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Estado de Minas PESQUISAS

UFMG desenvolve teste mais preciso para diagn�stico de zika e dengue com o uso de ouro

Artigo publicado na Scientific Reports detalha t�cnica que utiliza nanopart�culas do ouro para garantir testes r�pidos mais precisos


20/07/2020 15:00 - atualizado 20/07/2020 16:10

É necessário um grama do metal gera milhares de nanopartículas, afirma pesquisadora (foto: pixabay/divulgação)
� necess�rio um grama do metal gera milhares de nanopart�culas, afirma pesquisadora (foto: pixabay/divulga��o)
Zika, dengue ou chikungunya? No Brasil, desde abril de 2015 temos a presen�a desses tr�s v�rus. Mas ainda h� a necessidade de um diagn�stico mais preciso. A dificuldade se deve � grande semelhan�a gen�tica entre os v�rus da zika e o da dengue, o que dificulta a tarefa de diferenciar um do outro e fechar um diagn�stico. Al�m de serem transmitidos pelo Aedes aegypti, os sintomas cl�nicos podem ser muito similares

Um grupo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) busca desenvolver testes sorol�gicos para dengue capazes de diferenciar, de maneira r�pida, barata e precisa, os diagn�sticos positivos. Utilizando as propriedades �ticas de nanopart�culas de ouro, os pesquisadores conseguiram obter um reconhecimento exclusivo do v�rus da dengue, o que evita as rea��es cruzadas nos chamados testes r�pidos.

A metodologia tem grande limite de detec��o, com capacidade para identificar concentra��es picomolares de anticorpos. Isso possibilita diferenciar nos soros cada infec��o por v�rus mesmo em concentra��es muito baixas.

No caso do zika, se o feto ser infectado durante a gesta��o, ele pode desenvolver les�es cerebrais irrevers�veis e ter comprometida, definitivamente, toda a sua estrutura em forma��o. O comprometimento nesses casos � t�o importante que algumas crian�as, ao nascerem, t�m microcefalia. Por isso, se faz muito importante o desenvolvimento de um teste mais r�pido e seguro para o diagn�stico da doen�a em mulheres gr�vidas.

O desenho à esquerda representa a mecânica do teste com a nanopartícula de ouro. À direita, uma microscopia eletrônica do nanossensor. Nela, os nanobastões de ouro são representados pelos pontos mais escuros(foto: Montagem com imagens de FV de Oliveira (à esquerda) e do Centro de Microscopia da UFMG)
O desenho � esquerda representa a mec�nica do teste com a nanopart�cula de ouro. � direita, uma microscopia eletr�nica do nanossensor. Nela, os nanobast�es de ouro s�o representados pelos pontos mais escuros (foto: Montagem com imagens de FV de Oliveira (� esquerda) e do Centro de Microscopia da UFMG)


De acordo com a UFMG, o m�todo tamb�m consegue diagnosticar se a pessoa est� realmente infectada logo no in�cio de produ��o de anticorpos. “N�o � necess�rio esperar o pico desse processo, que ocorre ap�s aproximadamente de 7 a 10 dias da infec��o. N�o �, portanto, um teste que dependa da janela imunol�gica, como o Elisa”, esclarece a pesquisadora Alice Versiani � UFMG. Ela � a primeira autora de artigo publicado na Scientific Reports, que apresenta os resultados do estudo.

O processo de identifica��o baseia-se na mudan�a do espectro da nanopart�cula: quando os pesquisadores emitem uma luz na superf�cie da part�cula de ouro ocorre a resson�ncia dos el�trons.

“� uma t�cnica inovadora, desenvolvida no Brasil e de grande potencial cl�nico. Juntando tudo isso, temos uma capacidade de impactar o diagn�stico de dengue nacional”, enfatiza Versiani.

Teste mais sens�vel


O texto divulgado pela UFMG explica que os testes r�pidos comumente s�o de baixa sensibilidade, funcionando principalmente para discriminar em um primeiro momento se a pessoa tem uma doen�a ou n�o. Sua vantagem, portanto, reside na velocidade de diagn�stico.

Entretanto, a estrat�gia criada na UFMG tamb�m � muito r�pida. A intera��o ant�gena ocorre de 15 a 20 minutos. Apesar de demandar um aparelho – o que n�o ocorre no teste r�pido –, a leitura do resultado � muito simples.

Al�m disso, n�o � poss�vel diferenciar sorotipos do v�rus da dengue ou at� mesmo uma infec��o pelo v�rus Zika em um teste r�pido - o que torna a estrat�gia criada na UFMG um teste confirmat�rio veloz e inovador.

“Quando falamos de ouro, � normal achar que � algo muito caro. Mas um grama do metal gera milhares de nanopart�culas. Ent�o, como o teste n�o precisa de outros reagentes, acreditamos que os custos finais ser�o compat�veis com os testes r�pidos”, avalia Alice Versiani. (Com informa��es da UFMG.br)

N�meros em Minas


Em 2020, at� o momento, Minas Gerais registrou 81.433 casos prov�veis. Desse total, 50.375 casos foram confirmados para a doen�a. Quanto aos �bitos, este ano, foram confirmados 09 �bitos pelo agravo. H� 47 �bitos em investiga��o. Os n�meros foram divulgados na �ltima quinta-feira (16/07) pela Secretaria de Estadp de Sa�de (SES-MG). 

Em rela��o � Chikungunya, foram registrados 2.046 casos prov�veis da doen�a no estado. Destes, 1.060 foram confirmados. H� um �bito em investiga��o.

Este ano, foram registradps 24 casos prov�veis de Zika. Destes, 90 foram confirmados para a doen�a.


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