
Dois homens foram presos em Heliodora, no Sul de Minas, por venda de produtos falsificados pela internet. Os suspeitos movimentaram quase R$ 2 milh�es nos �ltimos anos. Eles davam preju�zos �s empresas donas de plataforma de vendas on-line e nos consumidores finais.
As pris�es foram feitas durante uma opera��o realizada, nesta ter�a-feira (07/12), pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), Pol�cia Militar, Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF) e Receita Estadual. A opera��o recebeu o nome de ‘Marketplace’ exatamente pelo tipo de crime praticado pelos investigados.
A investiga��o teve in�cio ap�s a PRF receber den�ncia an�nima sobre o crime, em maio deste ano. A informa��o foi repassada ao Grupo de Atua��o Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que passou a coordenar os levantamentos. Nesta ter�a, foram cumpridos tr�s mandados de pris�o preventiva e quatro de busca e apreens�o.
Nos endere�os, os policiais e promotores encontraram milhares de itens que eram vendidos pela internet. A quantidade de produtos encheu cinco viaturas da pol�cia. Seis carros de luxo e mais de R$ 20 mil em dinheiro foram apreendidos. Um dos homens investigados n�o foi localizado e o mandado de pris�o continua em aberto.
As mercadorias estavam em casas e galp�es de Heliodora. O homem que seria o gerente do neg�cio criminoso estaria morando em Pouso Alegre, cidade vizinha de Heliodora, mas n�o foi encontrado no endere�o.
Crime em fam�lia
De acordo com as investiga��es, dois irm�os comandavam o neg�cio. Eles seriam auxiliados por parentes e pessoas pr�ximas. O promotor do Gaeco Eduardo de Paula Machado explica que o grupo criminoso pegava os dados pessoas dessas pessoas para aberturas de contas nas plataformas de marketplace e para abertura de contas banc�rias.
“Ent�o, atrav�s da internet eram feitas as vendas online, o dinheiro entrava na conta dessas terceiras pessoas e retornava �s pessoas investigadas, que convertia o dinheiro em autom�veis de luxo, por exemplo", diz o promotor.
Ainda segundo Machado, as empresas de marketplace tamb�m sofriam preju�zos. Quando o consumidor recebia a mercadoria em casa e reclamava que era falsa, a empresa dona da plataforma devolvia o dinheiro para o comprador, mas n�o encontrava mais o vendedor da mercadoria, que j� tinha fechado a conta na plataforma. “Isso quando o comprador nem reclamava ou nem notava se tratar de produto falsificado.”
A investiga��o apontou tamb�m que os suspeitos compravam os produtos falsificados e mandavam confeccionar caixas e embalagem para simular marcas originais e enviar ar mercadorias para os consumidores, anunciando como originais.
Entre os milhares de itens anunciados e apreendidos est�o fones de ouvido, rel�gios, joysticks, carregadores de telefones celulares. Esses produtos eram anunciados com pre�os ligeiramente inferiores aos dos produtos aut�nticos. Somente ap�s a entrega � que os consumidores percebiam tratar-se de coisa falsificada.

R$ 50 mil movimentados por dia
Al�m de lesarem os consumidores, foi apurado que os investigados tamb�m violavam a propriedade intelectual dos detentores das patentes e praticavam fraude fiscal, notadamente com a abertura de dezenas de empresas e de contas banc�rias para pulverizar as atividades comerciais il�citas do grupo.
Os ind�cios, at� o momento colhidos, indicam um faturamento mensal de cerca de R$ 50 mil, gerando ganhos financeiros estimados em R$ 1,8 milh�o desde o final de 2018.
Na opera��o desta ter�a, participaram das dilig�ncias seis promotores de Justi�a, quatro servidores do MPMG, mais de 20 policiais militares e rodovi�rios federais, al�m de dois auditores da Receita Estadual.
Na opera��o desta ter�a, participaram das dilig�ncias seis promotores de Justi�a, quatro servidores do MPMG, mais de 20 policiais militares e rodovi�rios federais, al�m de dois auditores da Receita Estadual.
