(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas SA�DE

Doen�as provocadas pelo Aedes voltam ao foco com a chegada das chuvas

Minas confirma 1.343 casos de dengue nos 40 primeiros dias do per�odo �mido, que vai at� mar�o e propicia a propaga��o do mosquito transmissor. Hora � de combater criadouros


12/11/2020 04:00 - atualizado 12/11/2020 12:45

Equipe da PBH atua na prevenção às doenças provocadas pelo Aedes, com trabalho de orientação sobre a eliminação de focos do mosquito (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Equipe da PBH atua na preven��o �s doen�as provocadas pelo Aedes, com trabalho de orienta��o sobre a elimina��o de focos do mosquito (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press)
Calor e chuva s�o a combina��o perfeita para a prolifera��o do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Em 2020, Minas Gerais teve quase 57 mil casos confirmados de dengue, num universo de registros prov�veis que passam de 82 mil. Nos �ltimos 40 dias – os primeiros da esta��o chuvosa no Sudeste, que vai at� mar�o e propicia a prolifera��o do vetor –, foram confirmados 1.343 casos. Em Belo Horizonte, j� s�o 4.565 casos de dengue neste ano e a prefeitura faz a��es de combate. Autoridades alertam para que os cuidados com a pandemia do novo coronav�rus sejam estendidos tamb�m para a consci�ncia de limpeza nos espa�os em casa que podem acumular �gua parada.

Em 2020, Minas Gerais registrou 82.328 casos prov�veis (total dos notificados menos os descartados) de dengue. Desses, 56.720 casos foram confirmados laboratorialmente para a doen�a. Os dados s�o da Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG). A doen�a n�o deve ser minimizada, j� que pode levar � morte. Segundo o �ltimo boletim, divulgado na ter�a-feira, 12 pessoas morreram no estado em decorr�ncia da dengue este ano. Outros 57 �bitos est�o em investiga��o.

A professora Erna Kroon, do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ci�ncias Biol�gicas da Universidade Federal de Minas Gerais (ICB-UFMG), explica que o clima em que a Regi�o Sudeste do pa�s come�a a entrar � problem�tico para as doen�as associadas ao mosquito. “Estamos em per�odo de temperatura e umidade que s�o condi��es excelentes para que o mosquito se reproduza. Temos dengue o ano todo, mas esse per�odo � de alto risco para a transmiss�o”, disse a especialista.

A professora ressalta que n�o h� como prever como ser� o comportamento das doen�as causadas pelo mosquito nesta temporada, mas lembra que o inseto n�o precisa de muito espa�o para proliferar, por isso � necess�rio que a popula��o fa�a o monitoramento. “O alerta que temos que ter � para o controle do vetor (o Aedes), porque ele n�o transmite somente a dengue, mas tamb�m a zika e a chikungunya. E os cuidados devem ser refor�ados mesmo em um momento em que a pandemia do novo coronav�rus passa a ser o principal problema”, comenta.

E as medidas de preven��o j� s�o conhecidas: eliminar �gua armazenada de locais que podem se tornar poss�veis criadouros, como em vasos de plantas, gal�es de �gua, pneus, garrafas pl�sticas, piscinas sem uso e sem manuten��o, e at� mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafa. Em Belo Horizonte, a prefeitura refor�a o trabalho de conscientiza��o e vigil�ncia em sa�de para tentar evitar o aumento de doentes.

PREVEN��O NA CAPITAL


Dados mais recentes da Secretaria Municipal de Sa�de mostram que, at� 29 de outubro, foram confirmados 4.565 casos de dengue em BH e uma pessoa morreu ap�s contrair a doen�a. H� ainda 1.129 casos notificados pendentes de resultados das an�lises laboratoriais. Outras 12.290 notifica��es foram investigadas e descartadas.

Cl�udia Capistrano, gerente de Opera��es de Campo da pasta, conta que os trabalhos de vigil�ncia n�o pararam mesmo durante a quarentena, j� que, segundo ela, 80% dos focos do Aedes s�o encontrados em resid�ncias. “Com a pandemia, tivemos uma adequa��o. Deixamos de entrar em im�veis de pessoas de risco, mas n�o de fazer a orienta��o nesses im�veis. Esse trabalho educativo junto ao morador � de extrema import�ncia porque normalmente os criadouros est�o dentro das casas”, disse.

A secretaria monitora a ocorr�ncia de casos de dengue e das outras arboviroses transmitidas pelo mosquito por meio de an�lises epidemiol�gicas e mapas de intensidade de casos. “O trabalho nos preocupa mais neste momento, porque a chuva favorece o aumento do n�mero de criadouros. Por isso, o recomendado � que de tr�s em tr�s dias as pessoas fa�am a limpeza de poss�veis focos”, ressalta Capistrano.

A gerente de opera��es de campo faz o apelo de responsabilidade social para toda a comunidade. “O vetor est� na nossa casa. O cuidado � di�rio. N�o se pode colocar no poder p�blico essa responsabilidade. Tem que ter o olhar de cuidado para sua fam�lia e vizinhos”, pede Cl�udia. “Acho que a pandemia trouxe muito esse apelo de cuidado. � esse sentimento que a COVID-19 trouxe para n�s, da import�ncia que temos como ator, que faz mudan�a, que queremos. Estamos entrando em um momento que requer da gente um zelo maior, que deve ser di�rio”, conclui.

OUTRAS DOEN�AS


As enfermidades transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti (dengue, chikungunya e zika), tamb�m conhecidas como doen�as flaviv�rus, n�o deixam de acometer pacientes. Em rela��o � febre chikungunya, Minas Gerais registrou, neste ano, 2.550 casos prov�veis da doen�a. Desses, 1.461 foram confirmados e tr�s �bitos est�o em investiga��o.

Em BH, foram notificados 43 casos e confirmados 34. H� nove casos em investiga��o para a doen�a. De acordo com a PBH, em todos os locais com suspeita de casos de chikungunya a Secretaria Municipal de Sa�de intensificou as a��es de combate ao vetor, como uma estrat�gia para evitar a propaga��o da doen�a.

J� em rela��o � zika, Minas teve 413 casos prov�veis desde janeiro. Destes, 135 foram confirmados para a doen�a. Em BH, foram 54 casos notificados, mas todos terminaram descartados.



receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)