
O chef mineiro Leo Paix�o fez um desabafo nas redes sociais na manh� deste s�bado (5/12) sobre a proibi��o da venda e consumo de bebidas alco�licas nos estabelecimentos de Belo Horizonte a partir de segunda-feira (7).
"E assim o setor mais punido da economia leva mais um golpe impiedoso da prefeitura, como se f�ssemos os culpados por tudo", escreveu Paix�o, criticando a decis�o do prefeito Alexandre Kalil. O chef avisa que ser� obrigado a fechar o seu bar, Nicolau Bar da Esquina.
Em seu post, Paix�o diz que o setor de bares e restaurantes � o mais castigado pela prefeitura durante a pandemia. "Neste momento em que caminhamos para a Lei Seca, j� sofremos uma s�rie de restri��es, dentre as mais severas: hor�rio de funcionamento reduzido, espa�amento aumentado e limite de quatro ocupantes por mesa."
No seu famoso restaurante, o Glouton, houve uma redu��o de 60% das vendas, provocada por todas as restri��es de funcionamento. "Como 1/3 de nossa venda � de bebida, com a nova medida, nosso encolhimento passa a 75%. Ou seja, temos a possibilidade de vender 25% do que vend�amos antes", contabiliza o chef, preocupado com a situa��o dos gar�ons, que recebem proporcionalmente a este valor.
Entenda por que Belo Horizonte teve de voltar � Lei Seca
Fechado por tempo indeterminado
Como a situa��o dos bares � ainda mais complicada, sendo invi�vel funcionar sem a venda de bebidas, Paix�o optou por fechar o Nicolau Bar da Esquina por tempo indeterminado. Ele chegou a considerar a possibilidade de transferir o neg�cio, de forma provis�ria, para Nova Lima, mas a cidade vizinha imp�s a mesma restri��o aos estabelecimentos. J� a abertura do Mina Jazz Bar, no Autom�vel Clube, que estava marcada para o dia 12 deste m�s, foi adiada mais uma vez.
O chef diz que compreende a necessidade da prefeitura de tomar uma atitude diante do aumento das interna��es e dos casos de COVID-19. Mas acredita que a decis�o tenha sido dura demais para um setor que j� est� fragilizado. "Ao inv�s de fiscalizar e aplicar as medidas cab�veis, a prefeitura optou por punir a todos: certos e errados. Um jato de mangueira em quem est� afogando."