
A Policia Civil de Minas Gerais prendeu, na manh� desta quarta-feira (20/4), cinco pessoas suspeitas de participarem de ritual que terminou com a morte da pequena Maria Fernanda de Camargo, de 5 anos, no dia 24 de mar�o, em Frutal, no Tri�ngulo Mineiro.
A menina morreu por causa de queimaduras em todo o corpo. Na �poca, a fam�lia disse que a crian�a teria se queimado ao acender uma churrasqueira na casa dos av�s maternos.
A menina morreu por causa de queimaduras em todo o corpo. Na �poca, a fam�lia disse que a crian�a teria se queimado ao acender uma churrasqueira na casa dos av�s maternos.
Mas, segundo as investiga��es da Pol�cia Civil (PC) da cidade, o crime teria acontecido em um ritual "de evoca��o e incorpora��o de esp�ritos malignos", com a participa��o dos av�s, da tia, da m�e e de um l�der espiritual.
Eles foram presos pela Opera��o Incorpora��o da Verdade, que cumpriu, al�m dos cinco mandados de pris�o, tamb�m de busca e apreens�o em duas resid�ncias, situadas em Frutal. Nas casas dos suspeitos foram apreendidos celulares, documentos e outros materiais que poder�o auxiliar na continua��o das investiga��es.
Durante coletiva � impressa, o delegado respons�vel pelo caso, Murilo C�zar Antonini Pereira, inicialmente, lembrou que no primeiro depoimento dos suspeitos, momentos ap�s a trag�dia, eles disseram que a v�tima havia se queimado ap�s um acidente dom�stico durante um churrasco de fam�lia e que foi o fogo de uma churrasqueira que causou as queimaduras.
Em seguida, eles tentaram socorrer a menina, sendo que tamb�m sofreram queimaduras – a m�e, de forma mais grave, precisou ser hospitalizada. J� o pai da crian�a n�o estava no dia do crime.
Em seguida, eles tentaram socorrer a menina, sendo que tamb�m sofreram queimaduras – a m�e, de forma mais grave, precisou ser hospitalizada. J� o pai da crian�a n�o estava no dia do crime.
“Mas, ap�s laudos periciais e colhermos depoimentos de v�rias testemunhas, descartamos a hip�tese de acidente dom�stico em um churrasco, envolvendo �lcool e churrasqueira, e passamos a investigar o caso como um crime. As investiga��es demonstraram que a v�tima teria participado de ritual de evoca��o e incorpora��o de esp�ritos malignos, na companhia dos av�s, da tia e da m�e, sendo que um l�der espiritual teria jogado �lcool com ervas no corpo da crian�a e, posteriormente ateado fogo, usando uma vela e queimando-a viva", disse o delegado.
Segundo Antonini, foram presos temporariamente os av�s, a tia, a m�e e o l�der espiritual. "Eles foram submetidos a exames de corpo de delito e ser�o interrogados”, contou.
Ainda conforme o delegado, os cinco presos est�o sendo investigados por homic�dio doloso (quando h� inten��o de matar ou assume o risco).
“As investiga��es prosseguir�o e, uma vez conclu�das, o inqu�rito policial ser� remetido � Justi�a. Agora, vamos tentar descobrir se o homic�dio foi dolo direto ou indireto; os suspeitos foram inicialmente presos por 30 dias, podendo ser prorrogada a pris�o deles ou convertida em domiciliar”, complementou o delegado.
O dolo direto � quando o indiv�duo deseja matar sua v�tima e o dolo indireto � quando o sujeito n�o tem inten��o de matar, mas organizou algum evento que causou a morte dela.
Crian�a lutou pela vida e morreu no hospital
O crime contra a pequena Maria Fernanda aconteceu na noite do dia 24 de mar�o (quarta-feira) e ela morreu na madrugada do outro dia, quinta-feira (25/3), em hospital de S�o Jos� do Rio Preto (SP).
Segundo a PC de Frutal, a v�tima morreu em decorr�ncia de queimaduras que atingiram quase 100% de seu corpo.