O departamento de engenharia da Universidade Federal de Lavras (UFLA), criou uma cabine de desinfec��o humana que pode ser utilizada na entrada de ambientes como restaurantes, escolas, academias e hospitais. O diferencial do projeto comparado ao que j� existe no mercado � o baixo custo e a simplicidade na montagem.
A arma��o da cabine � de tubos de metalon acoplados em estrutura de acr�lico. Para a abertura e fechamento da porta � usado motor convencional de port�o de garagem, com uma cremalheira, o que faz a engrenagem rodar. Para pulverizar o fluido desinfetante � usado spray convencional de liga��o ou de pulverizador. Todos esses materiais s�o facilmente encontrados em lojas de materiais de constru��o ou de ferramentas.
O equipamento � acionado com os p�s e faz a assepsia por meio de fluidos desinfetantes que s�o pulverizados por um per�odo de tr�s segundos em todo o corpo da pessoa. J� as solas dos cal�ados ser�o higienizadas com panos embebidos com a mesma solu��o.
Segundo a professora e pesquisadora do N�cleo de Engenharia Mec�nica da Ufla, Joelma Rezende Dur�o Pereira, o sistema pneum�tico simples permite a qualquer pessoa remontar o projeto. “Ela � uma cabine extremamente f�cil de montar, � tranquila, a execu��o, simples em corte, ajuste, n�vel, qualquer um faz com tranquilidade, como se fosse um lego, um brinquedo. Fizemos esse projeto por uma quest�o de contribui��o para a n�o prolifera��o da COVID-19.”
O or�amento para a constru��o da cabine n�o passa de R$ 1mil. “Fizemos uma pesquisa de mercado e vimos cabines infl�veis, com compressores que tinham que ficar ligado gastando muita energia e com determinados materiais usados que chegavam a faixa de R$ 3 mil a R$ 5 mil. O nosso ponto inicial foi a acessibilidade financeira. Buscamos produtos baratos no mercado”, conta Joelma que contou com uma equipe multidisciplinar, com integrantes tamb�m do departamento de medicina e qu�mica da universidade.
Segundo ela, o departamento de Qu�mica desenvolveu o flu�do (� base de �lcool 70% glicerinado) que n�o causa alergia ou desconforto na pele. E integrantes do departamento de Medicina entraram com conhecimentos sobre o v�rus, comportamento respirat�rio de uma pessoa e interfer�ncias sobre mucosas, para que houvesse o sucesso do aparelho.
A cabine tem a dimens�o de um metro e meio de largura para que a pessoa consiga abrir os bra�os, mas o tamanho pode ser alterado de acordo com o espa�o. Quanto menor o aparelho, menor tamb�m ser� o custo do projeto, que n�o � patenteado, mas ofertado gratuitamente pelo departamento de mec�nica da Ufla.