
Lacerda conta que usava uma frequ�ncia de r�dio aberta pouco antes de chegar a Caratinga e conseguiu ouvir o piloto que transportava Mar�lia Mendon�a dando as instru��es para o pouso. “Ele reportou duas vezes que tinha ingressado na perna do vento, um procedimento que a gente usa para pousar. S� ouvi isso e, depois, mais nada. Aparentemente, o avi�o n�o estava em pane”, relata.
No fim da tarde, a Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig) confirmou em nota que o avi�o da cantora atingiu um cabo de uma torre de distribui��o da companhia, mas n�o deixou claro qual seria o papel desse choque para a queda da aeronave. Segundo Lacerda, os fios naquela regi�o costumam atrapalhar o pouso, a ponto de ela ser evitada por quem conhece a �rea.
“Para n�s que estamos acostumados, os fios n�o chegam a atrapalhar. Mas eles est�o em um setor de muita aproxima��o e com o relevo muito alto, ent�o � uma �rea que todos os pilotos evitam”, relata. “Quando eu pousei, passei por cima do local do acidente e n�o percebi o avi�o ali.” Lacerda explica ainda que o tempo estava claro, com c�u aberto, e o sol em uma posi��o “que n�o atrapalhava a visualiza��o dos fios”.
“A gente coordenou o pouso com ele, porque aterrissar�amos em um hor�rio muito pr�ximo. Eles estavam a um minuto do pouso”, conta Glauco Souza, de 44 anos, que tamb�m estava a bordo do avi�o pilotado por Lacerda. “S� soubemos que ele caiu quando pousamos e vimos que ele n�o estava no aeroporto. N�o ouvimos barulho, n�o vimos fuma�a, sobrevoamos ali e n�o percebemos.”