
Todo fim de ano � o mesmo sofrimento, animais dom�sticos, em especial cachorros e gatos, padecem onde estiverem com a proximidade de fogos de artif�cio. Como se n�o bastasse o sobressalto que desorienta os bichinhos, restos da comilan�a tamb�m amea�am a sa�de dos pets.
Dentre os assuntos listados como priorit�rios pela Semad, al�m da alimenta��o e cautela com os fogos de artif�cio, a identifica��o dos pets � tamb�m indispens�vel.
Alimenta��o
Em algumas fam�lias existe o h�bito de servir restos de ceia aos pets como substitui��o e, at� mesmo, incremento da rotina alimentar feita com ra��o. O costume, entretanto, n�o � aconselhado, conforme o m�dico veterin�rio do N�cleo de Fauna e Pesca, Jos� Begalli.
Segundo o profissional os alimentos tipicamente humanos n�o devem ser introduzidos aos animais no per�odo das festas de Natal e Ano Novo, e, mesmo durante o ano, � importante que os animais recebam uma alimenta��o adequada a cada esp�cie.
“A partir do momento que o animal come�a a se relacionar com alimentos que n�o sejam a ra��o, podem surgir problemas comportamentais, transtornos alimentares, obesidade, diabetes, problemas hep�ticos. O adequado � manter a alimenta��o habitual e os insumos indicados pelo veterin�rio”, pondera Begalli.
De acordo com o m�dico veterin�rio, a situa��o pode ser ainda mais complicada em animais idosos. Neste caso, o desequil�brio nutricional pode causar danos metab�licos e org�nicos.
Fogos de artif�cio
Outro ponto que merece a aten��o de quem � respons�vel por um animal de estima��o s�o os fogos de artif�cio e demais artigos de pirotecnia.
Bastante comuns nesta �poca do ano, os barulhos provocados por estes utens�lios geram medo, ansiedade e alteram o comportamento, n�o s� de c�es e gatos, mas de diversos outros animais que est�o em locais pr�ximos �s queimas de fogos.
De acordo com a coordenadora do Nufap, Samylla Mol, para muitos animais, assustados e incomodados com o som pirot�cnico, a primeira rea��o pode ser tentar deixar o lugar em que est�o.
Nesse contexto, alguns acidentes podem vir a acontecer quando o animal tenta se esconder em locais que n�o os comportam, quando tentam pular de alturas consider�veis, passar por locais estreitos como grades e, at� mesmo, fugir.
“O indicado � que no momento dos fogos de artif�cio o tutor permane�a com o animal em um local fechado e seguro, sem que ele tenha como fugir ou se machucar durante uma rea��o espont�nea”, explica.
Identifica��o
Outra medida importante para este per�odo, diz Samylla, � a identifica��o dos c�es e gatos com os nomes do animal e do respons�vel, al�m de um meio de contato que possa facilitar a localiza��o em caso de fuga.
As informa��es podem ser escritas, por exemplo, na coleira ou numa plaquinha de identifica��o. Outra medida que pode ser adotada � o uso de um pequeno peda�o de algod�o no ouvido do animal, para reduzir o impacto sonoro dos fogos.
“A audi��o dos animais � diferenciada dos seres humanos. Em alguns casos a amplitude sonora de um barulho ser� maior no cachorro do que no seu tutor e essas dicas ajudam a reduzir o impacto sobre os animais”, complementa o m�dico veterin�rio Jos� Begalli.
Em Minas Gerais, algumas cidades j� proibiram, por meio de leis municipais, o uso de fogos de artif�cio com ru�dos. Alguns dos exemplos s�o Araguari e Po�os de Caldas, onde os artigos pirot�cnicos utilizados n�o podem emitir estampidos, apenas gerar impacto visual.
“Enquanto essa regra n�o � v�lida para todo o Estado, vale se atentar �s dicas acima e cuidar dos animais, companheiros leais”, acrescenta Samylla.