Comprometida, s�ria, dedicada, brilhante. � assim que a professora Fl�via Amboss Mer�on Leonardo � descrita por quem a conhecia. A mulher de 38 anos � uma das quatro v�timas de ataques armados a escolas na cidade de Aracruz, no Esp�rito Santo, na em 25 de novembro.
Professora de sociologia na Escola Estadual Primo Bitti, a primeira a ser atacada por um adolescente de 16 anos, Fl�via dedicou sua vida a ajudar e atender as comunidades atingidas pelo rompimento da barragem da Samarco, em Mariana, na Regi�o Central de Minas Gerais, em 2015.
Desde sua tese de mestrado na Universidade Federal do Esp�rito Santo (Ufes) at� a defesa do seu doutorado, em abril deste ano, Amboss pesquisava como o despejo de toneladas de lama no leito do Rio Doce ainda afetam quem mora pr�ximo ao curso d’�gua.
Professora de sociologia na Escola Estadual Primo Bitti, a primeira a ser atacada por um adolescente de 16 anos, Fl�via dedicou sua vida a ajudar e atender as comunidades atingidas pelo rompimento da barragem da Samarco, em Mariana, na Regi�o Central de Minas Gerais, em 2015.
Desde sua tese de mestrado na Universidade Federal do Esp�rito Santo (Ufes) at� a defesa do seu doutorado, em abril deste ano, Amboss pesquisava como o despejo de toneladas de lama no leito do Rio Doce ainda afetam quem mora pr�ximo ao curso d’�gua.
Ao Estado de Minas, a orientadora de Fl�via, durante o doutorado cursado na Universidade Federal de Minas Gerais, Andr�a Zhouri, contou que a aluna era dedicada e “muito comprometida com os atingidos”. Segundo ela, Amboss morou por um per�odo na Vila Reg�ncia Augusta, na foz do Rio Doce, onde se instalou n�o s� para desenvolver a pesquisa, mas tamb�m social e politicamente.
“Fl�via era uma pessoa preocupada com a vida dos atingidos, com os direitos deles. Ela era uma pessoa que trabalhava e pesquisava com muita seriedade e compromisso. Muito inteligente. Sua pesquisa foi voltada para contribuir com a comunidade, n�o era apenas para ela, ou para a sua qualifica��o”, afirmou Andr�a Zhouri, professora do departamento de antropologia e arqueologia da UFMG.
ATIVISMO

Para Jos� Carlos Nascimento, coordenador nacional do MAB, o trabalho que a professora realizava dentro do movimento ia contra todos os tipos de viol�ncia, principalmente aquelas praticadas dentro de comunidades escolares. “O MAB tem uma linha muito clara que � a organiza��o dos atingidos pelas barragens. Mas n�o nessa perspectiva armamentista e da pol�tica do �dio. Na verdade, o movimento � contr�rio a esse cen�rio. N�s lutamos pela educa��o. O MAB comp�e os comit�s Estadual e Nacional de Educa��o do Campo”, disse Nascimento.
Desde o ataque, os colegas de Fl�via pedem por justi�a. O coordenador nacional do MAB afirmou que o caso tem que ser investigado com seriedade, e, al�m dos motivos que levaram o adolescente a matar as pessoas, outros poss�veis envolvidos tamb�m devem ser investigados.
RELEMBRE O CASO
Em 25 de novembro, uma sexta-feira, duas escolas do distrito de Coqueiral, localizado a 22 quil�metros do centro de Aracruz (ES) foram atacadas por um adolescente, de 16 anos. Professores e alunos das institui��es Escola Estadual Primo Bitti e oCentro Educacional Praia de Coqueiral, que � particular, foram surpreendidos pelo atirador.Al�m de Fl�via, uma adolescente de 12 anos e outras duas professoras – Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, de 48, e Cybelle Passos Bezerra, de 45 – morreram. A a��o do adolescente de 16 anos apontado como autor dos crimes teve in�cio por volta das 9h30 e come�ou pela Escola Estadual Primo Bitti, onde ele arrombou o cadeado de um dos acessos e fez disparos na sala dos professores.
Em seguida, o atirador entrou em um carro e foi at� a segunda escola, Centro Educacional Praia de Coqueiral. No local, efetuou novos disparos, tirando a vida de uma aluna e ferindo outras v�timas. O adolescente foi apreendido. Segundo a Pol�cia, ele usou duas armas de responsabilidade do pai, que � policial militar.