O s�bado ensolarado de Belo Horizonte foi de vacina��o contra a poliomielite em todos os centros de sa�de da capital, em campanha que vai at� a pr�xima sexta (30/9). A meta da prefeitura � que, no m�nimo, 95% das crian�as entre 1 e 4 anos sejam imunizadas contra a paralisia infantil. Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, a cidade tem 104.132 crian�as da faixa-et�ria e, at� quinta-feira (22/9), somente 56,05% receberam a ‘gotinha’.
A aplica��o das doses come�ou �s 8h e foi at� as 17h para todo o p�blico dessa faixa et�ria, inclusive os que estavam com a imuniza��o em dia. A campanha recebeu o refor�o dos mascotes do Cruzeiro e do Atl�tico, que acompanharam o Z� Gotinha no Parque Municipal Am�rico Renn� Giannetti.
Luiz Nogueira, de 36 anos, levou a filha para vacinar no parque e contou com a ajuda dos mascotes para tranquilizar a pequena Julia Fernandes, de 2. “Na hora da gotinha, ela ficou um pouco brava, mas os mascotes ajudaram a tranquiliz�-la. Ela adorou brincar com o Z� Gotinha”, diz. Essa � a dose de refor�o da filha, que est� com a caderneta completa. “Eu e minha esposa achamos crucial a vacina��o, levamos em todas as campanhas. Queremos sempre o bem da nossa filha. Se puder evitar qualquer doen�a atrav�s da vacina, vamos lev�-la. A caderneta j� est� completa, mas optamos pelo refor�ar contra a p�lio”, explicou Luiz.Os mascotes ajudaram a tranquiliz�-la. Ela adorou brincar com o Z� Gotinha
Luiz Nogueira, pai da Julia
Quem tamb�m esteve no ‘s�bado de vacina��o’ foi Romero Rodrigues, de 58, com seu neto Henrique Emanuel Rodrigues, de apenas 1 ano e 5 meses. Essa � a segunda vez que o pequeno recebe a gotinha contra a paralisia infantil. “� de extrema import�ncia vacinar. Se uma doen�a que estava erradicada aparecer de novo, se torna um grande perigo. Tem que vacinar, sim, depois n�o tem como remediar”, afirmou o av�.� de extrema import�ncia. Tem que vacinar, sim, depois n�o tem como remediar
Romero Rodrigues, av� do Henrique
Reflexos
De acordo com o Minist�rio da Sa�de, a poliomielite, tamb�m chamada de p�lio ou paralisia infantil, � “uma doen�a contagiosa aguda causada pelo poliov�rus, que pode infectar crian�as e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secre��es eliminadas pela boca das pessoas doentes e provocar ou n�o paralisia”.Nos casos mais graves acontece paralisias musculares, sendo que os membros inferiores s�o os mais atingidos. Logo, a vacina��o � a �nica forma de preven��o da doen�a. No Brasil, o �ltimo caso de infec��o pelo poliov�rus selvagem ocorreu em 1989, no munic�pio de Souza (PB).
A maioria das pessoas infectadas n�o fica doente e n�o manifesta sintomas. Por�m, quando eles ocorrem, o infectado pode, de forma mais frequente, apresentar febre, mal-estar, dor de cabe�a, dor de garganta e no corpo, v�mitos, diarreia, constipa��o (pris�o de ventre), espasmos, rigidez na nuca e meningite.
Prorrogada
A campanha de vacina��o come�ou em 8 de agosto, mas pela baixa ades�o em todo o pa�s, o Minist�rio da Sa�de decidiu prorrog�-la at� 30 de setembro. Belo Horizonte � a capital brasileira com a melhor cobertura vacinal contra a paralisia infantil. O balan�o mais recente da PBH mostra que cerca de 58 mil crian�as (56,05% do p�blico-alvo) receberam a gotinha nesta campanha. Por�m, o n�mero ainda n�o � suficiente, j� que o ideal � que a cobertura vacinal contra a p�lio chegue a 95% da popula��o.Precau��o contra o retorno da doen�a
Segundo a Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (Opas), houve redu��o de 99% nos registros de paralisia infantil nos �ltimos anos, de 350 mil casos estimados em 1988 para 29 casos notificados em 2018. O Brasil recebeu o certificado de elimina��o da p�lio em 1994, por�m, at� que a doen�a seja erradicada no mundo, existe o risco de um pa�s ou continente ter casos importados e o v�rus voltar a circular em seu territ�rio. � importante manter as taxas de cobertura vacinal altas para evitar que isso ocorra.
No fim de fevereiro, o Estado de Minas mostrou que a pandemia da COVID-19 diminuiu a cobertura vacinal de outras vacinas. At� ent�o, Minas Gerais havia registrado cobertura vacinal contra a poliomielite de 73,7%, para menores de um ano, de 66,38% para crian�as de 15 meses de idade e de 59,67% para crian�as com 4 anos de idade.
Ao lan�ar campanha nacional, o Minist�rio da Sa�de alerta que a cobertura vacinal da poliomielite em todo o pa�s vem apresentando resultados abaixo da meta de 95% desde 2016. Com isso, o objetivo do governo federal � alcan�ar a ades�o ideal da vacina contra a poliomielite na faixa et�ria de 1 a menores de 5 anos, al�m de reduzir o n�mero de n�o vacinados de crian�as e adolescentes menores de 15 anos.
Em julho deste ano, Nova York registrou o primeiro caso de poliomielite, depois de quase uma d�cada erradicada. A situa��o est� deixando a popula��o inquieta e preocupada. No �ltimo dia 9, a governadora Kathy Hochul declarou estado de emerg�ncia ap�s amostras do v�rus serem encontradas no esgoto de tr�s munic�pios. Uma das hip�teses para o ressurgimento de doen�as erradicadas � o movimento antivacina e a baixa ades�o da popula��o nas campanhas. (IB)
Um presente para a cidade
Uma s�rie de atividades gratuitas fizeram a alegria da garotada ontem nas comemora��es dos 125 anos do Parque Municipal Am�rico Renn� Giannetti, no Centro de BH. A programa��o incluiu atividades como cama el�stica, pula-pula, brincadeiras e piscina de bolinhas, al�m de feira de economia solid�ria, com exposi��o e venda de artesanato, vestu�rio e alimenta��o. A pedagoga Mayse Kelly Jorge, coordenadora da Escola Municipal Professora Maria Modesta Cravo, no Bairro Cidade Nova, levou cerca de 60 alunos ao parque para as atividades. Foi a primeira excurs�o desde o in�cio da pandemia. “Tamb�m foi uma excurs�o em que eles puderam brincar e se divertir. Tinha muitos brinquedos infl�veis, oficinas, apresenta��o musical”, comemorou.