A metodologia tem grande limite de detec��o, com capacidade para identificar concentra��es picomolares de anticorpos. Isso possibilita diferenciar nos soros cada infec��o por v�rus mesmo em concentra��es muito baixas.
No caso do zika, se o feto ser infectado durante a gesta��o, ele pode desenvolver les�es cerebrais irrevers�veis e ter comprometida, definitivamente, toda a sua estrutura em forma��o. O comprometimento nesses casos � t�o importante que algumas crian�as, ao nascerem, t�m microcefalia. Por isso, se faz muito importante o desenvolvimento de um teste mais r�pido e seguro para o diagn�stico da doen�a em mulheres gr�vidas.

De acordo com a UFMG, o m�todo tamb�m consegue diagnosticar se a pessoa est� realmente infectada logo no in�cio de produ��o de anticorpos. “N�o � necess�rio esperar o pico desse processo, que ocorre ap�s aproximadamente de 7 a 10 dias da infec��o. N�o �, portanto, um teste que dependa da janela imunol�gica, como o Elisa”, esclarece a pesquisadora Alice Versiani � UFMG. Ela � a primeira autora de artigo publicado na Scientific Reports, que apresenta os resultados do estudo.
O processo de identifica��o baseia-se na mudan�a do espectro da nanopart�cula: quando os pesquisadores emitem uma luz na superf�cie da part�cula de ouro ocorre a resson�ncia dos el�trons.
“� uma t�cnica inovadora, desenvolvida no Brasil e de grande potencial cl�nico. Juntando tudo isso, temos uma capacidade de impactar o diagn�stico de dengue nacional”, enfatiza Versiani.
Teste mais sens�vel
O texto divulgado pela UFMG explica que os testes r�pidos comumente s�o de baixa sensibilidade, funcionando principalmente para discriminar em um primeiro momento se a pessoa tem uma doen�a ou n�o. Sua vantagem, portanto, reside na velocidade de diagn�stico.
Entretanto, a estrat�gia criada na UFMG tamb�m � muito r�pida. A intera��o ant�gena ocorre de 15 a 20 minutos. Apesar de demandar um aparelho – o que n�o ocorre no teste r�pido –, a leitura do resultado � muito simples.
Al�m disso, n�o � poss�vel diferenciar sorotipos do v�rus da dengue ou at� mesmo uma infec��o pelo v�rus Zika em um teste r�pido - o que torna a estrat�gia criada na UFMG um teste confirmat�rio veloz e inovador.
“Quando falamos de ouro, � normal achar que � algo muito caro. Mas um grama do metal gera milhares de nanopart�culas. Ent�o, como o teste n�o precisa de outros reagentes, acreditamos que os custos finais ser�o compat�veis com os testes r�pidos”, avalia Alice Versiani. (Com informa��es da UFMG.br)