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Estado de Minas SA�DE

N�o h� plantas milagrosas para tratar ou curar COVID-19

Alerta da Associa��o M�dica Homeop�tica Brasileira � para que as pessoas 'n�o se iludam' e sigam orienta��es das autoridades sanit�rias


22/03/2021 10:00 - atualizado 22/03/2021 15:28

A vacina é a única solução até o momento, adverte o presidente da AMHB(foto: Commons wikimidea.org)
A vacina � a �nica solu��o at� o momento, adverte o presidente da AMHB (foto: Commons wikimidea.org)

Enquanto o Brasil caminha para 300 mil mortos e 12 milh�es de infectados pela COVID-19, a Associa��o M�dica Homeop�tica Brasileira (AMHB) se une a outras entidades m�dicas para alertar os brasileiros: "N�o h� planta, rem�dio ou cura para o novo coronav�rus".

O desespero da popula��o, apontado pela pesquisa Datafolha publicada na sexta-feira (19/03), onde 79% dos brasileiros acham que a pandemia est� sem controle, leva � busca de alternativas que podem agravar ainda mais a sa�de.
 
A vacina � a �nica solu��o at� o momento, adverte o presidente da AMHB, Luiz Darcy Siqueira. S� a vacina��o em massa, o uso correto de m�scaras, o isolamento social, a higieniza��o adequada, al�m de iniciativas cont�nuas de testagem e rastreio de contactantes, s�o eficazes para a preven��o ao v�rus SARS-Cov-2.
 
 
Em nota divulgada na sexta-feira (19), a associa��o voltou a denunciar a falta de coordena��o, de planejamento e de pol�tica unificada de a��o e enfrentamento � pandemia, somada ao negacionismo e �s fake news. "As consequ�ncias s�o grav�ssimas."
 
Tudo isso resultou em "insufici�ncia de m�dicos e profissionais de sa�de para responder ao crescimento de demanda por atendimento, car�ncia de leitos de UTIs onde se fazem necess�rios e abertura de outros sem crit�rios t�cnicos, medicamentos acabando, m�scaras inadequadas entregues � linha de frente, entre tantos outros equ�vocos".
 
Receitas de medicamentos, plantas, ch�s e ervas tomam contas das redes sociais. S�o as "fake da cura". Entretanto "no que se refere particularmente � nossa especialidade m�dica", diz a nota, "condenamos tratamentos ou o uso de subst�ncias alheias a%u0300 boa pr�tica da homeopatia por n�o m�dicos. Condena��o tamb�m aplic�vel a n�o especialistas, que, por desconhecimento t�cnico e falta de forma��o adequada, venham a se aventurar a publicar e divulgar em m�dias sociais o uso de subst�ncias medicamentosas n�o utilizados segundo os preceitos cient�ficos da especialidade."
 
Luiz Darcy Siqueira, presidente da Associação Médica Brasileira de Homeopatia(foto: Arquivo pessoal)
Luiz Darcy Siqueira, presidente da Associa��o M�dica Brasileira de Homeopatia (foto: Arquivo pessoal)
O especialista chama a aten��o para o tratamento homeop�tico que foca no est�mulo � sa�de para enfrentamento de uma situa��o de risco � sa�de. "Nenhum rem�dio homeop�tico vai matar v�rus".  A origem est� no princ�pio ativo extra�dos nos reinos vegetal, animal e mineral e manipulados por farmac�uticos com conhecimento dessa ci�ncia.
 
"De modo geral, podemos fazer que o organismo fique melhor preparado. � preciso cuidar do ambiente, das rela��es pessoais, alimenta��o, boa hidrata��o e corpo em atividade. A homeopatia estimula a pessoa a atitudes que resultem em est�mlo para que o organismo esteja bem para enfrentar situa��es adversas." 
 
Para que um medicamento seja considerado homeop�tico, e%u0301 fundamental ter origem de fonte conhecida e legalizada, descrita na Farmacopeia Homeop�tica Brasileira e em uso com base na Ci�ncia pelos profissionais homeopatas e de acordo com a boa pr�tica da especialidade. 
 
Qualquer medicamento pretensamente homeop�tico, diz a SMBH, "sem o ser de fato", pode resultar em descuido com as medidas de higiene e de preven��o amplamente divulgadas pelas autoridades sanit�rias. A associa��o adverte que a Resolu��o 1.974/2011, do Conselho Federal de medicina (CFM), que regula a propaganda em Medicina, estabelece que, “ao conceder entrevistas, repassar informa��es a%u0300 sociedade ou participar de eventos p�blicos, o m�dico deve anunciar, de imediato, poss�veis conflitos de interesse que, porventura, possam comprometer o entendimento de suas coloca��es, vindo a causar distor��es com graves consequ�ncias para a sa�de individual ou coletiva’.
 
O artigo 113 do C�digo de �tica M�dico, veda ao profissional divulgar, fora do meio cient�fico, processo de tratamento ou descoberta cujo valor ainda n�o esteja expressamente reconhecido cientificamente por �rg�o competente.

Not�cias falsas geram mais complica��es � sa�de
 
Ana Cimbleris, coordenadora do grupo t�cnico de trabalho em fitoterapia do Conselho Regional de Farm�cia de Minas Gerais (CRFMG), alerta para o contexto de divulga��o ampla de uso desenfreado de diversos medicamentos e plantas medicinais. "� importante refor�ar que not�cias falsas t�m levado a medidas equivocadas e podem representar risco maior � sa�de das pessoas."
 
 
Ana Cimbleris, do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais (CRFMG)(foto: Gabriel Caram/Divulgação )
Ana Cimbleris, do Conselho Regional de Farm�cia de Minas Gerais (CRFMG) (foto: Gabriel Caram/Divulga��o )
 
A farmac�utica reconhece ser v�lido o uso de plantas medicinais e medicamentos fitoter�picos, podendo colaborar e fortalecer o sistema imunol�gico, sa�de mental, ins�nia, ansiedade e at� mesmo usados em tratamentos sintom�ticos da infec��o. "Mas tudo isso com os cuidados pertinentes, sob prescri��o de um profissional de sa�de que possa orientar."
 
No caso de fitoter�picos, al�m de confirmada a utilidade medicinal por profissional competente, � indispens�vel acompanhamento. A introdu��o de outras subst�ncias para quem j� tem problemas de sa�de cr�nicos podem interferir indevidamente no tratamento com outros medicamentos. 
 
E o que s�o os fitoter�picos?
 
Luiz Siqueira, a AMBH, explica  que a fitoterapia se utiliza de princ�pio ativo puro, a partir de ch�s, plantas e, nas farm�cias, s�o retirados os extratos. "A a��o da fitoterapia � similar a do medicamento convencional. Muitos medicamentos qu�micos s�o a partir dos extratos purificados de plantas. A diferen�a do fito e qu�mico s�o as diminui��es de efeitos adversos e colaterais. A planta � minimizante. O qu�mico tem alta concentra��o de princ�pio ativo que, dependendo da sensibilidde do paciente, pode provocar efeitos colaterais. 
 
Cartilha publicada pela UFMG no passado que aponta plantas e fitoter�picos que podem ser utilizados "durante a COVID-19" fala sobre o uso dessas subst�ncias. O trabalho desenvolvido pelo Laborat�rio de Farmacognosia e Homeopatia da Escola de Farm�cia, foi coordenado pela professora doutora Rachel Oliveira Castilho, reunindo alunos de gradua��o.
 
Segundo a publica��o, as plantas medicinais e seus derivados s�o recursos terap�uticos utilizados nos cuidados prim�rios � sa�de. Durante a pandemia, podem ser �teis para combater males em consequ�ncia isolamento social, como depress�o, ansiedade e ins�nia.
 
Sobre plantas medicinais e como us�-las:
 
A planta medicinal � geralmente usada para tratamento de enfermidades. Seu princ�pio ativo � a parte qu�mica da planta respons�vel pela a��o medicinal. A fitoterapia � o tratamento que utiliza mat�ria ativa vegetal, como as plantas medicinais, para a melhoria da sa�de.
 
As plantas medicinais usadas em excesso ou de forma errada podem fazer mal. Mesmo sendo natural, � preciso ter cuidados:
 
– Sempre conferir se as partes da planta (flor, folhas, fruto, caule, raiz) a serem utilizadas est�o em bom estado: �ntegras, novas, sem mofos e sem insetos.
 
– Ter certeza de qual parte da planta deve ser utlizada como medicinal. Algumas plantas podem ter o mesmo nome popular e serem de esp�cies diferentes. Por isso, aten��o. Melhor adquirir suas plantas medicinais de locais confi�veis, como Unidades B�sicas de Sa�de e farm�cias.
 
– Elas n�o devem ser colhidas perto de esgotos, lagos e lagoas polu�das para evitar contamina��es. Evitar o uso de ch�s em crian�as menores de 6 meses sem orienta��o de um profissional de sa�de. Conhecer o modo certo de preparar o rem�dio com a planta medicinal. Em casos de efeito indesejado ou se os sintomas persistirem, procurar o servi�o de sa�de mais pr�ximo.
 
Formas de prepara��o:
 
Infus�o:
 
- Ferver a �gua
- Jogar a �gua fervente em uma x�cara com a planta
- Tampar e deixar descansar por 10 a 15 minutos
 
Decoc��o 
- Em um recipiente, colocar �gua e a planta medicinal
juntas
- Deixar ferver por 5 a 10 minutos
- Ap�s desligar o fogo, deixar esfriar por 5 minutos
- N�o utilizar panelas de alum�nio e ferro.
 
Xarope
-Ferva em um recipiente 2 x�caras de �gua + 2 x�caras de a��car
- Deixe ferver at� engrossar at� ponto de calda
- Deixe esfriar
- Adicione o ch� da planta medicinal a calda
OBS: a calda de a��car �gua pode ser substitu�da por
mel.
 
Fonte: Cartilha da Faculdade de Farm�cia da UFMG "Plantas medicinais e fitoter�picos que podem ser usados durante a COVID-19", publicado em 2020. 


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