Pitbull Sans�o, que teve as patas decepadas por fac�o, volta para casa
Quase 20 dias ap�s ter as patas traseiras arrancadas por agressores, pitbull volta para casa hoje. Caso ganhou repercuss�o nas redes sociais, e o c�o recebeu carinho e presentes
O pitbull Sans�o com o tutor Nathan Braga, em sess�o de fisioterapia com profissional de hospital veterin�rio: o %u201Cc�o guerreiro%u201D j� consegue andar com ajuda de equipamento (foto: Fotos: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Sans�o, que est� com seu tutor e fam�lia desde filhote, volta para casa hoje, para a alegria das muitas pessoas que torciam pela sua recupera��o. O c�o, de 2 anos, da ra�a pitbull, est� longe do lar, em Vespasiano, desde 6 de julho, quando foi v�tima de maus-tratos e teve as patas traseiras arrancadas por agressores com o uso de um fac�o.
Desde ent�o, Sans�o est� internado e recebendo os cuidados necess�rios no Hospital Veterin�rio Arnaldo. O tutor do animal, Nathan Braga, de 21 anos, conta que o quadro cl�nico do c�o � est�vel, e se diz grato pela ajuda veterin�ria oferecida a Sans�o.
“Ele est� se recuperando e se readaptando muito bem. Sans�o � muito forte e estamos aprendendo muito com ele tamb�m, pois se mostrou um c�o guerreiro. E isso tudo n�o seria poss�vel se n�o fosse a J�lia, veterin�ria da Cl�nica Kit Kat, que prestou os primeiros socorros ao Sans�o. Se n�o fosse por ela, ele n�o estaria aqui, forte do jeito que est�.”
Braga destaca, ainda, a ansiedade em ter novamente a presen�a do pitbull em seu dia a dia, visto que, apesar das visitas di�rias, o tutor e sua fam�lia sentem falta da alegria do c�o. “J� tem mais de tr�s semanas que ele est� longe da gente. Sentimos muita saudade e estamos tamb�m muito ansiosos pela sua volta”, afirma.
O caso de Sans�o repercutiu nas redes sociais, ap�s postagem de Nathan em seu perfil no Instagram relatando o ocorrido, e mostrando o estado em que encontrou seu c�o. “Foi muito dif�cil encontr�-lo naquela situa��o, e muito emocionante tamb�m. Senti muita tristeza pelo que aconteceu, mas ele mostrou sua for�a, o que me alegrou. Foi uma mistura de sentimentos pela for�a e pela garra que ele tem, principalmente por ter passado por tudo isso, continuar lutando e mostrar que o amor sempre vence”, diz.
O apoio recebido nas redes sociais tamb�m foi importante neste momento, segundo Braga. O tutor de Sans�o conta que, a princ�pio, o v�deo postado em seu perfil n�o tinha como objetivo pedir ajuda ou qualquer forma de contribui��o, mas sim de se tornar uma den�ncia. No entanto, a surpresa foi boa.
“Recebemos muitas mensagens de carinho e apoio, e estamos muito felizes com isso. Sans�o ganhou muitos presentes tamb�m, como cama, petiscos e duas cadeirinhas de empresas que entraram em contato conosco, uma da Max Locomotion e outra da P�s de pets, que o ajudar�o na locomo��o. Ficamos muito felizes com isso. Tamb�m a fisioterapia tem sido muito boa para ele.”
Devido � repercuss�o do caso, Braga conta que um perfil foi criado, exclusivamente, para Sans�o no Instagram (@todospor.sansao), no qual s�o feitas atualiza��es di�rias sobre o estado cl�nico do c�o e sua rotina, repleta de brincadeiras. “Temos o intuito, tamb�m, de mostrar que ele n�o era um cachorro agressivo e nunca foi, o que n�o mudou ap�s o ocorrido. Ele continua d�cil, brincalh�o e bem confiante nas pessoas. Sans�o sempre foi um cachorro superd�cil, e essa p�gina foi criada para mostrar como � o dia a dia dele e como � um cachorro muito saud�vel e tranquilo.”
OCORR�NCIA O c�o foi agredido e teve as patas decepadas em 6 de julho. Foi registrado boletim de ocorr�ncia na Pol�cia Militar de Minas Gerais, segundo relatos do tutor. O caso ocorreu dentro de uma propriedade privada, na MG-424, e foi encaminhado � Justi�a.
Braga declarou que demais medidas c�veis e criminais ser�o tomadas pela fam�lia, em conjunto com os advogados que se responsabilizar�o pela defesa do c�o. “Vamos tomar todas as provid�ncias para que isso n�o fique impune e n�o caia no esquecimento tamb�m.”.
Em relato feito em suas redes sociais, Braga diz n�o ser essa a primeira vez que os acusados do crime fazem esse tipo de crueldade. H� pouco mais de um ano, Zeus, pai de Sans�o, teve a coluna partida ao meio com ataque desferido por fac�o.
Os maus-tratos a Zeus n�o ocorreram em propriedade privada. No entanto, Braga afirma que, em nenhum dos casos, os c�es ofereceram risco �s pessoas presentes nos locais em que se encontravam.
A Pol�cia Civil informou que aguarda manifesta��o do Minist�rio P�blico para, se necess�rio, dar continuidade �s investiga��es.
CRIME No Brasil, qualquer a��o de maus-tratos direcionada a animais pode ser tipificada como crime, de acordo com o artigo 32, da Lei 9.605/98, que trata de crimes ambientais e estabelece pena de deten��o de tr�s meses a um ano e multa para pr�ticas de abuso, maus-tratos, ferimento e mutila��o de animais silvestres, dom�sticos ou domesticados, nativos ou ex�ticos.
Segundo a Lei de Crimes Ambientais, “incorre nas mesmas penas quem realiza experi�ncia dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins did�ticos ou cient�ficos, quando existirem recursos alternativos”. A pena � aumentada entre um ter�o e um sexto se ocorrer morte do animal.
* Estagi�ria sob supervis�o da editora Teresa Caram
DENUNCIE
Em caso de maus-tratos, denuncie pelos contatos oficiais:
» Pol�cia Militar – 190
» Corpo de Bombeiros – 193
» Pol�cia Ambiental – (31) 2123-1614
» Delegacia de Crimes contra Fauna BH – (31) 3207-2500
» Den�ncia an�nima – 181
enquanto isso... ...filhote morre ap�s agress�o
Um cachorro de apenas seis meses morreu na noite de ontem ap�s ter as patas quebradas e o p�nis arrancado. O vira-lata foi encontrado em estado grave no Bairro Santa Clara 2, em Vespasiano, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com L�via Almeida, volunt�ria da ONG Bicho Loko, que socorreu o animal, o pedido de ajuda chegou pelas redes sociais na ter�a-feira. Segundo a volunt�ria, um rapaz entrou em contato com a ONG relatando que sua prima havia encontrado o animal na rua e que foi orientado a lev�-lo ao local para que fosse socorrido. Antes que isso fosse feito, entretanto, o c�o foi levado a um veterin�rio, que sugeriu a eutan�sia, relatou. Ap�s novo contato da pessoa que encontrou o animal em busca de uma segunda opini�o, o marido de L�via terrminou buscando o filhote �s pressas, mas o c�o morreu por infec��o generalizada ap�s ser atendido por uma m�dica veterin�ria ligada � ONG. A profissional confirmou o hist�rico de agress�o e concluiu que o animal tamb�m apresentava uma les�o antiga na coluna.