
O motorista, Luiz Viana de Lima, e sua advogada, Carolina Tessarolo, tamb�m estavam presentes na reconstitui��o. A simula��o come�ou �s 10h30. No total, a opera��o contou com tr�s peritos, tr�s investigadores, dois delegados e um escriv�o da Pol�cia Civil. Por volta das 9h40, a Pol�cia Rodovi�ria Federal chegou em cinco viaturas na BR-381 para limitar o fluxo de carros da rodovia. �s 11h05, a rodovia foi totalmente interditada e liberada duas horas depois.
O principal objetivo da a��o policial � descobrir em que local o �nibus teve problemas mec�nicos e o momento da queda do ve�culo. Assim, a investiga��o deve apontar se o acidente foi causado por falha mec�nica ou humana.
Nesta quarta-feira, os peritos conversaram com o motorista para saber mais informa��es do dia do acidente e detalhes do ocorrido. “A participa��o do motorista, tanto no depoimento quanto agora, na simula��o, foram muito importantes”, disse o delegado Paulo Tavares.
Conforme a chefe de Sess�o da Per�cia de Jo�o Monlevade, Karina Martins, a simula��o foi baseada no depoimento do motorista, que foi feito na segunda-feira (7/12). “Hoje, n�s basicamente analisamos a din�mica, se estava coerente com aquilo que foi falado pelo motorista”, explicou Karina.
Segundo a advogada, o motorista “chorou muito” durante o processo e est� abalado com o acidente. Enquanto mostrava aos policiais o trajeto do �nibus, Luiz de Lima precisou se sentar no meio-fio do viaduto.
O motorista manteve o rosto tampado durante todo o processo. No primeiro momento, ele se escondeu com uma blusa, e depois com um bon� azul. Durante a simula��o, Luiz de Lima ficou de cabe�a baixa.
Uma pessoa assumiu a dire��o do �nibus na reconstitui��o e o motorista se sentou no banco ao lado. Os policiais civis e a advogada estavam no interior do ve�culo. Uma viatura da PC estava em frente ao �nibus durante o processo. Dessa forma, a PC refez o trajeto do ve�culo antes de cair do viaduto.
Pr�ximas etapas
Segundo a Chefe de Sess�o, a Pol�cia Civil deve fazer um levantamento de como era o funcionamento do veiculo, principalmente o sistema de freio. Al�m disso, Karina contou que est� analisando v�deos que foram enviados � Pol�cia Civil.Entenda o caso
A Pol�cia Civil de Minas Gerais abriu inqu�rito para apurar as causas do desastre minutos depois da queda do �nibus. Relatos de testemunhas pontam que as m�s condi��es mec�nicas do ve�culo contribu�ram para o acidente.
Segundo as testemunhas, o �nibus seguia pela BR-381, no sentido S�o Paulo. Ao descer a serra, quando se aproximava da Ponte Torta, viaduto sobre o Rio Piracaba e a estrada de ferro Vit�ria-Minas, o �nibus perdeu os freios e entrou na contram�o, descontrolado, chegando a bater no retrovisor de outro ve�culo que viajava no sentido contr�rio.
No “embalo da descida”, o ve�culo passou pela Ponte Torta, mas na subida perdeu acelera��o (possivelmente por um outro problema mec�nico) e come�ou a descer de r�, ainda segundo as testemunhas.
Nesse momento, seis pessoas saltaram do ve�culo em movimento – uma delas seria o condutor do �nibus, Luiz Viana de Lima. Na sequ�ncia, o �nibus despencou do viaduto e pegou fogo. A medi��o da per�cia constatou que a altura � de 23 metros entre o viaduto e a �rea onde o �nibus caiu, ao lado dos trilhos da Estrada de Ferro Vit�ria-Minas.
Na noite de s�bado (05/12), uma equipe da Vale, que opera a ferrovia, trabalhou na libera��o da �rea. A Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF) e bombeiros trabalharam na per�cia do local do acidente e parte da ponte foi interditada. O �nibus foi retirado dos trilhos com um guindaste e levado para outro ponto.
* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie.