litro (mg/l), mas sete pontos entre Brumadinho e Pompeu apresentaram essa viola��o, sendo os maiores, de 0,15 mg/l, em Betim, Par� de Minas e Pompeu. Nos demais quatro trechos as amostras ficaram abaixo.

O ferro nas �guas tamb�m est� alto, em oito das dez medi��es, sendo o pior n�vel no trecho de S�o Joaquim de Bicas, onde tamb�m operam outras mineradoras e um sistema de transporte de min�rio por meio ferrovi�rio � beira do rio. Nesse local, a concentra��o que n�o deveria passar de 0,3 mg/l atingiu 0,705 mg/l.
A alta turbidz estava presente em oito medi��es de Brumadinho a Curvelo, se manteve em excesso em todos os 10 trechos de Brumadinho a Pompeu, em abril, mas em maio n�o ocorreu nenhuma viola��o.
A Vale informou que a recupera��o do rio Paraopeba � uma das prioridades. "A empresa implantou um conjunto de a��es que impediu novos carreamentos de sedimentos para o rio e contiveram os rejeitos. Mais de 14 bilh�es de litros de �gua cinco vezes mais limpa que o limite Conama j� foram devolvidas", afirma. A empresa afirma que monitora 465 quil�metros do curso d'�gua.