
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) encerra hoje, dia 3 de maio, �s 23h59, o cadastro para pessoas de 18 a 59 anos com comorbidades, com defici�ncia permanente benefici�rias do programa Benef�cio de Presta��o Continuada (BPC) e gestantes/pu�rperas residentes na capital, receberem a vacina contra a COVID-19.
O in�cio da vacina��o ser� divulgado assim que prefeitura receber nova remessa de doses da vacina. As pessoas de 18 a 59 anos com defici�ncia permanente com recebimento do BPC n�o precisam se cadastrar. A institui��o alerta para guardar a confirma��o enviada por meio eletr�nico para maior agilidade no dia da vacina��o.
De acordo com a administra��o municipal, em BH s�o cerca de 290 mil pessoas com comorbidades definidas pelo Minist�rio da Sa�de como priorit�rias para a imuniza��o. A estimativa populacional dos p�blicos priorit�rios para a Campanha Nacional de Vacina��o contra a COVID-19 em Minas aponta que esse grupo representa 1.784.058 pessoas, segundo a Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG).
Especialistas defendem que os estados e munic�pios respeitem o Programa Nacional de Imuniza��o (PNI) que estabelece como pr�-exist�ncia de comorbidades, al�m da idade superior a 60 anos, adultos com enfermidades a exemplo de doen�as renais cr�nicas, cardiovasculares e cerebrovasculares; diabetes, hipertens�o arterial grave, pneumopatias cr�nicas graves, anemia falciforme, c�ncer, obesidade m�rbida e s�ndrome de down. Est�o tamb�m nesse grupo, os imunossuprimidos, que t�m reduzida a a��o de seu sistema imunol�gico, por a��o de algum rem�dio. A orienta��o para vacina��o � que, no caso das comorbidades, que o p�blico-alvo seja convocado dos mais velhos para os mais jovens.
O Estado de Minas conversou com o professor e epidemiologista Jos� Geraldo Leite Ribeiro, refer�ncia nacional em epidemiologia e vacina��o, assessor de vacinas do Hermes Pardini, membro do Conselho de �tica e da Comiss�o de Calend�rios da Sociedade Brasileira de Imuniza��es (SBIm) e professor em�rito da Faculdade de Ci�ncias M�dicas de Minas Gerais para montar um guia de perguntas e respostas para sanar as principais d�vidas de quem faz parte deste grupo. O oncologista Bruno Ferrari, fundador e presidente do Conselho de Administra��o do Grupo Oncocl�nicas, idealizador e uma das lideran�as do movimento "O C�ncer N�o Espera", tamb�m destacou as d�vidas quanto � vacina��o para os pacientes oncol�gicos.
1 - Pessoas com comorbidade e com doen�a cr�nica t�m diferen�a?
As palavras comumente, na pr�tica, s�o usadas como sin�nimo. Ao falarmos de comorbidades, inclu�mos as doen�as cr�nicas, mas tamb�m podemos incluir que tem problemas transit�rios como uso de imunossupressores, que um dia cessar� ou tratamento de neoplasia que pode ter cura. A doen�a cr�nica, embora n�o tenha cura, voc� controla.
2 - Como provar que tem a doen�a? S� com atestado m�dico?
H� cadastros nos SUS que provam a comorbidade das pessoas, como lista de defici�ncia definitiva, lista de transplantes e grupos de discuss�o, como do diabetes. N�o estando na lista, � exigido uma declara��o m�dica da condi��o do paciente. (De acordo com o Minist�rio da Sa�de, n�o � necess�rio ter um atestado m�dico, mas a pessoa ter� de apresentar um documento que comprove sua inclus�o no grupo priorit�rio. Exames, prescri��es, receitas m�dicas e relat�rios s�o aceitos).
3 - Quais os crit�rios?
Os crit�rios s�o baseados na epidemiologia. Levantamento de pessoas internadas, �bitos e prefer�ncia por uma doen�a ou situa��o. Independentemente de ter uma explica��o fisiopatal�gica para a quest�o. Al�m de fazer o cadastro, reunir documentos para comprovar a condi��o (exames, receitas, relat�rio m�dico e/ou prescri��o m�dica) e ficar atento ao calend�rio de vacina��o, que acontecer� em 2 fases, seguindo orienta��o do Minist�rio da Sa�de, e conforme a disponibiliza��o de vacinas pelo Programa Nacional de Imuniza��es (PNI).
4 - Quem tem direito?
A lista � grande e pode ser obtida tanto no site do Minist�rio da Sa�de quanto no da Prefeitura de Belo Horizonte. Ser�o em duas fases
5 - Com este p�blico-alvo, a regra da fila de vacina��o tamb�m � dos mais velhos para os mais jovens?
Algumas comorbidades, como a s�ndrome de Down, foi liberada a vacina��o para quem tem 18 anos. N�o h� uma escala por idade. O corte � de 18 anos, n�o h� libera��o da vacina da COVID-19 para idade inferior. Para as outras comorbidades, a estrat�gia � ir decrescendo.
6 - Quem est� acamado, sem pode ser locomover, o que faz?
Nos munic�pios h� cadastramento dirigido a acamados que s�o vacinados em suas resid�ncias. � necess�rio se comunicar com a coordena��o municipal de imuniza��o da sua cidade para se orientar.
7 - Para cada comorbidade h� uma contraindica��o em rela��o �s vacinas dispon�veis para COVID-19?
A �nica contraindica��o �s vacinas atualmente dispon�veis para a COVID-19, que s�o vacinas inativadas e n�o replicantes, diz respeito � alergia. Algu�m que j� tenha apresentado alegria grave para algum componente da vacina ou que tenha apresentado alguma rea��o com a primeira dose. Embora n�o tenha sido testada em todos os grupos de comorbidades, como s�o vacinas n�o replicantes, portanto, n�o infectam o paciente, a maioria dos minist�rios da Sa�de mundo afora, analisando custo/benef�cio, prefere vacinar estes grupos j� que foram inclu�dos pelo risco de doen�a grave.
8 - Este grupo pode tomar qualquer uma das vacinas dispon�veis no Brasil para COVID-19?
N�o h� prefer�ncia entre as vacinas dispon�veis de COVID-19 para os grupos listados como comorbidades. Tanto a Oxford, quanto a Pfizer e Coronovac devem e podem ser tomadas.
9 - Este grupo segue a mesma regra para tomar tamb�m a vacina da gripe?
A maioria das comorbidades s�o semelhantes entre os grupos de prioridade para COVID-19 e para a Influenza. H� pequenas diferen�as, tipo de classifica��o e gravidade, mas no geral s�o semelhantes.
10 - Como fica o intervalo entre outras vacinas e as vacinas da COVID-19
A orienta��o correta � que qualquer vacina de rotina, seja da gripe e outras do calend�rio, � preciso aguardar 14 dias da dose da vacina COVID-19 para faz�-las. E tamb�m o contr�rio. Se fizer alguma outra vacina, tem de esperar 14 dias para fazer a da COVID-19. A exce��o a esta regra s�o para vacina��es urgentes, casos da raiva humana e na profilaxia do t�tano.
11 - Quem est� no grupo de comorbidades e j� teve COVID-19, tem de se vacinar?
Sem d�vida. Quem j� teve deve se vacinar. N�o sabemos o tempo que dura a prote��o da pr�pria doen�a, principalmente com as variantes em circula��o. Sabemos de casos de reinfec��o e, mesmo que tenha sido um caso na forma leve, tem de imunizar porque poder� contaminar as pessoas com quem convive e as demais que tiver contato. Lembrar que quem teve a COVID-19 dever ser vacinado 30 dias ap�s o in�cio dos sintomas, claro, se tiver assintom�tico. Se n�o teve sintoma, apenas o PCR-RT positivo, a orienta��o � tamb�m se vacinar 30 dias depois deste exame. Neste momento, os dois cuidados vale tanto para a COVID-19 quanto para qualquer outra vacina.
12 - Alguma aten��o especial contra a rea��o � vacina, algum sintoma? Quando alertar o m�dico?
Qualquer sintoma importante que ocorra ap�s a aplica��o da vacina deve ser comunicado ao profissional da sa�de. Num primeiro momento, nem precisa ser o m�dico, mas na pr�pria unidade de sa�de. Qualquer evento mais importante, e entenda como comprometimento sist�mico, deve ser relatado � equipe de sa�de, e n�o rea��es como no local da aplica��o, febre baixa ou certa sensa��o de des�nimo, sintomas comuns a todas as vacinas.
13 - H� contraindica��o com algum medicamento que tome habitualmente para n�o tomar a vacina da COVID-19?
N�o h� contraindica��o das vacinas COVID-19 no caso de uso de medicamentos. Aquelas pessoas que usam imunossupressor, se o profissional respons�vel pelo tratamento achar razo�vel suspend�-lo por um tempo, para a pessoa ser imunizada, isso pode ser feito para se evitar que o imunossupressor prejudique a resposta imunol�gica da vacina. E n�o por quest�o de seguran�a. Mas na pr�tica, isso n�o costuma ser comum porque, depois da suspens�o do imunossupressor, ainda h� um per�odo de meses que ele continua agindo. Portanto, seria muito tempo. Na pr�tica, neste momento, nenhum medicamento impede o uso das vacinas.

Estudos mostram que pacientes oncol�gicos t�m a taxa de mortalidade por COVID-19 alta em compara��o � popula��o em geral e at� outros perfis de comorbidades. Nossa pesquisa, publicada no in�cio de 2021 pelo “Journal of Clinical Oncology (JCO)”, comprova que a letalidade entre brasileiros com c�ncer contaminados pelo novo coronav�rus atingiu um �ndice seis vezes superior ao de outros grupos. Ao todo foram 198 participantes pesquisados, sendo que a maioria deles estava em terapia sist�mica ativa ou radioterapia (77%). A mortalidade geral por complica��es de COVID-19 foi de 16,7%, sendo que, em modelos univariados, os fatores associados � morte ap�s o diagn�stico de contamina��o pelo coronav�rus foram tratamento em um ambiente n�o curativo, tabagismo atual ou anterior, comorbidades coexistentes e c�ncer do trato respirat�rio.
15 - As vacinas s�o seguras para pacientes oncol�gicos?
Um ponto essencial a ser frisado � que a tecnologia usada nas diferentes vacinas dispon�veis � segura para os pacientes com c�ncer em geral, inclusive os que s�o considerados imunossuprimidos, seja por conta do tratamento quimioter�pico ou pelo tipo de neoplasia que apresentam, como � o caso de tumores hematol�gicos como leucemia e linfoma.
16 - As regras est�o claras para os pacientes oncol�gicos quanto � vacina��o?
Mesmo aqueles pacientes oncol�gicos que s�o eleg�veis � vacina por outros crit�rios, especialmente aqueles que comp�em a lista de prioridades pela faixa et�ria, est�o enfrentando dificuldade em muitas regi�es do pa�s por conta da exig�ncia de um documento espec�fico, assinado por um oncologista, permitindo a imuniza��o de pacientes que t�m ou tiveram c�ncer. Os relatos, provenientes de diferentes munic�pios, foram endere�ados a entidades ligadas ao movimento "O C�ncer n�o Espera" por pessoas que alegam terem sido impedidas de receber a vacina no momento em que chegaram aos postos de sa�de diante da suposta obrigatoriedade de apresenta��o dessa autoriza��o adicional por escrito. Outros contam ainda que conseguiram receber a dose do imunizante, mas foram questionados de forma incisiva sobre a ci�ncia de seus m�dicos. � um absurdo que isso esteja acontecendo. A pandemia afeta toda a popula��o, claro, mas para pessoas que re�nem duas comorbidades – o c�ncer e a idade – o problema � ainda mais severo. A falta de aviso pr�vio causa decep��o e gera d�vidas descabidas sobre a seguran�a do imunizante para essa parcela da popula��o que apresenta tumores malignos. Al�m disso, olhando para o paciente da rede p�blica, esse � um complicador que levar� minimamente a um processo extra de idas e vindas para obten��o desse atestado m�dico, o que obviamente foge do aceit�vel.
17 - Antes de receber a vacina para a COVID-19 qual a recomenda��o para o paciente oncol�gico?
Em geral, n�o h� riscos, mas cada caso merece aten��o. Se houver qualquer fator que seja entendido como restritivo no tocante � decis�o sobre a vacina��o daquela pessoa, o especialista respons�vel pela linha de cuidado passar� as devidas orienta��es. O que n�o pode jamais acontecer � um idoso com diagn�stico de c�ncer deixar de receber a vacina��o, apesar de estar em conformidade com as exig�ncias por faixa et�ria, por conta de uma regra que vem sendo adotada deliberadamente por alguns governos municipais sem maiores explica��es ou envio de informes espec�ficos. O PNI prev� vacinar de imediato aqueles que j� fazem parte dos grupos atualmente eleg�veis e, no caso de comorbidades associadas, n�o h� nenhuma ressalva que leve a motivos para criar barreiras.
VACINA��O TEM DUAS FASES
DISPONIBILIDADE DA VACINA - PRIMEIRA FASE
Na fase I, conforme a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), ser�o vacinados proporcionalmente, de acordo com o quantitativo de doses disponibilizado:
- Pessoas com S�ndrome de Down, independentemente da idade;
- Pessoas com doen�a renal cr�nica em terapia de substitui��o renal (di�lise) independentemente da idade;
- Gestantes e pu�rperas com comorbidades, independentemente da idade;
- Pessoas com comorbidades de 55 a 59 anos;
- Pessoas com defici�ncia permanente benefici�rias do programa Benef�cio de Presta��o Continuada (BPC) de 55 a 59 anos.
DISPONIBILIDADE DA VACINA - SEGUNDA FASE
Na fase II, conforme a PBH, ser�o vacinados proporcionalmente, de acordo com o quantitativo de doses disponibilizado, segundo as faixas de idade de 50 a 54 anos, 45 a 49 anos, 40 a 44 anos, 30 a 39 anos e 18 a 29 anos:
- Pessoas com comorbidades;
- Pessoas com defici�ncia permanente benefici�rias do programa Benef�cio de Presta��o Continuada (BPC);
- Gestantes e pu�rperas independentemente de condi��es pr�-existentes.
COMORBIDADES PRIORIT�RIAS PARA A VACINA��O CONTRA A COVID-19*
- Diabetes mellitus
Qualquer indiv�duo com diabetes.
- Pneumopatias cr�nicas graves
Doen�a pulmonar obstrutiva cr�nica, fibrose c�stica, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticoides sist�micos, interna��o pr�via por crise asm�tica).
- Hipertens�o arterial:
Hipertens�o arterial resistente (HAR): quando a press�o arterial (PA) permanece acima das metas recomendadas com o uso de tr�s ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes, em doses m�ximas preconizadas e toleradas, administradas com frequ�ncia, dosagem apropriada e comprovada ades�o ou press�o controlada em uso de quatro ou mais f�rmacos anti-hipertensivos.
- Hipertens�o arterial est�gio 3: PA sist�lica = 180 mmHg e/ou diast�lica = 110 mmHg independentemente da presen�a de les�o em �rg�o-alvo (LOA) ou comorbidade.
- Hipertens�o arterial est�gios 1 e 2 com les�o em �rg�o-alvo e/ou comorbidade: PA sist�lica entre 140 e 179 mmHg e/ou diast�lica entre 90 e 109 mmHg na presen�a de les�o em �rg�o-alvo e/ou comorbidade.
- Insufici�ncia card�aca (IC)
IC com fra��o de eje��o reduzida, intermedi�ria ou preservada; em est�gios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association.
- Cor-pulmonale e Hipertens�o pulmonar
Cor-pulmonale cr�nico, hipertens�o pulmonar prim�ria ou secund�ria.
- Cardiopatia hipertensiva
Hipertrofia ventricular esquerda ou dilata��o, sobrecarga atrial e ventricular, disfun��o diast�lica e/ou sist�lica, les�es em outros �rg�os-alvo.
- S�ndromes coronarianas
S�ndromes coronarianas cr�nicas (Angina Pectoris est�vel, cardiopatia isqu�mica, p�s Infarto Agudo do Mioc�rdio, outras).
- Valvopatias
Les�es valvares com repercuss�o hemodin�mica ou sintom�tica ou com comprometimento mioc�rdico (estenose ou insufici�ncia a�rtica; estenose ou insufici�ncia mitral; estenose ou insufici�ncia pulmonar; estenose ou insufici�ncia tric�spide, e outras).
- Miocardiopatias e Pericardiopatias
Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fen�tipos; pericardite cr�nica; cardiopatia reum�tica.
Doen�as da Aorta, dos Grandes Vasos e F�stulas arteriovenosas
Aneurismas, dissec��es, hematomas da aorta e demais grandes vasos.
- Arritmias card�acas
Arritmias card�acas com import�ncia cl�nica e/ou cardiopatia associada (fibrila��o e flutter atriais; e outras).
- Cardiopatias cong�nita no adulto
Cardiopatias cong�nitas com repercuss�o hemodin�mica, crises hipox�micas; insufici�ncia card�aca; arritmias; comprometimento mioc�rdico.
- Pr�teses valvares e dispositivos card�acos implantados
Portadores de pr�teses valvares biol�gicas ou mec�nicas; e dispositivos card�acos implantados (marca-passos, cardio desfibriladores, ressincronizadores, assist�ncia circulat�ria de m�dia e longa perman�ncia).
- Doen�a cerebrovascular
Acidente vascular cerebral isqu�mico ou hemorr�gico; ataque isqu�mico transit�rio; dem�ncia vascular.
- Doen�a renal cr�nica
Doen�a renal cr�nica est�gio 3 ou mais (taxa de filtra��o glomerular Imunossuprimidos
- Obesidade m�rbida
�ndice de massa corp�rea (IMC) = 40. Para calcular, basta dividir o peso (em kg) pela altura ao quadrado (em metros).
- S�ndrome de Down
Trissomia do cromossomo 21.
- Cirrose hep�tica
Cirrose hep�tica Child-Pugh A, B ou C.
- E ainda...
Indiv�duos transplantados de �rg�o s�lido ou de medula �ssea; pessoas vivendo com HIV e CD4 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com cortic�ide e/ou ciclofosfamida; demais indiv�duos em uso de imunossupressores ou com imunodefici�ncias prim�rias; pacientes oncol�gicos que realizaram tratamento quimioter�pico ou radioter�pico nos �ltimos 6 meses; neoplasias hematol�gicas.