
A ci�ncia e a pesquisa sempre v�o se sobrepor aos ideais de guerra e surgem como um convite ao conhecimento e � paz. Em meio aos conflitos existentes entre a R�ssia e a Ucr�nia desde a semana passada, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) n�o vai interromper a s�rie de conv�nios que manter� com o pa�s comandado por Vladimir Putin.
A institui��o mineira atualmente mant�m parcerias de pesquisa com sete institui��es da na��o europeia, que vem sofrendo bloqueios econ�micos, mas far� uma s�rie de encontros at� o fim deste m�s para definir quest�es mais espec�ficas.
Das parcerias existentes, o conv�nio de interc�mbio com a Innopolis University, na republica do Tatarist�o, � o mais longevo, com dura��o at� 25 de fevereiro de 2026. O acordo foi assinado por cinco anos e premia estudantes que queiram aperfei�oar suas pesquisas no territ�rio russo.
A UFMG tamb�m mant�m parcerias com a Pyatigorsk State University (Krai de Stavropol), a RUDN University (Moscou), a Saint Petersburg State University (S�o Petersburgo), a Sechenov University (Moscou) e Tomsk State University (Sib�ria).
A UFMG tamb�m mant�m parcerias com a Pyatigorsk State University (Krai de Stavropol), a RUDN University (Moscou), a Saint Petersburg State University (S�o Petersburgo), a Sechenov University (Moscou) e Tomsk State University (Sib�ria).
“O Brasil nesse momento mant�m rela��es a Ucr�nia e a R�ssia. N�o h� nesse momento uma instru��o normativa para suspens�o de neg�cios e das atividades. Claro que � importante lembrarmos que temos parceiros nos 61 pa�ses e frequentemente h� um descenso entre comunidade cient�fica e as pessoas que est�o na universidade e o governo, ainda mais quando temos d�ficit democr�ticos”, afirma Aziz Saliba, diretor de Rela��es Internacionais e professor de Direito Internacional da UFMG.
“Procuramos observar a lei e os crit�rios e n�o partir da premissa que aquela universidade se filia a eventuais pr�ticas do governo que condenamos. Se formos fazer um ju�zo da pol�tica externa e interna dos 61 pa�ses, cair�amos num exerc�cio muito complexo”, acrescenta.
No caso da produ��o de vacinas, a UFMG n�o chegou a desenvolver acordo com a R�ssia para testes da Sputinik V na universidade mineira. A institui��o mineira participou apenas dos testes feitos com a CoronaVac no CT de Vacinas, em Belo Horizonte.
Em fun��o da pandemia do coronav�rus, que vigora desde mar�o de 2020, nenhum estudante da institui��o mineira foi estudar em solo russo. Em contrapartida, nenhum pesquisador do pa�s europeu se aventurou em terras mineiras na busca por conhecimento.
“Temos condi��es de suspender e encerrar se houver risco � mobilidade. Se n�o pudermos receber ou eles n�o puderem enviar ningu�m ou ent�o por decis�o do nosso conselho universit�rio, depois de debates, e � claro com observ�ncia dos procedimentos legais e das normas aplic�veis a aqueles casos”, afirmou Aziz Saliba.
"Pode existir coopera��o com todos os pa�ses, ainda que n�o existam conv�nios. Eles d�o uma base jur�dica para opera��o, eventual mobilidade docente. Mas observamos o interesse da nossa universidade e da sociedade � qual inserimos e � claro, do nosso pa�s. Procuramos sempre as melhores institui��es e, por fim, observamos a fraternidade que norteia essas coopera��es”, acrescenta.
Segundo ele, os conflitos pol�ticos n�o podem servir de par�metro para a escolha de parceiros nos grupos de estudos pelo mundo.
“O Brasil nesse momento mant�m rela��es a Ucr�nia e a R�ssia. N�o h� nesse momento uma instru��o normativa para suspens�o de neg�cios e das atividades. Claro que � importante lembrarmos que temos parceiros nos 61 pa�ses e frequentemente h� um descenso entre comunidade cient�fica e as pessoas que est�o na universidade e o governo, ainda mais quando temos d�ficit democr�ticos. Procuramos observar a lei e os crit�rios e n�o partir da premissa que aquela universidade se filia a eventuais pr�ticas do governo que condenamos. Se formos fazer um ju�zo da pol�tica externa e interna dos 61 pa�ses, cair�amos num exerc�cio muito complexo", afirma o professor.
Aziz lamenta que o conflito possa abalar as rela��es de pesquisa entre os dois pa�ses. “No passado, os governos russo e brasileiro tiveram editais para a realiza��o de pesquisas. Institui��es de todo o Brasil puderam participar. Os governos selecionaram e as institui��es receberam subs�dios e fundos para o desenvolvimento dessas pesquisas. “Esse tipo de instrumento pode ser �til para concorrer ao fundo de pesquisa. Logo, depende do governo brasileiro criar mecanismos que possa concorrer. Nesse momento, parece algo muito dif�cil em raz�o do que est� ocorrendo.”