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Estado de Minas PANDEMIA

BH: fechamento de pra�as e parques n�o impede atividade f�sica ao ar livre

Pessoas seguiram se exercitando, com corridas, caminhadas, em locais com grades pr�ximas


13/03/2021 12:53 - atualizado 13/03/2021 13:45

Movimento foi intenso na Praça Lagoa Seca, no Bairro Belvedere(foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
Movimento foi intenso na Pra�a Lagoa Seca, no Bairro Belvedere (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
N�o pode na cal�ada ou na pista? S� ir para o meio da via. Com esse pensamento, milhares de pessoas sa�ram �s ruas de Belo Horizonte na manh� deste s�bado (13/03) para praticar atividades f�sicas ao ar livre, como caminhadas e corridas, v�rias sem m�scara de prote��o. Segundo novo decreto publicado justamente neste s�bado, “ficam suspensas, por prazo indeterminado, a utiliza��o de pra�as, pistas de caminhada ou de corrida e outros locais p�blicos para a pr�tica de atividades de esporte e lazer coletivas ou individuais com potencial de aglomera��o de pessoas” (clique aqui para mais detalhes).

Apesar da nova lei, publicada para tentar conter o avan�o da pandemia de COVID-19, n�o era dif�cil encontrar pessoas praticando atividades f�sicas nas ruas, em alguns pontos at� com aglomera��es. O primeiro ponto que a reportagem do Estado de Minas esteve presente, por volta das 9h, foi na Pra�a da Liberdade, Regi�o Centro-Sul de BH.

As grades estavam sendo colocadas por funcion�rios da prefeitura, e a a��o pegou algumas pessoas de surpresa. Um deles � figura conhecida de torcedores do Am�rica – onde � �dolo – e do Atl�tico: Marco Ant�nio Milagres, ex-jogador de futebol e ex-goleiro de Flamengo, Am�rica, Santa Cruz, Atl�tico e Uberaba. Ele concorda com as medidas propostas pelo prefeito belo-horizontino Alexandre Kalil (PSD), mas discorda do gradeamento da pra�a.

Milagres caminhava com a esposa antes de a Praça da Liberdade ser gradeada(foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
Milagres caminhava com a esposa antes de a Pra�a da Liberdade ser gradeada (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
“� necess�rio n�s, como seres humanos, termos consci�ncia. Vimos que no fim de ano, no carnaval, algumas pessoas extrapolaram bastante com festas privativas. Isso, com certeza, aumentou a curva. A gente preza para que todos n�s tenhamos mais consci�ncia", afirmou Milagres. 

"O que a gente fica triste, igual estamos aqui na Pra�a da Liberdade, est�o come�ando a gradear a pra�a toda. N�o tem aglomera��o aqui, se voc� tem oportunidade de sair para dar uma caminhada ao ar livre, porque atividade f�sica faz parte tamb�m de uma forma preventiva com rela��o � pandemia. A� voc� v� uma atitude de gradear a pra�a toda a gente fica triste, pois tira uma op��o de lazer que praticamente est� quase inexistente a todos n�s”, completou o ex-goleiro.

Paulo Mendes, de 65 anos e que mora pr�ximo na regi�o, n�o se conformou com a atitude. Ele tamb�m lembra o fechamento do Hospital de Campanha do governo de Minas, no Expominas, Regi�o Oeste de BH, em agosto de 2020, sem que um paciente fosse atendido.

“Moro aqui pr�ximo, venho sempre fazer caminhada na pra�a, uma hora por dia, tenho 65 anos, e acredito que muita gente est� usando aqui para a sa�de. Mas o que me chama mais aten��o � que no ano passado, quando abriu no Expominas o hospital, uma pessoa participou da abertura e me disse que nenhuma pessoa foi atendida l�, e dizem que sabiam da segunda onda. Por que fechou ent�o?”, afirmou.

O Hospital da Campanha citado era responsabilidade do governo de Minas, e n�o da Prefeitura de BH, como indicou o entrevistado.

Gradeamento da Praça da Liberdade começou por volta das 9h(foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
Gradeamento da Pra�a da Liberdade come�ou por volta das 9h (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
Na Pra�a da Assembleia, Regi�o Centro-Sul de BH, o cen�rio foi o mesmo: a reportagem se deparou com pessoas sendo surpreendidas com a instala��o de grades. A movimenta��o tamb�m era intensa, com algumas pessoas sem usar m�scaras de prote��o.

Praça da Assembleia teve movimento intenso antes e enquanto era gradeada(foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
Pra�a da Assembleia teve movimento intenso antes e enquanto era gradeada (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
Na Pra�a da Lagoa Seca, no Belvedere, na Regi�o Centro-Sul, a situa��o era mais cr�tica. O movimento era mais intenso que nos demais locais visitados pela reportagem e diversas pessoas se exercitavam sem usar m�scara, medida indicada durante a pandemia de COVID-19.

Com o grande n�mero de pessoas e aglomera��es pelo local, a Guarda Civil Municipal se fez presente. Mesmo com a presen�a dela, contudo, algumas pessoas seguiam de m�scara. Uma viatura com som alto foi usada para tentar conter a situa��o. As grades tamb�m estavam colocadas no local errado, sem limitar o acesso �s cal�adas.

“A Guarda Municipal est� junto com voc� no enfrentamento ao coronav�rus. Agora, precisamos do seu apoio e de seus familiares. O uso de m�scaras de prote��o se tornou obrigat�rio em nossa cidade. Esse equipamento deve ser utilizado nos espa�os p�blicos e no com�rcio. Fa�a sua parte, utilize m�scaras de prote��o e nos ajuda a vencer o coronav�rus”, dizia o alto falante.

A rea��o de algumas pessoas que n�o usavam m�scaras e estavam sendo fotografadas ou filmadas n�o foi das melhores. Uma delas, um homem que corria sem m�scara, mostrou o dedo m�dio � reportagem durante uma filmagem.

Na Lagoa da Pampulha, guarda oferecia máscara a quem estivesse sem equipamento(foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
Na Lagoa da Pampulha, guarda oferecia m�scara a quem estivesse sem equipamento (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
Na orla da Lagoa da Pampulha, na regi�o de mesmo nome, o cen�rio era calmo. Sem grades pela orla e com fiscaliza��o por meio da Guarda Municipal, o movimento era menor do que o observado pela reportagem nos demais pontos.

Aumento de casos motivou restri��es


Desde o �ltimo s�bado (06/03), somente servi�os essenciais podem funcionar na cidade, sendo esse o quarto fechamento do com�rcio em BH desde mar�o de 2020, com o come�o da pandemia. Um novo avan�o do coronav�rus motivou as a��es tomadas pela prefeitura.

BH chegou nessa sexta-feira (12/03) a 122.302 diagn�sticos confirmados da COVID-19: 2.885 mortes, 6.355 pacientes em acompanhamento e 113.062 recuperados. Em compara��o ao balan�o anterior, houve registro de mais 16 mortes e 1.465 casos.

A taxa de transmiss�o do novo coronav�rus bateu recorde pelo segundo dia consecutivo em Belo Horizonte nessa sexta. Conforme boletim epidemiol�gico e assistencial da prefeitura, o indicador est� em 1,25 e se mant�m na zona cr�tica da escala de risco.

Isso quer dizer que a cada 100 infectados em BH, mais 125 pessoas se tornam v�timas da pandemia. O boletim da �ltima quinta-feira (11/03), outro recorde, atestou um �ndice de 1,22. 


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