
O crime n�o alivia nem os super-her�is. O Capit�o Am�rica mineiro, que teve a motocicleta roubada em 2017, resolveu fazer um pedido especial ao Papai Noel neste ano: a recupera��o do seu ve�culo de transporte que foi levado em um assalto a m�o armada.
Para isso, ele criou uma vaquinha virtual que pretende arrecadar R$ 28 mil. O dinheiro � para adquirir a Suzuki Hayabusa e continuar fazendo servi�os sociais em institui��es de caridade e hospitais infantis.
Por tr�s da fantasia de super-her�i est� Rodrigo Ferreira Costa, de 41 anos, que trabalha como seguran�a pessoal e recria��o, morador de Belo Horizonte, na Regi�o de Venda Nova. A ideia da fantasia come�ou h� quatro anos, quando ele era agente socioeducativo e resolveu trabalhar com o incentivo da alegria de crian�as.
“A ideia surgiu dentro da cadeia. Eu era agente penitenci�rio e resolvi trabalhar com crian�as para que elas n�o chegassem l� naquele lugar que eu trabalhava. Depois perdi a moto h� uns tr�s anos e nunca mais recuperei o valor para comprar”, conta Rodrigo. "At� me desmotivei dos trabalhos sociais. Hoje � Natal, era pra eu estar distribuindo presentes para as crian�as. Mas 2021 promete, vou fazer bastante coisa boa.”

Depois de ser assaltado, Rodrigo conseguiu comprar outra moto mais simples que estragou em pouco tempo. Logo depois, um amigo doou uma moto pequena. “Eu fico pensando, fa�o trabalhos sociais e essas coisas ainda acontecem com a gente. Hoje chego nas festas e as pessoas perguntam da moto colorida, que faz barulho”, lamenta.
Al�m dos trabalhos para crian�as em vulnerabilidade, o Capit�o Am�rica tamb�m � parceiro da Pol�cia Militar e faz alegria nos eventos do Programa Educacional de Resist�ncia �s Drogas (Proerd).
“Comecei em v�rios lugares, nunca tive ajuda de ningu�m”, disse Rodrigo. Al�m de divulgar seu trabalho, ele tamb�m usa as redes sociais como interm�dio para pessoas necessitadas. “Deus est� me ajudando bastante. Eu n�o quero dinheiro. Estou aberto a parcerias. Costumo dizer que n�o preciso do peixe, me d� a vara que eu pesco. S� preciso de uma oportunidade de mostrar meu trabalho.”

Para o super-her�i, o presente de Natal, na verdade, � poder continuar na m�gica miss�o de fazer o bem. “Quando eu coloco a fantasia eu me sinto muito poderoso, porque o poder que eu tenho com as crian�as s� eu sei. Quando eu falo para uma crian�a que s� vira super-her�i se comer, o prato fica vazio rapidinho. Depois as m�es me mandam mensagem agradecendo”, conclui.