
A iniciativa � do Cons�rcio Operacional do Transporte Coletivo de Passageiros por �nibus do Munic�pio de Belo Horizonte (Transf�cil), da Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), do Servi�o Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), BHtrans e Prefeitura de Belo Horizonte, que pretendem ampliar a ideia para todas as Esta��es de Integra��o.
“Atualmente estamos enfrentando a COVID-19 em um cen�rio complexo com �ndices que apontam mais de 2 milh�es de casos de pessoas infectadas e mais de 90 mil �bitos at� o momento. Infelizmente essa curva est� crescendo de forma acelerada e a iniciativa de oferecer mais uma alternativa de higieniza��o vai contribuir para reduzir essa curva de cont�gio”, explica o presidente do Transf�cil, Ralison Guimar�es.
Segundo nota t�cnica do Senai, o t�nel de desinfec��o instalado na Esta��o Pampulha n�o utiliza produtos qu�micos e reduz a poss�vel transmiss�o para outras superf�cies do ambiente atrav�s da emiss�o de uma n�voa de �gua ozonizada.
Desta forma, para n�o prejudicar as pessoas ao respirar o oz�nio no formato de g�s, o equipamento processa a solu��o do g�s na �gua em um percentual muito abaixo do que poderia ser prejudicial ao ser humano e que � utilizado at� mesmo para desinfec��o de �gua, tornando-a pot�vel.
Apesar de parecer uma estrat�gia promissora, a pr�pria Anvisa j� afirmou que ainda n�o foram encontradas evid�ncias cient�ficas de que o uso dessas estruturas para desinfec��o sejam eficazes no combate ao SARS-CoV-2 (COVID).
Como a transmiss�o do novo coronav�rus pode se dar de pessoa a pessoa por got�culas respirat�rias — as chamadas part�culas aeross�is — produzidas quando uma pessoa infectada tosse ou espirra e por contato com superf�cies contaminadas, � importante que os belo-horizontinos n�o baixem a guarda e continuem atentos aos protocolosos como o uso de m�scara, evitar sair de casa, lavar as m�os e usar �lcool 70%. Esses efetivos cuidados s�o a principal estrat�gia para a diminui��o da circula��o do v�rus.
Opini�o da especialista
Luana Ara�jo, infectologista e especialista em sa�de p�blica pela Universidade Johns Hopkins, explica que esses t�neis de desinfec��o s�o usados normalmente em materiais inorg�nicos, principalmente na ind�stria de alimentos, em a�ougues e frigor�ficos onde as pessoas tem roupas pr�prias para trabalho e passam por esses t�neis de desinfec��o nos quais essa roupa � higienizada. “De forma geral, os t�neis que foram feitos at� agora envolvem subst�ncias que jamais poderiam ser transformadas em n�voa porque s�o altamente irritantes para o ser humano, para a pele, para mucosas e trato respirat�rio e podem causar sintomas e les�es graves”.
A especialista destaca que a forma de transmiss�o do v�rus impede que a desinfec��o seja confi�vel, j� que as pessoas carregam a carga viral dentro de seus organismos. “Ainda que seja �gua ozonizada esses t�neis servem para desinfec��o de superf�cies e n�o para desinfec��o humana. Ainda que a gente chegasse a uma subst�ncia que fosse in�cua para o ser humano e bastante agressiva para o v�rus � importante lembrar que a transmiss�o � feita atrav�s das part�culas virais que est�o dentro da pessoa. N�o tem raz�o para se preconizar um t�nel de desinfec��o quando essa part�cula viral n�o est� presente na roupa e na pele como uma via importante de dissemina��o. A via importante de dissemina��o � atrav�s das got�culas de saliva”, alerta.