As fortes tempestades que v�m atingindo a capital mineira - e at� provocando alguns estragos - neste m�s de novembro viraram motivo de alerta a popula��o. N�o � para menos: apesar de as chuvas serem esperadas para esta �poca do ano na cidade, as tempestades n�o costumam ser t�picas desta esta��o.
"S�o temporais fortes e isolados, sem aquela chuva fraca e cont�nua ao logo do dia por dois, tr�s dias o que � t�pico do m�s de novembro", esclarece o meteorologista Ruibran dos Reis. De acordo com a Defesa Civil, apenas quatro horas de chuva nessa quarta-feira (18) foram respons�veis por quase 28% do esperado para o m�s na Regi�o Noroeste de BH.
Na �ltima ter�a-feira (17), choveu cerca de 26% do esperado para o m�s para a Regi�o Leste da capital tamb�m em apenas quatro horas. Nos �ltimos dias tamb�m foram registradas quedas de granizo na capital - que s� ocorre quando h� precipita��es em nuvens t�picas de tempestade.
"Apesar disso, o acumulado de chuvas est� dentro da m�dia esperada para o m�s de novembro. Onde j� ultrapassou a m�dia hist�rica, como � o caso da Regi�o Leste, � um fator isolado. De maneira geral, na maior parte dos locais ainda choveu abaixo do esperado", completa Reis.
De maneira geral, segundo a esta��o de medi��o do Inmet do Bairro Santo Agostinho, o acumulado de chuvas parcial do m�s de novembro para BH est� em 159,6mm, ante 239,8mm da m�dia hist�rica. Os dados mais espec�ficos da Defesa Civil da capital, entretanto, mostram que essa distribui��o n�o � uniforme:
- Barreiro: 167,8 mm (70% do esperado para o m�s)
- Centro Sul: 221,6 mm (92,4%)
- Leste: 250,8 mm (104,6%)
- Nordeste: 163 mm (68%)
- Noroeste: 177,8 mm (74,1%)
- Norte: 125,2 mm (52,2%)
- Oeste: 161,4 mm (67,3%)
- Pampulha: 164,6 mm (68,6%)
- Venda Nova: 156,4 mm (65,2%)
Vai ficar assim?
Para esta quinta-feira (19) ainda h� possibilidade de tempestades na capital. Entretanto, a tend�ncia � a perda de for�a dessas chuvas muito fortes.
"Com o avan�o da frente fria para o norte do Esp�rito Santo, as tempestades devem ser mais frequentes no Norte e Noroeste e vales do Jequitinhonha e Mucuri", esclarece Claudemir de Azevedo, meteorologista do 5º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Apesar disso, as chuvas ainda devem se manter presentes na capital. "Pode ser que d� uma tr�gua, mas ainda h� chances de chuvas mais isoladas e pontuais, como � t�pico de primavera", completa.
O c�u encoberto que tamb�m se tornou rotina na capital tamb�m deve dar uma tr�gua. "Como s�o pancadas isoladas, o sol at� pode abrir um pouco, mas predomina o c�u parcialmente nublado a nublado", conclui Azevedo.
As temperaturas seguem amenas e s� devem come�ar a subir em dezembro - ainda assim, nada perto do calor�o visto entre setembro e outubro.
E dezembro?
A perspectiva � que dezembro tenha temperaturas mais amenas e chuvas abaixo da m�dia. "A primeira quinzena deve ter mais chuva, mas, em geral, deve ficar abaixo da m�dia. Volta o calor, o c�u aberto e tamb�m os temporais", estima Ruibran dos Reis.
A primavera chega ao fim no dia 21 de dezembro deste ano, quando come�a o ver�o.
* Estagi�rio sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie.