Veterin�rios mineiros atuam como volunt�rios no resgate de animais no Pantanal

Uma equipe de veterin�rios volunt�rios mineiros pertencentes ao Grupo de Resgate Animal do UNI-BH em parceria com o Grupo de Resgate de Animais em Desastres (GRAD)  foi at� o Pantanal para atuar no resgate da fauna e auxiliar no cuidado aos animais silvestres atingidos pelos inc�ndios que acontecem na regi�o. Liderados pelo professor de curso de Medicina Veterin�ria, Aldair Woyames, cerca de 15 volunt�rios participam da a��o.

O Grupo foi convocado ao local pelo Conselho Regional de Medicina Veterin�ria do Estado de Minas Gerais (CRMV-MG) e a  pedido do Conselho Regional de Medicina Veterin�ria do Estado do Mato Grosso (CRMV-MT). A equipe conta com m�dicos veterin�rios, bombeiros, volunt�rios e alunos de veterin�ria. 

“A situa��o est� triste e negligente. A quantidade de pessoas trabalhando, soldados empenhados, � muito pequena. A quantidade de pessoas do poder p�blico � muito pequena. Apesar de termos sido muito bem recepcionados pelo Coronel Barroso, que est� � frente da conten��o dos inc�ndios, podemos perceber que a quantidade de pessoas empenhadas � baixa, inclusive na �rea da veterin�ria. A destrui��o � inacredit�vel e incalcul�vel”, contou o Professor Aldair ao Estado de Minas .

Ainda com metade de setembro por vir, o Pantanal j� bateu o recorde hist�rico de queimadas para todo o m�s. Setembro de 2007 detinha o posto de maior n�mero de inc�ndios no bioma, com 5.498 focos de calor registrados pelo Programa Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

O valor era o terceiro maior registro de fogo para qualquer m�s em toda a hist�ria documentada do Pantanal, ficando atr�s somente dos 5.993 focos de inc�ndio observados em agosto de 2005 e dos 5.935 focos de agosto deste ano. O n�mero de focos neste m�s est� 188% acima da m�dia hist�rica do Inpe para setembro, que � de 1.944 pontos de inc�ndio.

Segundo o professor Aldair, o resgate de animais na regi�o � complicado e precisa de cuidados, isso porque, em paralelo, existe tamb�m um trabalho de assist�ncia aos animais.

Na �ltima semana, o grupo liderado por ele em conjunto com a ONG Ampara realizou um resgate de uma on�a pintada no Parque Encontro das �guas, santu�rio do felino. “Al�m do salvamento da on�a, conseguimos ajudar outros animais como pacas, lontras, ariranhas, viados campeiros e uma boa quantidade de aves. Apesar disso, o n�mero de animais encontrados mortos � muito maior.”

Ele explica que os animais mortos s�o encontrados de duas maneiras: v�timas diretas (quando acabam morrendo por causa do fogo) e v�timas indiretas (quando morrem por consequ�ncias do fogo).

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quinta-feira (17) que o “Brasil est� de parab�ns” pela forma como preserva o seu meio ambiente. A declara��o foi dada durante a inaugura��o de uma usina fotovoltaica no interior da Para�ba e ao mesmo tempo que o fogo consome o pantanal.

“Eu n�o vejo isso. N�o vejo esfor�o nenhum do poder p�blico. Eu estive l�, vi com meus pr�prios olhos e nada est� sendo feito. As pessoas publicam que 40% do fogo consumiu os parques, foi muito mais que isso… cerca de 70%. O pantanal est� destru�do”, conta Aldair.

As doa��es para os volunt�rios est�o sendo recolhidas atrav�s do Conselho Regional de Medicina Veterin�ria do Estado de Minas Gerais (CRMV-MG) nas redes sociais. 

“� importante relembrar que muita gente que quer ajudar quer fazer o bra�al, e isso � muito perigoso. Como � um local de muito risco, n�o podemos colocar volunt�rios sem treinamento. O volunt�rio que n�o sabe lidar com o fogo acaba atrapalhando, em vez de ajudar. Por isso, estamos recolhendo doa��es para os volunt�rios que j� est�o l�. O dinheiro � revertido para o cuidado com os animais.” 

Para acompanhar o projeto no Instagram: 

 

*Estagi�ria sob supervis�o da editora Liliane Corr�a